Conheça alguns erros de língua portuguesa muito frequentes na oralidade e na escrita: 7 palavras e expressões da Língua Portuguesa que não existem, mas todos usam.
Há palavras e expressões que usamos diariamente e que são um tanto ou quanto imprecisas, para dizer que não são mesmo erradas e sem nexo algum. Conhecer estes termos é o primeiro passo para começar a falar melhor, sem gaffes e de forma mais clara.
Tome nota dos exemplos seguintes e pense duas vezes na hora de usá-los nas suas futuras conversas entre amigos ou colegas de trabalho.
7 palavras e expressões da Língua Portuguesa que não existem, mas todos usam
Norte-Americano
É frequente usar o termo “norte-americano” para nos referirmos em exclusivo aos cidadãos dos Estados Unidos da América, o que é errado. Os EUA estão realmente localizados na América do Norte da América, assim como o Canadá.
Assim, falar em norte-americanos para nos referirmos aos cidadãos dos EUA é, mais ou menos, o mesmo que dizermos «os europeus», quando queremos falar em exclusivo dos portugueses, por exemplo.
Portanto, é mais adequado identificar os naturais ou residentes nos EUA como estado-unidenses.
Perca
Perca é a 1ª e 3ª pessoas do singular do presente do conjuntivo do verbo perder e a 3ª pessoa do singular do imperfeito do verbo perder. Por exemplo, é correto dizer – “Espero que aquele partido perca as eleições.”
O que já não é certo é que se use «perca» enquanto substantivo, dizendo por exemplo – “Aquele pessoa teve uma perca de peso incrível.” É que perca, enquanto substantivo feminino, refere-se a um género de peixes de água doce, tipo dos percídeos. Assim, na situação anterior, deveria antes dizer – “Aquela pessoa teve uma perda de peso incrível.”
Copo com água
Dizer copo com água é erro? Naturalmente que não, mas o que também não é erro é pedir um copo de água, pois neste caso subentende-se que se está a pedir um copo cheio de água e não feito de água.
O mesmo acontece com outras expressões como chávena de chá ou maço de tabaco. Também aqui se depreende que a chávena não é feita de chá, nem o maço de tabaco. Portanto, da próxima vez que for à confeitaria peça, sem medos, uma garrafa ou um copo de água, pois todos vão entender o que pretende.
Entre 10 a 20
Quando queremos indicar um determinado intervalo de números, podemos uma de duas formas: ou dizer que dado valor fica «de 1 a 10» ou que fica «entre 1 e 10». Usar a expressão «entre 1 a 10» é que não está correto, embora se ouça e leia bastante por aí.
Literalmente
Literalmente é um advérbio que se refere a algo que aconteceu de modo literal; no sentido literal da palavra ou expressão. «Ela chorou, literalmente, o dia todo.» significa que ela chorou, ininterruptamente, durante 24 horas.
Acontece que esta expressão é usada, muitas vezes, de forma metafórica ou hiperbólica, quando dizermos, por exemplo – «Estou tão cansado que estou, literalmente, morto.» Tal, é obviamente um exagero e impossível.
Bilião
Esta palavra existe na língua portuguesa, mas desencadeia, frequentemente, algumas confusões devido à língua inglesa.
Ora, enquanto 1 billion em terras de Sua Majestade (e, também, no Brasil, por exemplo) equivale a mil milhões; em Portugal, um bilião equivale a 1 milhão de milhões. Por isso, na hora de usar este termo, há que ter em conta a devida conversão.
Solarengo
Apesar de alguns dicionários já o indicarem, solarengo não é, na sua génese, um sinónimo de soalheiro. Como adjetivo, ele qualifica algo relativo ou pertencente a solar; um edifício de arquitetura requintada, grande e com aspeto de solar.
Portanto, sempre que queira descrever um dia quente, de muita sol e luz natural, jogue pelo seguro e use o adjetivo soalheiro.
Perdi meu tempo lendo isso!
Faz parte da América do Norte também o México; não só EUA e Canadá.
Achei que fosse mais produtivo