Há expressões que são muitas vezes mal proferidas. Descubra algumas delas! Confira 7 expressões que muitos dizem mal.
Há diversas expressões portuguesas interessantes. Há ainda expressões que são mal aplicadas. A maioria das pessoas diz mal algumas expressões bem conhecidas.
Existem expressões que são tão frequentes que usamos como ouvimos. No entanto, por não ter existido o interesse em aprofundar o conhecimento sobre essas expressões, há uma perpetuação dos erros.
Língua Portuguesa: 7 expressões que muitos dizem mal
Salganhada
O termo salganhada está implantado na sociedade de hoje, mas esta palavra não existia. É um termo que surgiu tardiamente e perpetuou-se.
O termo mais adequado e original é “salgalhada”. Apesar de não soar tão bem, é o termo correto a usar. Estranho, não é?
O termo “salgalhada” é aplicado para se referir a um conjunto de coisas totalmente díspares.
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Solarenga
Esta é outra das palavras que surpreende verdadeiramente, pois é um erro que quase todos cometem. Apesar de custar a acreditar, a verdade é que esta palavra está errada, ou melhor, é frequentemente mal aplicada, pois solarengo é uma casa nobre, algo que pertence a um solar.
Assim, solarengo é um termo que não serve para descrever um local que está exposto ao sol, apesar de ser muitas vezes assim aplicado. Se pretendemos descrever locais desse tipo, devemos usar os adjetivos ensolarado ou soalheiro.
Bebida à descrição
Já todos estivemos em festas fantásticas, em que ficamos extremamente agradados por ouvir que há “bebidas à descrição”. Contudo, como a palavra descrição advém do verbo descrever, não faz sentido dizer “bebida à descrição”.
A expressão adequada para esse contexto é “bebida à discrição” que tem o significado de “em abundância” ou “à escolha”.
“Desejamo-vos um bom Natal”
Apesar de soar mal dizer “desejamos-vos um bom Natal”, a verdade é que esta é a forma correta da conjugação pronominal do verbo desejar no presente do indicativo.
O “s” presente no final da palavra mantém-se neste caso, sendo apenas omitido se o pronome que se segue for “nos” (como em “desejamo-nos”). Logo, a forma correta de dizer a expressão é “desejamos-vos”.
Viver às custas de
São inúmeras as pessoas que usam a expressão “às custas de”. Ela popularizou-se tanto que não faltam notícias a repetir o erro. É a irmã ou a mãe do jogador famoso; é o filho do milionário que não arranja trabalho e só sabe gastar o dinheiro do pai; enfim… Até no nosso quotidiano há esse tipo de comentários relativamente a um determinado vizinho.
Contudo, não se deve dizer viver “às custas de”, mas sim viver “à custas de”. Esta é que é a expressão correta e que é aceite na língua portuguesa, pois o termo “custas” é um substantivo feminino que é usado apenas em contexto jurídico e não pode ser usado como plural da palavra “custa.”
Assim, a verdade é que “à custa de” é uma locução que não contempla plural.
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Por causa que
É comum usar “por causa que” como substituição de um simples “porque”. Porém, “por causa de” é a forma correta que se deve usar para fazer essa substituição de forma eficaz.
Uma grama
Este é outro erro tão comum que parece inacreditável. Sabemos que grama termina com a letra “a” e na escola ensinam-nos que as palavras que terminam em “a” são do género feminino. Contudo, a palavra “grama” é uma das exceções à regra.
Se estivermos a referirmo-nos à medida, 1 grama, devemos colocar “um grama”. A palavra grama pode ser usada com o artigo definido “a”, se se estiver a referir à relva, à erva rasteira, mas essa é uma palavra bem mais comum no Brasil, embora também seja aceite em Portugal.
Se “grama” for usado no sentido de unidade de medição, então devemos usar o artigo masculino. Logo, sempre que for às compras, peça “quinhentos gramas de fiambre” e não “quinhentas gramas de fiambre”.
Agora que conhece estas expressões, certamente que reconhece que já se tinha deparado com uma ou várias destas expressões mal aplicadas, não é verdade?
” Às expensas de” ou “a expensas de”?