A cidade que D. Dinis mandou fortificar em Trás-os-Montes

Da beleza natural que a circunda, esta cidade destaca-se pelo rico património e pelas atrações imperdíveis. Conheça a cidade que D. Dinis mandou fortificar.

O nosso país apresenta uma riqueza singular em destinos com história. Portugal tem quase 900 anos, uma longevidade que permitiu que fosse criado um legado importante em diversos pontos do país.

Há de norte a sul de Portugal uma importante herança que encanta portugueses e estrangeiros. Existem diversos destinos que ajudam a contar parte dessa imensa história. Um desses destinos é Bragança, que é um local perfeito para uma escapadinha de sonho, onde se pode aprender muito enquanto se descansa.

Prepare-se para uma aventura memorável e renda-se aos encantos desta cidade incrível. Fique a conhecer os atributos de Bragança. Além da beleza natural que a circunda, esta cidade destaca-se pelo rico património, pelas atrações imperdíveis.

A cidade que D. Dinis mandou fortificar em Trás-os-Montes

Localização

Bragança é uma cidade localizada na região norte de Portugal, mais precisamente na sub-região de Trás-os-Montes. Pertence ao distrito de Bragança, próxima da fronteira com a Espanha.

Esta cidade raiana encontra-se presente numa área bastante rural. Desta forma, Bragança encontra-se a 209 km da cidade do Porto, numa viagem que leva 2 horas e 10 minutos, aproximadamente.

História

A fundação da cidade de Bragança é atribuída a um lendário rei Brigos, em 1906 a. C. É devido a este rei que surge o nome primitivo de Brigância para este território.

Posteriormente, este território foi dominado pelos Romanos, que reedificaram o local no tempo do imperador Augusto César. Nesse tempo, foi dado o nome de Juliobriga a este local.

Foi destruída na altura da guerra com os Mouros. Por isso, foi mandada reconstruir em 1130 por D. Fernando Mendes, que era cunhado de D. Afonso Henriques, no lugar de Benquerença, tendo adotado este nome. A nova povoação acabou por travar novas lutas com os Árabes, que a destruíram.

D. Sancho I quis repovoar o local e concedeu-lhe o primeiro foral, em 1187.

Mais tarde, em 1199, em contexto de lutas com o rei de Castela, o monarca D. Sancho I restituiu-lhe o nome de Bragança.

Em 1390, D. Dinis mandou fortificar Bragança por ser uma cidade fronteiriça. Deu ordens para cercar Bragança com uma muralha e erigindo um poderoso castelo. Mias tarde, D. João I mandou ampliar.

No dia 20 de fevereiro de 1464, o foral viria a ser confirmado e reformulado pelo rei D. Afonso V.

Principais atrações

Centro Histórico

Passear a pé pelo centro histórico de Bragança permite-nos viver uma experiência singular e observar a riqueza patrimonial deste local magnifico. Bragança apresenta-nos um centro histórico bastante atrativo por ter muita história e por se apresentar bem conservado.

Neste espaço, é possível observar e vivenciar uma harmonia encantadora entre o passado e a contemporaneidade. Além das históricas muralhas, destaca-se pelos templos que são merecedores de visita atenta.

É ainda possível observar um conjunto de magníficos solares, edificados entre os séculos XVI e XVII.

Rua dos Museus

Bragança apresenta uma rua singular que se encontra em pleno Centro Histórico. Esta rua é conhecida por apresentar a maior concentração de museus do interior de Portugal, espaços que se encontram direcionados a diferentes públicos.

Essa rua tem o nome oficial de Rua Abílio Beça. No entanto, é mais conhecida por “Rua dos Museus”. Esta rua permite-nos encontrar cinco museus que estão reunidos num espaço de 500 metros.

São eles: o Museu do Abade de Baçal, o Centro de Fotografia Georges Dussaud, o Memorial e Centro de Documentação Bragança Sefardita, o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.

Construções religiosas

Em Bragança, existe um importante património religioso, que se encontra presente no seu centro histórico, mas também se dispersa pelo concelho, estando até presente nas suas singulares aldeias.

Há igrejas e conventos que apresentam uma beleza única. Por isso, tratam-se de espaços que merecem uma visita. No interior das muralhas da cidadela, a Igreja de Santa Maria destaca-se. Já no centro da cidade, os destaques vão para a Sé Velha e a Igreja de S. Vicente.

No entanto, a riqueza patrimonial e espiritual não se cingem ao centro urbano. Por isso, podemos ainda destacar o Mosteiro de Castro de Avelãs e a Basílica do Santo Cristo de Outeiro.

Basílica de S. Cristo de Outeiro

Este templo do século XVII também merece uma visita. Esta construção está associada à necessidade de afirmação de Portugal, enquanto nação independente de Espanha.

Inicialmente, houve um pequeno templo neste espaço, o qual esteve votado ao abandono e até terá dado origem a um milagre, no dia 26 de abril de 1698, data em que o Santo Cristo terá então suado sangue, conforme sugere a inscrição presente na igreja. A notícia do milagre depressa se espalhou. Posteriormente, foi lançada a primeira pedra para a construção de um santuário.

A sua construção foi realizada entre 1725 e 1739. A Basílica de S. Cristo de Outeiro assumiu importância, enquanto lugar de peregrinação ao longo do século XVIII. Esta Basílica de Santo Cristo do Outeiro é majestosa. Destaca-se por ser o único exemplar do género a estar presente numa aldeia. O seu interior é esplêndido, destacando-se a talha barroca e a pintura sacra.

Informação útil

Morada: Rua do Santo Cristo, 5300-711 Outeiro, Bragança, Portugal

Coordenadas41.68372170607253-6.60054087638855

Horário: Abertura da igreja apenas sob pedido prévio.

Igreja da Sé

Este templo foi construído em terrenos pertencentes ao Mosteiro Beneditino de Castro de Avelãs. Inicialmente, este edifício estava destinado a ser convento de freiras Claras. No entanto, em 1562, acabaria por ser entregue aos padres da Companhia de Jesus, onde, em instalações anexas, se fundou um colégio.

Atualmente, foi recuperado para instalação do Centro Cultural Municipal, Biblioteca Municipal, Conservatório de Música e Espaço Memória da Cidade. Após a expulsão da Ordem (1759), estabeleceu-se aqui o Seminário Diocesano (1766) que, mais tarde, já nos fins de oitocentos, realiza neste espaço obras de ampliação importantes.

Esta é uma igreja de uma só nave. Este templo reflete as reformas feitas pelos Jesuítas (séculos XVII e XVIII). O teto do templo subdivide-se em três abóbadas com arcos de cruzaria e mísulas.

Outro destaque da igreja vai para o altar-mor que encanta pela talha dourada de estilo nacional. O coro balaustrado é outra riqueza do templo, estando datado do séc. XVIII. A Sacristia, do séc. XVII, também merece um olhar mais atento, pela beleza da decoração.

Informação útil

Morada: Rua Alexandre Herculano 10, 5300-265 Bragança

Coordenadas: 41.80570563128912-6.756709814071655

Horário: espaço aberto todos os dias das 8h00 às 18h00.

Sé Catedral de Bragança

Este templo foi projetado pelo arquiteto Vassalo Rosa. A Sé Catedral de Bragança foi inaugurada em 2001. Curiosamente, tratou-se da primeira catedral construída no século XXI. A Catedral trata-se de um espaço com 10 mil metros quadrados.

A Sé Catedral de Bragança apresenta uma distribuição dos lugares em anfiteatro e destaca-se pelo desenho pentagonal da zona envolvente, revelando uma arquitetura contemporânea do monumento.

A Catedral foi consagrada a Nossa Senhora Rainha. A Sé Catedral de Bragança reflete a região onde se insere, desde os materiais de construção, à vegetação dos jardins e mesmo à orientação das portas.

No interior deste templo, destaca-se o sacrário com a forma geográfica do distrito. Outro destaque vai para os traços de expressão do Cristo desenhado no painel cerâmico da autoria de Mário Silva.

Informação útil

Morada: Av. Eng. Amaro da Costa 9, 5300 Bragança

Coordenadas: 41.80519277361228-6.762192249298096

Horário: 9h00 – 12h00 | 14h00-17h00.

Encerra à segunda-feira.

A cidadela

Esta atração conta com 900 anos de História. A cidadela envolve o casario todo que se apresenta em torno de um dos Castelos mais bem preservados de Portugal. Neste local, que herda uma história com quase um milénio, destaca-se a elegante Torre de Menagem, a “Domus Municipalis”, e as muralhas que apresentam um formato de coração.

Esta construção apresenta uma união singular entre épocas bem distintas, destacando-se ainda o Pelourinho medieval. Ele encontra-se incrustado num berrão. Ele apresenta-se numa coluna encaixada numa figura zoomórfica – que é tratada como a porca da vila. A estátua zoomórfica tem origem em povos castrejos da proto-história.

A Torre de Menagem

Esta construção quatrocentista destaca-se num cenário incrível, estando presente num dos castelos mais harmoniosos e bem preservados de Portugal. A Torre de Menagem abriga um conjunto monumental digno de nota pela sua originalidade. É o caso da enigmática Domus Municipalis.

Domus Municipalis

Este edifício que remonta ao sec. XIII trata-se de um exemplar singular de arquitetura civil, criado em estilo Românico, na Península Ibérica. Domus Municipalis apresenta uma forma pentagonal.

Esta atração está classificada como Monumento Nacional desde 1910. Apesar de se desconhecer o real motivo que esteve na base da sua criação, sabe-se que este espaço chegou a servir de cisterna local e de espaço de reunião dos “homens bons”.

Igreja de Santa Maria

Esta construção presente ao lado do Domus Municipalis apresenta-se elegante e fascinante. A Igreja de Santa Maria revela uma frontaria barroca, de tipo retabular, que traduz no granito a talha dourada dos altares.

Outras atrações

Nas redondezas da cidade, encontram-se outros tesouros monumentais…

Mosteiro de Castro de Avelãs

Esta é uma construção notável, cuja cabeceira de planta circular encontra-se revestida a tijolo. O Mosteiro de Castro de Avelãs revela-se um exemplar do estilo românico-mudéjar que é único em Portugal.

As aldeias

Bragança tem ainda um património cultural bem preservado nas aldeias do concelho. Nestes locais, há tradições ancestrais que perduram numa ruralidade encantadora. A vida tranquila feita de hábitos comunitários de aldeias como Rio de Onor e Montesinho é outra atração que torna Bragança num destino imperdível.

Aldeia de Montesinho

Esta aldeia apresenta-se em pleno Parque Natural de Montesinho. A aldeia de Montesinho está encaixada na Serra. A aldeia faz fronteira com Espanha, onde se observa um cenário encantador, pelas paisagens e pela arquitetura singular.

Além desse património, há a destacar a simplicidade e o afeto das gentes, que partilham a aldeia e as suas histórias com grande amabilidade. Esta aldeia fica particularmente encantadora no inverno, quando se apresenta coberta pelo manto branco da neve.

No entanto, independentemente da estação do ano, a experiência de passear pelas ruas e vielas, todas empedradas, revela-se sempre memorável.

Aldeia de Rio de Onor

Esta é seguramente uma das aldeias mais emblemáticas de Bragança, do Parque Natural de Montesinho e do país. A Aldeia de Rio de Onor foi eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal na categoria aldeia em área protegida. Esse feito foi realizado em 2017.

A aldeia destaca-se por ser atravessada pela fronteira com Espanha. Do lado português, encontra-se Rio de Onor; do lado espanhol, encontra-se a aldeia irmã, Rihonor de Castilla. Por isso, costuma dizer-se que se trata de “uma aldeia, dois países”!

Rio de Onor tem várias caraterísticas que a tornam numa aldeia única, que tem o seu próprio dialeto, o rionorez. Além disso, o comunitarismo faz parte da sua identidade. O forno comunitário é apenas um elemento que espelha esse lado encantador da aldeia. Por isso, visitar Rio de Onor revela-se sempre uma experiência única e enriquecedora.

Caminhos da História – Bragança (CIM-TTM)

Vídeo de: Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes 

Informação útil

Posto de Turismo Municipal

Morada: Rua Abílio Beça, nº 105, 5300-011 Bragança

Contactos: 273 240 020 / [email protected]

Horário: 9h00-12h30 e 14h00-17h30, de segunda a domingo

Como chegar?

Com uma centralidade ibérica singular, Bragança encontra-se a menos de 3h30 da maioria dos grandes centros urbanos da Península Ibérica. Esta cidade dispõe de vias com perfil de Autoestrada de Norte a Sul do país, assim como da Europa.

Os acessos a Bragança fazem-se, essencialmente, pela A4, IP2, A-11 A-6 AP-6 e A-52, existindo uma articulação destes acessos com outros eixos transnacionais.

Quer saber onde pode comer em Bragança?

Reunimos alguns dos espaços onde pode saborear autênticas especialidades gastronómicas. Estes são restaurantes que colocam na mesa o melhor da gastronomia local.

G Pousada

Morada: Rua Estrada do Turismo Pousada de São Bartolomeu, Bragança 5300-271 Portugal

Contactos: (+351) 273 331 493

Mais informações, aqui.

Tasca do Zé Tuga

Morada: Rua da Igreja, N 66, Bragança 5300-855 Portugal

Contactos: (+351) 273 381 358

Restaurante O Abel

Morada: Rua do Sabor, Gimonde, Bragança 5300-553 Portugal

Contactos: (+351) 273 382 555

Mais informações, aqui.

Restaurante Bela Época

Morada: Estrada Nacional 218 3 53a, Bragança 5300-552 Portugal

Contactos: (+351) 917 072 015

Mais informações, aqui.

Solar Bragançano

Morada: Praça da Sé 34, Bragança 5300-265 Portugal

Contactos: (+351) 273 323 875

Mais informações, aqui.

Quer saber onde pode dormir em Bragança?

Eis algumas sugestões de qualidade:

Hotel Turismo São Lázaro

Morada: Avenida do Sabor N. 2, Bragança 5300-367 Portugal

Contactos: (+351) 273 310 070

Mais informações, aqui.

Ibis Bragança Hotel

Morada: Avenida das Forcas Armadas Rotunda Lavrador Transmontano, Bragança 5300-440 Portugal

Contactos: (+351) 273 302 520

Mais informações, aqui.

Pousada de Bragança

Morada: Rua Estrada do Turismo, Bragança 5300-271 Portugal

Contactos: (+351) 273 331 493

Mais informações, aqui.

O Abel Hotel Rural

Morada: Rua do Sabor No 3A, Gimonde, Bragança 5300-553 Portugal

Contactos: (+351) 273 382 555

Mais informações, aqui.

A. Montesinho Turismo

Morada: Rua Coronel Álvaro Cepeda 1 Gimonde, Bragança 5300-553 Portugal

Contactos: (+351) 273 302 510

Mais informações, aqui.