Uma boa anedota cativa e rir faz sempre bem! Conheça a anedota que fará o seu dia ter mais graça. Divirta-se com anedotas portuguesas: Luto filho da mãe.
Ao longo da vida, temos momentos em que precisamos de nos destacar entre os demais e fazer uma piada ou contar uma breve anedota possibilita que sejamos bem vistos perante alguém ou perante um grupo.
Mesmo na escola, enquanto criança, jovem ou já adulto, sabemos que ser engraçado e ter piada permite-nos destacar e estarmos numa posição privilegiada.
Também em momentos de confraternização, ou mesmo em encontros fortuitos e inesperados como quando estamos com um vizinho no elevador, a piada pode proporcionar uma boa impressão ou prevenir-nos de viver um momento de silêncio constrangedor.
As anedotas visam causar ruído, provocar uma sonora e incontrolável gargalhada. Por vezes, só se alcança uma série de sorrisos. Tal é sinal que ou a piada não era assim tão boa ou o nosso trabalho a dar corpo à anedota não foi realizado da melhor forma.
Existem diferentes tipos de piada que exploram diferentes temáticas e dimensões: o humor negro (comum nas piadas britânicas), trocadilhos e jogos de palavras, as picantes (envolvendo um contexto de erotismo, sensualidade ou sexualidade), as preconceituosas (hiperbolizando vícios ou características associados a determinados povos, por exemplo), as piadas secas. Enfim é um ramo tão vasto quanto a criatividade humana.
Portugal tem uma série de humoristas que construíram uma carreira sólida à custa do seu sentido de humor e da sua capacidade para contar piadas e anedotas.
Fernando Rocha, Ricardo Araújo Pereira, Bruno Nogueira e Herman José (o “pai” da comédia em Portugal) estão entre alguns dos grandes nomes nacionais contemporâneos.
Definição de anedota
Termo que vem do grego anékdotos, “inédito”, e do francês anecdote, significando já anedota. Narração breve e geralmente jocosa de um facto histórico ou imaginário. No sentido figurado, uma anedota pode ser uma pessoa que provoca o riso.
Piada, além do pio das aves, refere-se a algo que é engraçado; chalaça, graça. Um dito supostamente cómico em que está implícita uma censura a alguém ou a algo.
No sentido figurado, remete para pessoa ou coisa considerada ridícula ou pouco eficiente. Existem ainda as piadas de mau gosto que são histórias grosseiras ou inconvenientes.
Anedotas Portuguesas: Luto filho da mãe
Manuel foi tratar de uns problemas à Segurança Social. Tinha a senha número A97 e ainda estavam a atender a senha A13. Já estava à espera há uma hora, por isso estava hesitante se devia regressar a casa. Pensou e achou que voltar noutro dia seria apenas adiar o sofrimento, portanto mentalizou-se que tinha de ficar na Segurança Social o dia todo. No meio da multidão, vislumbrou um rosto que parecia conhecer.
– Desculpa lá, mas tu és o Leandro Serafim, não és? – perguntou o Manuel.
– Sim, sou. Mas eu conheço-o de algum lado? – perguntou Leandro, um pouco desconfortável com a abordagem do desconhecido.
– Sou eu, porra! O Manuel Casca Grossa! Não me reconheces?! – questionou o Manuel.
– Epá! A sério?! Desculpa, não estava mesmo a reconhecer-te.
O desconfiado Leandro abriu, nesse momento, um enorme sorriso.
– Amigo, dá cá um abraço pelos velhos tempos! – solicitou Manuel, enquanto abria os braços.
– Claro que sim. Fico muito contente por rever-te, após tantos anos. – disse Leandro ao abraçar o amigo.
Manuel reencontrou Leandro de forma inesperada. Um amigo de infância com o qual partilhou inúmeras aventuras. Aquele encontro aconteceu num momento extremamente oportuno, pois ambos tinham muito tempo para falar sobre os velhos tempos.
– Eu estou condenado a ficar aqui o dia todo. Tenho a senha A97 e estão a atender – confere o monitor – a senha A14. Qual é a tua senha? – perguntou Manuel.
– A minha é a senha A75. Também estarei por aqui muito tempo. Parece que podemos recordar os velhos tempos nas próximas horas… – constatou Leandro.
Aproveitaram para partilhar as histórias que tinham guardadas na memória. Os tempos em que construíam cabanas, os jogos de futebol, as vitórias sobre os rivais, as brincadeiras com fisgas, as idas à praia,… Enfim, uma série de lembranças que foram saindo em catadupa.
– Os almoços na tua mãe eram absolutamente fantásticos. A mulher tem mesmo mão para a cozinha.
– Pois, tinha. Ela cozinhava muito bem. É verdade.
– Cozinhava?
– Sim… Infelizmente, a minha velha mãe morreu na semana passada.
– A sério?! O que é que ela tinha?
– Pouca coisa… Tinha um terreno na aldeia, uma casa e duas pequenas lojas.
Sim, mais que correta a resposta, posto exato o que se peguntou: “O que é que ela tinha?” Em lugar de: “óbito ocasionado pelo quê?” … Muito bom.