O aquecimento global e as suas consequências. A previsão aponta para que em 2050 existam cidades quentes demais para viver ou visitar.
À medida que o calor aumenta de ano para ano, a preocupação para com o futuro da humanidade deve levar a medidas drásticas, de forma a alterar o que se projeta para breve.
O aquecimento global, que tem tido algum palco nos debates políticos, ainda não tem a atenção que merece, pois todas as medidas tomadas até ao momento têm sido ligeiras e que não impede a caminhada que seguimos, diretamente para o precipício.
De acordo com os estudos desenvolvidos, haverá algumas cidades que, em 2050, irão ser demasiado quentes para serem visitadas. Pode parecer mentira, mas este é um prognóstico real.
Haverá cidades que vão ser excessivamente quentes em 2050
Alterações climatéricas
As alterações climáticas são uma realidade, apesar de serem por vezes negadas por indivíduos com a responsabilidade de batalhar contra as consequências do aquecimento global.
Sabe-se hoje que, em 2050, daqui a pouco mais de 30 anos, as altas temperaturas irão fazer-se sentir de tal forma que irão mesmo impedir que algumas cidades sejam visitadas.
Recordes
Pode parecer inverossímil, mas existem zonas do globo que têm aquecido muito de ano para ano. Sucessivamente, têm-se conhecido números recordes que, provavelmente, continuarão a serem batidos pela ausência de medidas para travar o aquecimento global.
São recordes verdadeiramente indesejados, mas são também uma consequência natural da carência de medidas políticas fortes que impeçam a escalada de calor que se tem vindo a sentir em diferentes partes do globo.
Previsão
C40 Cities Climate Leadership Group é o grupo de cidades de todo o mundo que têm feito mais pressão para se realizar um verdadeiro combate às mudanças climáticas, de forma a que os termómetros deixem de bater sistematicamente recordes.
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Neste sentido, informou que existem atualmente 350 grandes cidades que são afetadas por temperaturas altas (superiores a 35º Celsius), por um período longo, durante 3 ou mais meses. A previsão é ainda mais assustadora se tivermos em conta o ano de 2050, pois nessa altura o número de cidades que atingirá esses valores será na casa das 970 cidades! São mais 620 do que aquelas que atualmente atingem essas temperaturas!…
Os perigos
As ondas de calor são extremamente perigosas para a saúde humana. Existem grupos na sociedade particularmente sensíveis a estas condições climatéricas, nomeadamente os idosos, as crianças, as grávidas e pessoas com determinadas doenças.
Só em 2003, a onda de calor que a Europa viveu levou a que morressem 70.000 pessoas. Só nos Estados Unidos da América morrem, anualmente, 600 pessoas devido às altas temperaturas. As cidades de Nova Iorque, São Francisco e Washington integram um grupo de 17 cidades dos EUA que irão sofrer, brevemente, as consequências de um clima ainda mais quente. Números assustadores e sem precedentes…
Adaptações
Tendo em conta a escalada de temperaturas altas, é natural que as cidades tentem precaver-se perante tal cenário. Assim, aos poucos, é possível que se tomem medidas que visem criar melhores condições para os habitantes dessas cidades ou para os seus turistas.
Como forma de se adaptar às circunstâncias, as cidades poderão criar mais locais frescos, mais árvores, mais lagos, mais parques naturais (ou melhorar as condições destes), pois assim haverá não só mais sombra, como também mais locais para as pessoas se refrescarem.
Cidades afetadas
Como tivemos oportunidade de ver, serão muitas as cidades afetadas. Algumas serão mesmo muito afetadas como, por exemplo, Londres, que terá temperaturas semelhantes às de Barcelona.
Moscovo poderá vir a ter temperaturas próximas às que atualmente se sentem em Sófia; enquanto Estocolmo terá um clima próximo do que hoje se sente em Viena. Madrid será, em 2050, como é hoje Marraquexe. Já a Estocolmo de 2050 será como é hoje Budapeste. Lisboa vai ter um clima semelhante ao da cidade australiana de Perth, o que permitirá um aumento de 3,3 graus, no mês mais quente do ano.
No ano de 2050, as cidades de todo o mundo serão mais quentes, quer no inverno, quer no verão. As cidades do Hemisfério Norte, que hoje são amenas ou frias, terão um clima semelhante ao que hoje se sente em cidades próximas do equador.
Estas comparações podem ser consultadas, aqui.