Não perca a oportunidade de aprimorar o seu domínio do idioma português com essas dicas valiosas! Confira os erros frequentes do português falado.
Diariamente, no nosso mundo lusófono, cometemos vários descuidos linguísticos, enquanto nos pronunciamos. Conheça hoje 8 desses erros mais comuns.
Com dados obtidos através do Instituto Camões, precisamente no Dia Mundial da Língua Portuguesa, cerca de 260 milhões de pessoas (3,7% da população mundial) falam o nosso idioma.
A língua portuguesa é um idioma global, falado em vários continentes, em múltiplos países e por milhões de pessoas. É normal e frequente que se encontrem vários erros ortográficos e outros no português falado, que muitas vezes nem notamos, mas que não nos deixam bem vistos relativamente ao português que falamos. Muitas vezes, podemos ser alvo de chacota por quem nos rodeia por cometermos algum deslize na língua de Camões.
Muitas vezes, aquilo que escrevemos ou a maneira como falamos pode dizer muito sobre nós mesmos. Além de sermos alvo de chacota, até podemos ser discriminados pela forma como falamos a nossa língua. Neste artigo, vamos dar-lhe a conhecer 8 dos erros que habitualmente cometemos neste idioma.
8 erros frequentes do português falado
1 – Trocar “a princípio” com “em princípio”
“A princípio” ou “em princípio”? As duas formas existem, mas têm sentidos e usos diferentes. “A princípio” refere-se a um começo, início e “em princípio” quer dizer em tese, em teoria.
Repare nos seguintes exemplos:
- “A princípio, julguei que fosse difícil conduzir um carro, mas após umas aulas verifiquei que não era um bicho de sete cabeças.”
- “Em princípio, não vejo problema na sua proposta, para a semana tomarei uma decisão.”
2 – Falar “haviam” em vez de “havia”
Mais um erro extremamente comum é dizer haviam em vez de havia. Quando o verbo “haver” está no sentido de “existir”, ele não permite sujeito e deve ser conjugado sempre na terceira pessoa do singular, como nos seguintes exemplos:
- “Havia muitos quadros naquela exposição.”
- “Havia muitas pessoas na praia.”
3 – Falar “Quaisqueres” em vez de “Quaisquer”
“Quaisqueres” é uma palavra que nem sequer existe na língua portuguesa. Se queremos pronunciar no plural a palavra “qualquer”, o termo correto que devemos mencionar é “quaisquer”.
- “Tenho que resolver os meus problemas, quaisquer que eles sejam.”
- “Não tenho quaisquer dúvidas sobre essa matéria.”
4 – Colocar a palavra “grama” de forma feminina
É de forma amiúde que conotamos a palavra “grama” com o género feminino. Contudo, esta palavra é do género masculino (sempre que grama tiver sentido de unidade, de medida e de peso).
Por isso, quando vamos a um supermercado e pedimos trezentas gramas de queijo, estamos a cometer um erro no português falado, pois o correto seria dizer:
- “Quero trezentos gramas de queijo, se faz favor.”
- “Vou querer também quinhentos gramas de presunto”.
5 – Usar a afirmação “a maioria” como se fosse plural
A afirmação “a maioria” é singular, mesmo que esteja junto a uma palavra no plural, como nos seguintes exemplos:
- “A maioria das pessoas gosta de ir ao cinema.”
- “A maioria delas gosta de dormir.”
6 – Falar “na minha opinião pessoal”
Falar “na minha opinião pessoal” é uma redundância, ou seja, uma repetição de palavras ou de ideias, que é um erro bastante comum.
A expressão “na minha opinião pessoal” é um vício de linguagem utilizado de forma amiúde por muitos falantes da língua portuguesa. É considerada um pleonasmo vicioso, por apresentar uma repetição inútil de ideias, devido à falta de atenção ou pela força do hábito ou mesmo por completo desconhecimento.
Se a opinião é minha, é automática e evidentemente pessoal. Este erro é algo similar ao pleonasmo “subir para cima” ou, então, “descer para baixo”, muito comum, pois ouvimo-lo diariamente.
7 – Baralhar-se com as expressões “de encontro a” e “ao encontro de”
As expressões “de encontro a” e “ao encontro de” são dos erros falados mais comuns e frequentes da língua portuguesa.
Definitivamente, a ideia “de encontro a” exprime algo que pode ser conotado como negativo. Já o “ao encontro de” tem um sentido que pode ser interpretado como positivo.
Repare nos seguintes exemplos:
- “O motociclista foi de encontro a um muro.”
- “Esta nova medida implementada pelo governo vai ao encontro das nossas necessidades.”
8 – Confundir as palavras “propício” com “propenso”
Podem até confundir-se estas duas palavras. Contudo, propício e propenso possuem significados um pouco diferentes.
A palavra “propício” é quando alguém ou alguma situação está adequada, favorável e oportuna, já a palavra “propenso” relaciona-se com alguém ou algo mais passível de se concretizar. Repare nos seguintes exemplos:
- “O dia está propício para ir até à praia ou então até à piscina!”
- “O meu patrão está mais propenso a aceitar a minha nova proposta de aumento.”
Estes são 8 dos erros habituais quando falamos em português. Se leu este artigo, ficou mais alerta para estes erros que costumamos dar frequentemente, quando comunicamos na língua portuguesa.
Assim, conseguirá mais facilmente evitá-los e, assim, melhorar consequentemente as nossas capacidades linguistas, relativamente a este idioma.