Se quer reduzir as probabilidades de acidentes, eis alguns dos erros mais comuns de condução que deve evitar a todo o custo. Podem arruinar a sua vida! A condução é um prazer. Conduzir concede-nos uma sensação de liberdade incomum. A maioria dos condutores sente-se bem a conduzir. No entanto, tal não significa que todos conduzam bem. Aliás, todos os que conduzem cometem erros, mesmo os que conduzem bem. No presente artigo, iremos apresentar alguns dos erros mais frequentes.
Os 7 erros mais comuns de condução que todos já cometemos
Numa fase inicial da nossa condução, a leitura do código da estrada representava uma aprendizagem constante. Era uma fase em que se aprendiam todas as regras da estrada como se se tratasse da Bíblia. Esse conhecimento era respeitado ao máximo. Fazia-nos conduzir de forma extremamente cuidadosa.
A maioria das pessoas passou por essa fase, enquanto aprendia a conduzir. No entanto, com a experiência e a autoconfiança nas próprias capacidades da condução faz com que muitas pessoas esqueçam essa fase. Após se concluir o exame de condução, a vida segue como uma estrada onde se explora o prazer da condução. Esse é um espaço onde acontecem erros constantemente. Os condutores deixam-se cair em vícios na condução que até podem colocar a sua segurança em risco.
1 – A manete serve para descansar a mão
Este erro de descansar a mão na manete é tão frequente como controverso. Existem pessoas que defendem que os perigos deste gesto são mito e há quem defenda que repousar a mão sobre a manete de velocidades é realmente arriscado.
Os especialistas deixam claro que um dos riscos desse gesto é incontestável. Sempre que realiza esse gesto está a conduzir com uma só mão. Por isso, esse comportamento não só é perigoso, como implica um aumento dos consumos de combustível pela condução que implica. Enquanto o peso da mão se encontra presente sobre a caixa de velocidades, a pressão sobre alguns componentes do sistema de transmissão aumenta, o que leva a um desgaste precoce da caixa.
2 – Para quê ter distância de segurança?
As proximidades devem ser evitadas, mas os veículos continuam a circular “coladinhos” entre si. No entanto, a lei é clara:
“Sempre que o veículo se encontra em movimento, ele ocupará na via um espaço resultante da sua largura e com um comprimento igual à distância de reação somada com a distância necessária à realização da manobra de modo a evitar o acidente.”
Sempre que se circula a uma velocidade de 70 km/h, deverá guardar uma distância de segurança de 45.5m do carro da frente. Embora seja óbvio que ninguém irá para a estrada com uma fita métrica em plena autoestrada, a verdade é que se consegue distinguir facilmente uma distância de 50 m para 50 cm. Por isso, se quer afastar a possibilidade de acidentes, mantenha as traseiras dos outros carros mais longe do seu veículo.
3 – Sai do meio pá! Vai mas é para a tua via!
Um dos erros mais frequentes nas autoestradas portuguesas consiste em realizar uma condução pela faixa do meio. Embora as pessoas tenham uma sensação de maior segurança quando não circulam junto às bermas ou que não incomodam ninguém quando não se encontram na faixa mais à esquerda, o hábito de conduzir na faixa do meio é errado. Trata-se mesmo de uma contraordenação muito grave suscetível de coima.
Embora os condutores sintam que a margem de manobra é maior quando se encontram na faixa do meio, o código da estrada é claro:
“Sempre que, no mesmo sentido, existam duas ou mais vias de trânsito, este deve fazer- se pela via mais à direita, podendo, no entanto, utilizar- se outra se não houver lugar naquela e, bem assim, para ultrapassar ou mudar de direção.”
Este erro implica uma coima que pode variar entre os 250€ e os 1250€. Por isso, é sensato circular sempre na faixa da direita, exceto nos momentos em que pretende ultrapassar.
4 – Parar para quê?
Estão os condutores descansados a conduzir quando se deparam com um peão a aproximar-se de uma passadeira. Antes dele passar, mais vale acelerar e pedir desculpa com a mão do que parar e esperar que ele passe em passo de tartaruga.
É preferível soltar um: “Ai, desculpe… nem o vi!” do que gastar uns segundos do nosso tempo. É importante destacar que este tipo de comportamento nunca acontece em casos de perigo.
5 – Descansar é fora do pedal
Quando se está perante semáforos, há um vício bastante frequente. Quando se está parado junto do sinal vermelho, os condutores têm uma grande tendência para descansar o pé no pedal. Ora, trata-se de um erro frequente que pode causar o desgaste prematuro do sistema.
Este gesto, além de forçar as molas de pressão de forma desnecessária, irá desgastar o disco da embraiagem. Assim, descansar é fora do pedal e a embraiagem ser usada somente para trocar de velocidades.
6 – Amarelo não é verde
Quando o semáforo se apresenta vermelho, os condutores sabem que os carros devem… parar. Eles também sabem que o verde permite que se mantenha a circulação. O problema é que entre o vermelho e o verde há o amarelo que pode ter significados distintos dependendo da ordem.
Quando o amarelo segue um verde significa “abrande”, embora muitos compreendam como “acelere” à bruta. Quando o semáforo passa para amarelo e está quase a ficar vermelho, não é suposto acelerar como se não houvesse amanhã. Por isso, abrande, pare e aguarde até que fique verde. O seu tempo não é mais valioso do que o tempo dos outros.
Aprenda mais sobre o código da estrada:
- Sabe quais são os selos e documentos obrigatórios no carro?
- Quem tem prioridade na estrada: carros ou ciclistas?
- Multas por excesso de velocidade: quanto custam em Portugal?
7 – O pisca não gasta combustível
As pessoas sabem o caminho para onde vão, mas querem guardar segredo. Por isso, quando viram, não sinalizam. Acontece com todos os condutores (embora não aconteça sempre, felizmente).
Chega o momento de mudar de direção, surge o esquecimento ou a preguiça, não se aciona o pisca e fica para a próxima, se Deus quiser…
Não se percebe bem o problema de não cumprir com esse papel, até porque o pisca não consome combustível. Os piscas devem ser realizados sempre, porque se tratam de elementos de segurança. Eles podem evitar inúmeros acidentes. Por isso, fazer o pequeno esforço de dar o pisca, pode salvar vidas…
Quantos destes erros já foram cometidos por si? Confesse lá…