Conduzir o carro em ponto morto como forma de poupar combustível e garantir segurança é um tema frequentemente discutido. Esclareça todas as dúvidas! Já todos ouvimos as dicas para a condução em ponto morto. Há muitos mitos relacionados com este gesto. Contudo, mais importante do que saber se permite poupar combustível, é saber se este gesto é perigoso. Por muito que se pretenda poupar uns euros, a vida humana, do condutor e de todos os que o acompanham, é seguramente mais importante.
Muitas pessoas têm o perigoso hábito de fazer uma condução em ponto morto. Este procedimento pode colocar o condutor em perigo na estrada, assim como todos os que o acompanham no carro e na estrada.
Apesar de se alertar constantemente para os perigos desse hábito, há muitos condutores que realizam esse comportamento perigoso, especialmente quando se encontram em descidas ou em engarrafamentos.
No presente artigo, irá descobrir o que precisa de saber sobre a condução em ponto morto e os principais mitos ligados a esse hábito.
Conduzir o carro em ponto morto poupa combustível e é seguro?
Será que poupa combustível?
Há muitos indivíduos que defendem que conduzir em ponto morto assegura poupança de combustível, mas será verdade? Embora muitas pessoas pensem que uma condução sem uma mudança engatada se reflete numa poupança de combustível (gasolina ou gasóleo), tal não acontece.
A verdade é que basta ter parcos conhecimentos de mecânica para se constatar que conduzir em ponto morto não se traduz numa poupança de combustível devido à injeção eletrónica (que a maioria dos carros apresenta).
No entanto, o mito instalou-se. Muitas pessoas acreditam nisso, provavelmente porque, antigamente, os carros não apresentavam controlo eletrónico de alimentação de combustível e, ao utilizarem carburadores simples, a condução sem uma mudança engatada podia representar de facto alguma poupança de combustível.
A injeção eletrónica
Para que compreenda melhor esta questão, é importante que conheça o modo como a injeção eletrónica funciona. A principal função da injeção eletrónica consiste em controlar a quantidade de ar e combustível usada pelo motor e os componentes responsáveis pela injeção de ar e de combustível adequado: são as centralinas.
– Se o automóvel apresentar um mostrador de consumo em tempo real, poderá verificar que se o veículo estiver em movimento, o consumo será de zero quando se tem uma mudança engrenada e sem acelerar. Tal acontece devido ao sistema de injeção eletrónico que corta a injeção do combustível no motor.
– No entanto, também poderá verificar que vai consumir mais gasolina quando o carro se encontra em ponto morto. Tal acontece, porque o sistema de injeção eletrónico vai continuar a necessitar de combustível para manter o motor do carro em funcionamento.
A insegurança na condução em ponto morto
A tecnologia automóvel atual dispensa uma condução em ponto morto. Além disso, fazê-lo representa correr riscos. O condutor coloca-se em perigo, tal como aos passageiros que transporta consigo, tal como a todos com quem partilha a estrada. Não é seguro conduzir em ponto morto. Eis algumas das principais razões por que deve evitar cometer esse erro.
1 – Gera um aumento de velocidade
Quando um carro circula sem uma mudança engatada, há uma tendência para o veículo ganhar mais velocidade com a inércia. Ora, em determinados tipos de via, este aumento de velocidade no carro pode realmente representar um perigo acrescido.
Quando o carro se desloca de forma mais veloz, há menos tempo para reagir caso algum obstáculo se apresente.
2 – As travagens ficam mais descontroladas
Se conduzir um carro em ponto morto numa descida, irá verificar que o veículo se apresenta mais solto (ou “ao ralenti”). A tarefa de travar o carro nestas circunstâncias fica dificultada. É mais difícil reagir a tempo se algum obstáculo se apresentar no caminho. Não é tão fácil dominar o automóvel.
Contudo, ter o carro com uma mudança engatada, revela-se melhor para o condutor, porque ele consegue adaptar-se mais rapidamente às exigências de circulação, em qualquer contexto, porque tem um maior domínio do carro.
3 – Promove um desgaste prematuro dos discos de travão
A condução em ponto morto pode ainda originar um desgaste prematuro em alguns componentes do veículo, nomeadamente no sistema de travagem. Se fizer a condução com o carro devidamente engatado e travar com o motor, irá evitar que os travões sobreaqueçam.
O sobreaquecimento dos travões deve ser evitado. Deve ter em consideração as dicas, porque este problema pode ter implicações graves no funcionamento dos travões, colocando em causa a segurança de todos os utentes da via.
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Conclusão
Apesar destas informações relevantes sobre os perigos e consequências de uma condução em ponto morto, existem contextos em que pode deixar o carro em ponto morto sem comprometer a segurança na estrada.
Por exemplo, não haverá qualquer inconveniente em deixar o carro em ponto morto se estiver parado num semáforo. Contudo, se o faz apenas para poupar combustível, tenha em consideração que existe tecnologia específica para isso: trata-se do sistema Start and Stop.
Podem argumentar em como quiserem
Eu com o mesmo carro faço uma viagem Porto Lisboa na A1 e poupo mais combustivel usando ponto morto que sempre em 6 velocidade engatada nunca abaixo dos 100 km/h nem acima dos 120km/h