Apesar de toda a preparação que houve para que este momento fosse perfeito, o funeral de Isabel II esteve longe da perfeição!
A rainha Isabel II esteve no trono ao longo de sete décadas, por isso este ano ainda celebrou o Jubileu de Platina, devido aos 70 anos de reinado. Curiosamente, a monarca faleceu neste ano em que celebrou um feito inédito na história do reinado. Nunca nenhum rei ou rainha usou a coroa ao longo de tanto tempo.
O falecimento levou a que o filho mais velho da rainha lhe sucedesse. O Rei Carlos III subiu ao trono. No entanto, antes de se concentrar no seu reinado, teve de se focar no funeral da mãe. Ele, a família e o povo. Apesar de toda a preparação que houve para que este momento fosse perfeito, o funeral da Rainha Isabel II esteve longe da perfeição!
As gafes e embaraços no funeral de Isabel II
A preparação
Um funeral desta dimensão foi preparado ao pormenor e coreografado com todos os detalhes. Toda a preparação deste evento foi realizada com respeito pelas vontades que a rainha de Inglaterra tinha expressado para este dia.
No entanto, a preparação é feita por pessoas e os seres humanos erram. Nestes dias, muitas vezes, a emoção supera a preparação.
O guião prejudicado
As emoções das pessoas fizeram com que estas fugissem ao que estava no guião e esses momentos tornaram-se eventos inesperados num acontecimento que foi considerado das maiores exéquias de Estado do nosso tempo.
Contexto
Este evento teve uma cobertura mediática sem precedentes. Este funeral teve a participação de cerca de 500 chefes de Estado. Portanto, esteve longe de ser um funeral comum. No entanto, aconteceram muitas coisas que acontecem no funeral do comum dos mortais.
Comparações
No funeral da monarca, houve beijinhos e abraços (uns mais calorosos do que outros), como acontece num funeral comum. No funeral da Rainha Isabel II, também houve aqueles reencontros surgidos ocasionalmente, sempre acompanhados pela triste afirmação “nós só nos encontramos nestes contextos”.
Ora, alguns dos reencontros permitem conversas de circunstância relativamente agradáveis (mesmo que o motivo do reencontro tenha sido uma morte…). É comum nestes momentos fazerem-se promessas de almoços e jantares. A intenção até pode ser boa, o desejo de reencontro pode ser genuíno. No entanto, o mais provável é que estes novos encontros sejam posteriormente adiados e até podem nunca vir a acontecer.
Neste funeral, também houve outros momentos que saíram do guião, como embaraços mal disfarçados ou silêncios cortantes como punhais de lâmina aquecida.
Interesse geral
A Rainha Isabel II foi a pessoa com o reinado mais longo da História do Reino Unido, pois assumiu o trono com 25 anos e faleceu com 96 anos. Nos últimos anos da sua vida, teve a oportunidade de preparar o seu funeral ao pormenor, definindo toda uma coreografia do luto.
O seu funeral foi escrutinado até ao limite por diversas pessoas. Pessoas de várias áreas colocaram toda a sua atenção em todos os pormenores. Jornalistas, historiadores, especialistas em linguagem corporal foram alguns dos elementos que tiveram em atenção o seguimento do protocolo ou os simples momentos para as revistas cor-de-rosa; aqueles episódios bisbilhoteiros que todos os amantes da família Real adoram.
Curiosidades
Neste dia, ficou a saber-se que Harry e Meghan, duques de Sussex, continuam a ter um relacionamento complicado com William e Kate. Estes últimos, que são os novos príncipes de Gales, continuam de costas voltadas. O relacionamento continua longe do desejável.
Embora tenham sido vistos juntos numa saída que serviu para cumprimentar a multidão em Balmoral e em Londres, percebeu-se que havia frieza. Os casais mal trocaram olhares entre si, por isso as conversas, mesmo as de circunstância, foram quase inexistentes.
Humilhações
William apresentou-se fardado e condecorado. O novo Príncipe de Gales está agora em primeiro lugar na linha de sucessão. O jornal The Guardian detetou que o filho mais novo de Carlos III, Harry, foi com traje civil (sem o traje militar). Ele terá sido obrigado a usá-lo, muito provavelmente.
Este momento pode parecer sem interesse, mas serviu como punição. Foi uma espécie de humilhação semelhante à que sofreu o príncipe André, que também está mal visto, fruto das acusações que lhe foram recentemente dirigidas, quando o príncipe André foi acusado de abuso sexual de uma menor, o que representou mais um escândalo para a Família Real.
De Espanha, nem bons ventos…
As cenas potencialmente explosivas não se limitaram à família Real britânica. Chegaram muitos elementos de Espanha, nomeadamente alguns Borbóns, que o próprio rei Filipe VI não esperava (pelo menos, foram presenças indesejadas pelo governo de Pedro Sanchez).
Além do rei Filipe VI e da sua esposa, a rainha Letizia, também marcaram presença outros elementos da família Real espanhola. Juan Carlos e a rainha Sofia também estiveram presentes no interior da abadia de Westminster.
O rei das polémicas
Aqui, o protocolo foi seguido. Os elementos da Família Real espanhola foram todos sentados no mesmo banco. Letizia foi fotografada a dirigir um olhar fulminante ao sogro, que se mostrava muito tagarela e que devia mostrar-se o menos possível.
Serviu como um silencioso “porque no te callas?” Esta frase mítica foi proferida pelo (então rei) Juan Carlos I de Espanha, no final de 2007, tendo sido dirigida a Hugo Chávez (então presidente venezuelano), durante a XVII Conferência Ibero-Americana, que se realizou na cidade de Santiago do Chile.
Juan Carlos I esteve envolvido nos últimos anos em vários escândalos (sexuais e financeiros), por isso havia muitas dúvidas sobre a sua presença. Muitas pessoas esperavam (ou desejavam…) que o rei emérito não participasse na última homenagem à rainha Isabel II.
Familiares
O convite chegou de Londres com naturalidade, uma vez que Juan Carlos e Sofia são aparentados com a família real britânica. Há uma ligação familiar entre o falecido Príncipe Philip, que foi marido da Rainha Isabel II, e a rainha Sofia.
O duque de Edimburgo, que era grego por nascimento, era tio em segundo grau da rainha espanhola, esposa de Juan Carlos.
A avó da Europa
Curiosamente, os quatro eram tetranetos da rainha Vitoria de Inglaterra. Esta mulher foi apelidada de “avó da Europa”. Era um título com todo o sentido, uma vez que a rainha Vitoria fez de tudo para casar filhos e netos por diferentes casas reais da Europa.
Os quatro elementos da família Real espanhola foram convidados para uma receção privada pós-funeral. No entanto, recusaram. Enquanto Juan Carlos simplesmente rejeitou, a rainha Letizia declinou com a justificação de ter de realizar uma deslocação a Nova Iorque, pois estava marcada a sua presença num evento sobre o combate ao cancro.
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Presenças e ausências
Muitas cabeças coroadas marcaram presença. No entanto, também se destacaram algumas ausências. Os jornais britânicos deram destaque à ausência de Pippa Middleton, a irmã da atual princesa de Gales. Ela tornou-se particularmente famosa e uma personalidade que suscita muito interesse pelo povo. A sua ausência não foi justificada.
Elementos de diferentes Repúblicas também contribuíram e muito para a série gafes ou de atos irrefletidos que ocorreram no funeral. Por exemplo, Emanuel Macron e Brigitte foram apupados. O Presidente de França e a sua mulher decidiram imitar a família real e foram apupados quando decidiram visitar os súbditos enlutados em torno da Abadia.
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O aproveitamento do funeral
Jair Bolsonaro recebeu a “taça” pela pior participação. O presidente do Brasil decidiu fazer ali um comício, após chegar à casa do embaixador do seu país, em Londres, falando com os simpatizantes que o aguardavam no local.
Os jornais britânicos ficaram chocados com a opção de Jair Bolsonaro. O presidente do Brasil “aproveitou para fazer um discurso de campanha, apesar do momento de luto”. Contudo, não se pode dizer que o comportamento do presidente do Brasil seja completamente inesperado. Este político está sempre envolvido em polémicas.
O jornal francês La Croix colocou Jair Bolsonaro numa lista de indesejáveis para o Foreign Office. O presidente do Brasil ficou ao lado de nomes como os de Putin ou Erdogan…