Produtos, tradições e criações com alma puramente portuguesa. Fique a conhecer 8 coisas que só existem em Portugal e nos enchem de orgulho.
Portugal é um país de uma riqueza ímpar. Além de todo o património natural, há também um património material com muitas criações portuguesas absolutamente originais.
O Fado, a música popular urbana, tal como o Cante Alentejano, são apenas dois exemplos de Portugal no seu melhor (dois casos de Património Cultural Imaterial da Humanidade oriundos do nosso país).
Fique, agora, a conhecer 8 coisas que só existem no nosso país e são parte da essência da portugalidade.
Coisas que só existem em Portugal e nos enchem de orgulho
- Tapete de Arraiolos
- Vinho do Porto
- Barroco Joanino
- Pauliteiros de Miranda
- Doçaria conventual
- Estilo Manuelino
- Galo de Barcelos
- Lenço dos namorados
1. Tapete de Arraiolos
O ponto arraiolos consiste num ponto oblíquo e cruzado, composto por duas meias cruzes, que formam um ponto de arraiolos completo.
Feito com lã grossa sobre tecido forte (por exemplo: linho, estopa, linhagem grossa, canhamaço, entre outros), estes tapetes decorativos são encantadores.
2. Vinho do Porto
Marca de Portugal e bandeira da cidade do Porto, o Vinho do Porto é um produto que é um sucesso internacional. Este vinho licoroso conhece a sua produção no Douro e é realizado sob uma cultura e tradição muito próprias.
O seu processo de fabrico integra a paragem da fermentação do mosto, pela junção de aguardente vínica (benefício ou aguardentação), mas também a lotação de vinhos e ainda o envelhecimento.
Existem diferentes categorias e estilos (estilo Ruby, estilo Tawny, branco ou rosé), o que torna o vinho do Porto bastante complexo. Entre as suas características estão: teor alcoólico elevado (entre 19% e 22% vol.) e muito aroma e muito sabor.
3. Barroco Joanino
Houve em Portugal o grande mérito de abraçar as influências internacionais e adaptá-las com a tradição das oficinas nacionais (e adaptar estas às outras), o que acabou por estar na origem de algumas das obras mais emblemáticas que temos no nosso país.
Assim, o Barroco Joanino é uma designação referente à conjugação de várias correntes artísticas que coexistiram no nosso país, durante o reinado de D. João V.
4. Pauliteiros de Miranda
O pauliteiro é o indivíduo que toma parte da dança dos paulitos, dançada por 8 elementos, tendo cada um dos participantes dois paus (os palos), um em cada mão.
Na vestimenta, existem características especiais como: na cabeça, um chapéu (normalmente enfeitado com flores); no tronco, um colete pardo que se destaca sobre uma camisa de linho; dentro das botas de cabedal, estão umas meias quentes de lã. Estes homens vestem, ainda, uma saia bordada.
Os Pauliteiros praticam uma dança que, na verdade, é guerreira. Ela permite com frequência movimentos coordenados e com a sucessão dos diferentes passos um treino útil para quando for imperativo recorrer aos paus para outros fins.
É uma dança típica das Terras de Miranda que, além de toda a riqueza anteriormente mencionada, ainda acrescenta na coreografia alusões a momentos históricos da região. O bombo, a gaita de foles e a caixa são alguns dos instrumentos que acompanham a dança.
5. Doçaria conventual
Portugal teve acesso a um contexto muito particular e rico que permitiu que, desde o século XV, os conventos tenham tido acesso a açúcar e outros produtos, realizando uma série de criações que levaram a doçaria conventual a adquirir uma riqueza, uma diversidade e uma qualidade sem precedentes.
Há uma lista de doçaria conventual extensa que percorre o país de lés a lés. Muitos desses doces tornaram-se autênticos símbolos das cidades e regiões.
6. Estilo Manuelino
O Mosteiro dos Jerónimos é um edifício que integra elementos arquitetónicos do gótico final e do renascimento, associados ao estilo Manuelino. É considerado a “joia” do estilo manuelino, um estilo exclusivamente português.
É também chamado de gótico português tardio ou flamejante e surgiu durante o reinado de D. Manuel I. Os seus motivos iconográficos simbolizam o poder régio e a aventura dos Descobrimentos.
7. Galo de Barcelos
Apesar do seu nome estar associado a uma cidade, o galo de Barcelos é um símbolo nacional, vendido em lojas por todo o país e mesmo no estrangeiro existem diversas lojas de portugueses a vender o galo de Barcelos.
A sua origem ajuda a compreender o seu sucesso. A lenda do Galo de Barcelos é sedutora e encantadora. Diz a lenda que a cidade de Barcelos estava alarmada pela ocorrência de um crime que permanecia impune. A presença de um galego na cidade foi o mote para uma detenção.
Contudo, as autoridades, depois de prenderem o homem, foram confrontados com a sua indignação e os seus juramentos de inocência, defendendo ser apenas alguém em peregrinação a Santiago de Compostela. O homem foi condenado à forca, mas solicitou a presença do juiz e perante ele disse:
– “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem!” (apontando para um galo assado que estava na mesa do juiz).
No momento em que o peregrino estava a ser enforcado, o galo (assado) ergueu-se na mesa e cantou e o juiz, percebendo o erro, foi até à forca e deparou-se com o homem vivo, pois fora dado mal o nó na corda. Assim, foi provada a inocência de um homem, erradamente acusado, graças à intervenção milagrosa realizada por um galo morto.
Segundo a lenda, o Monumento do Senhor do Galo que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos foi realizado pelo galego que teria voltado anos mais tarde a Barcelos para esculpir o monumento como forma de louvor à Virgem Maria e a Santiago Maior.
8. Lenço dos namorados
O lenço dos namorados é outra tradição encantadora proveniente do Minho. As raparigas e mulheres com idade de casar colocavam todo o seu talento na realização desta peça, bordando-a.
Este processo criativo incluía, por exemplo, a criação de vários desenhos e de diferentes versos, tornando a peça não só bonita, como colorida.
Era comum essa rapariga ou mulher presentear a pessoa amada com esse objeto, num momento em que esta tivesse que se ausentar, de forma a perpetuar o seu amor. Assim, apesar da distância algo continuava a unir o casal.
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