7 das ruas mais pitorescas e carismáticas de Lisboa
Ruas e calçadas típicas de Lisboa, onde ainda se sente o pulsar da capital. Venha conhecer 7 das ruas mais pitorescas e carismáticas de Lisboa.
Quando visitamos uma cidade – seja ela a nossa ou não -, temos grande tendência para nos informar sobre os seus monumentos mais emblemáticos, parques mais agradáveis, praias mais belas e descuramos, muitas vezes, naquilo que é uma cidade pura e dura.
Efetivamente, são as ruas de uma cidade que contam a sua história mais íntima e profunda. São as praças e avenidas que contam a História, mas também as estórias das pessoas que habitam e habitaram aquele local.
No caso de Lisboa, tudo o que dissemos é por demais evidente. Portanto, não há como ficar a conhecer a capital portuguesa, se não der um passeio pelos seus bairros históricos mais típicos e pelas suas ruas pitorescas e plenas de costumes.
Calçada de Santana
Perto do Miradouro do Torel, fica a Calçada de Santana, uma rua estreita, íngreme, onde casas simples e humildes se erguem junto de edifícios senhoriais. Diz-se que aqui terá falecido Luís Vaz de Camões e, não muito longe, nasceu a fadista Amália Rodrigues.
A rua tem alguns pontos de interesse como a Igreja da Pena, ricamente ornamentada em talha dourada; o Miradouro do Torel que oferece uma vista magnífica sobre o vale da Avenida da Liberdade e a colina de São Roque; e o jardim de São Pedro de Alcântara por onde pode e deve passear.
Visitar esta rua é uma excelente maneira de ficar a conhecer a zona ocidental da cidade.
Rua da Bica de Duarte Belo
Mais uma rua íngreme que liga a Travessa do Cabral ao Largo do Calhariz. Aqui fica o famoso elevador da bica, mas há mais para dizer sobre o nome desta rua.
Duarte Belo foi um armador e negociante na Lisboa do século XVI, tendo sido proprietário da Bica dos Olhos, um local onde se curavam os males das vistas. Outro espaço de referência é o Sítio da Bica, entre as encostas de Santa Catarina e das Chagas.
Este sítio foi escavado em 1597, devido a um desmoronamento de terras. As escadinhas que ainda hoje se exibem nesta rua terão sido feitas nesta mesma cronologia. O bairro, pouco afetado pelo terramoto de 1755, conserva algum do seu traçado, nomeadamente de edifícios coloridos que tornam a rua bem pitoresca.
Calçada do Duque
A Calçada do Duque vai da Calçada do Carmo ao Largo Trindade Coelho. O seu nome remete para o Duque do Cadaval que ali bem perto tinha o seu Palácio.
Nas imediações desta rua, pode visitar a Igreja de São Roque, o antigo Palácio de Niza e a Estação ferroviária do Rossio. A rua oferece, ainda, uma vista única sobre o Castelo de São Jorge.
Rua dos Remédios
Indo a caminho da Foz do Tejo, eis que surge a Rua dos Remédios, assim designada desde 1859, em substituição do seu anterior nome (Rua das Portas da Cruz).
A designação é simples e deve-se à edificação de uma ermida de Nossa Senhora dos Remédios, na primeira metade do século XVI.
Pouco atingida pelo terramoto de 1755, conservam-se exemplares de portais manuelinos na Capela dos Remédios ou perto da Calçadinha de Santo Estêvão, assim como painéis de azulejos nas fachadas, com data anterior à do terramoto.
É uma ótima rua para passear, onde há muito espaço de circulação para peões e muitas casas de fado para os amantes desta música e, claro, de bons petiscos.
Rua do Vale
Esta rua fica entre o Bairro Alto e São Bento. É como se formasse uma fronteira composta por vasinhos de flores, painéis de azulejos e estendais de roupa. Aqui, tinha lugar a oficina de Júlio Pomar e, também nesta rua, fica o museu com o seu nome.
Mais ao fundo, fica a Igreja das Mercês (também conhecida como Igreja de Jesus). Um bom local para passear e descobrir os encantos da cidade.
Travessa da Arrochela
Perto da rua anterior, fica a Travessa da Arrochela, íngreme mas com escadinhas para ajudar. Daqui é possível avistar o Palácio de São Bento e, ao longo da subida, admirar os edifícios coloridos e revestidos a azulejos.
Rua Vieira Portuense
Junto à foz do Rio, em Belém, fica esta rua construída originalmente perto da antiga praia e dos edifícios dos séculos XVI e XVII.
De um lado desta rua pitoresca, existem casas coloridas, com uma traça pré-terramoto de 1755. Naturalmente que muitos destes edifícios foram restaurados e funcionam atualmente como restaurantes.
Já perto do Mosteiro dos Jerónimos, há outra rua muito colorida que vale a pena conhecer, assim como os jardins de Belém, nas imediações.