Entre as aldeias mais pequenas de Portugal, há destinos imperdíveis. Existem lugares com dimensões reduzidas que geram em nós grandes emoções.
Portugal tem vários destinos turísticos impressionantes. Cidades como o Porto e Lisboa são frequentemente enaltecidas em revistas e plataformas internacionais, referências na área do turismo que enumeram as muitas razões para visitar o nosso país.
O Arquipélago dos Açores e o Arquipélago da Madeira são também destinos que atraem diversos estrangeiros a Portugal. O nosso país tem vindo a realizar um crescimento notável ao longo dos últimos anos. Desengane-se quem pensa que este crescimento é apenas centrado nas grandes cidades do país.
Existem aldeias bastante atrativas, destinos encantadores de uma beleza incrível. Estes espaços com história resistem no tempo e vencem a tentação de abandono que é sentida por boa parte dos seus habitantes.
Estas aldeias de pequenas dimensões enchem-se de turistas. Entre as aldeias mais pequenas do país, há destinos imperdíveis. Existem lugares com dimensões reduzidas que geram em nós grandes emoções.
Descubra 3 das aldeias mais pequenas de Portugal
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Apesar de existir a tendência para os habitantes das aldeias procurarem uma vida melhor no estrangeiro ou nas cidades, principalmente em anos de maior carência, estas aldeias sobreviveram até aos nossos dias. Atualmente, adquiriram uma nova vida devido ao turismo.
Em Portugal, existem algumas aldeias de pequenas dimensões. No entanto, as emoções que elas despertam em nós são grandiosas. Estas aldeias apresentam uma singularidade encantadora. Encontram-se perfeitamente enquadradas na Natureza envolvente e revelam uma beleza inigualável.
Estas pequenas aldeias revelam-se destinos perfeitos para uma escapadinha de sonho, pois asseguram a tranquilidade e o descanso de que se precisa, especialmente para quem quer fugir do rebuliço e da agitação das grandes cidades.
1 – Cortecega (Góis)
Esta aldeia encontra-se no distrito de Coimbra, a 4 km de Góis. A aldeia de Cortecega está presente a 45 quilómetros da cidade dos estudantes, a encantadora Coimbra. Esta aldeia encontra-se circundada por vales e montes verdejantes. Portanto, a beleza em torno de Cortecega é impressionante.
A aldeia de Cortecega conjuga casas velhas com casas novas e mistura umas que ainda são de xisto, apresentando-se pintadas de branco, amarelo e azul.
Segundo se diz, o nome da aldeia tem “corte” devido a uma história curiosa. Foi um habitante da aldeia que queria comprar uma porca e deslocou-se ao mercado de Góis com esse propósito.
No entanto, na viagem de regresso, reparou que a porca era cega. Então, o aldeão local disse para o animal “Caminha para Corte, cega!”. De então em diante, a aldeia passou a ser conhecida como Cortecega.
Nenhuma aldeia deve ser definida pelo número de habitantes que tem ou pelo seu tamanho. Cortecega é mesmo uma das aldeias mais pequenas de Portugal. Esta aldeia encantadora está longe de caminhar para o abandono ou extinção. Está mais moderna e até faz uso da tecnologia. Cortecega marca a sua presença online.
Esta aldeia é ativa e dinâmica. Apesar de ser uma aldeia cujos habitantes são maioritariamente idosos, os locais continuam a manter as tradições da aldeia bem vivas. Os habitantes praticam agricultura de subsistência ou agricultura familiar.
As pessoas desta aldeia cuidam bem dos animais e sabem o que eles representam para a sua sobrevivência. Os habitantes também gosta de usar o forno a lenha, onde cozem a broa.
Há várias tradições nesta aldeia. Elas mantêm-se vivas devido aos seus habitantes. Ao longo do ano, são celebradas diversas festas. Entre as mais emblemáticas estão as festas em honra da Nossa Senhora das Neves (que ocorrem em agosto) ou o Almoço da Amizade (que ocorre em março/abril).
Nesta aldeia, há ainda a mencionar a concentração de Motards (que ocorre em agosto). Há ainda outro evento emblemático para a aldeia, o Encontro de Concertinas e Almoço das Vindimas (que ocorre outubro).
Nesta aldeia, existem ainda os jogos tradicionais, como o curioso torneio de tiros aos pratos, existindo ainda passeios todo-o-terreno. A festa de final de ano é outro evento que encanta quem visita a aldeia nessa altura do ano.
Os grandes destaques estão presentes no centro da aldeia, nomeadamente a capela dedicada a Nossa Senhora das Neves. Outra atração é a antiga “Eira do Povo” que, após ter sido restaurada, passou integrar a área das festas de verão.
2 – Aldeia da Pena (São Pedro do Sul)
Esta aldeia sui generis encontra-se presente em Viseu. A Aldeia da Pena está a 20 quilómetros de São Pedro do Sul, por isso ainda está longe da capital. São cerca de 325 quilómetros de distância de Lisboa. Apesar de ser uma das aldeias mais pequenas de Portugal, não deixa de proporcionar uma experiência memorável.
A aldeia encontra-se a cerca de 600 metros de altitude. Para visitar a aldeia da Pena, há que deixar o carro à “porta” da aldeia. A experiência revela-se única, logo no primeiro impacto, pelo cenário natural em que esta aldeia se encontra inserida.
A paisagem é deslumbrante e estende-se até à ribeira da Pena. Dada a sua ligação com a nascente, a ribeira apresenta águas cristalinas e bastante frias. No verão, podem refrescar-nos de diferentes formas.
A ribeira da Pena desempenha um papel importante para os seus habitantes, uma vez que os campos locais são regados com a sua água . Nos meses mais quentes do ano, a água da ribeira é usada para banhos refrescantes, pelos habitantes e por turistas. Por isso, quem adora Natureza viverá uma experiência memorável nesta aldeia.
A pequena aldeia aninha-se no fundo do vale de São Macário. A Aldeia da Pena confunde-se com a Natureza que a envolve. Há mais habitações na aldeia do que habitantes locais. Na Aldeia da Pena, existem apenas 6 habitantes. Esta aldeia carateriza-se pelas casas de xisto.
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3 – Aldeia de Cubas (Vila Pouca de Aguiar)
Aldeia de Cubas é uma aldeia encantadora de Trás-os-Montes. Esta aldeia encontra-se entre montanhas e encostas íngremes. Infelizmente, ela caminha para o esquecimento e está condenada ao desaparecimento.
Esta é a aldeia menos habitada entre as três aldeias aqui mencionadas. Aldeia de Cubas contava com apenas quatro habitantes no ano de 2012. Eram apenas duas famílias, dois casais de idosos. Já no ano de 2017, só se registava a presença de um desses casais.
Além da distância que a separa do centro urbano, os difíceis acessos até à Aldeia de Cubas são uma das razões que a tornam tão distante do resto do mundo. Esta realidade indesejada faz com que a Aldeia de Cubas seja uma das aldeias que poderá desaparecer brevemente. Presume-se que tal aconteça nos próximos anos.
Apenas resta um casal de habitantes e a idade não perdoa e avança a cada ano que passa.
Francisco Costa e Maria da Liberação Alves ainda resistem ao abandono da sua aldeia, mantendo viva a Aldeia de Cubas. Eles têm 76 e 68 anos, respetivamente, por isso, ainda poderão manter viva a aldeia por mais alguns anos.
Há cerca de 30 anos, a Aldeia de Cubas contava com mais de 70 pessoas. Atualmente, restam estas duas pessoas. Francisco Costa e Maria da Liberação Alves trabalham no campo para combater a solidão e o isolamento. Este casal cultiva as suas terras e dedica o seu tempo aos seus animais.
O mês de agosto é esperado ansiosamente. Nessa época, chegam à aldeia turistas ou emigrantes que regressam à sua aldeia. No entanto, noutros dias do ano, Francisco Costa e Maria da Liberação Alves podem estar dias inteiros sem ver vivalma. Estar um dia inteiro ser ver uma pessoa (ou dias) é uma experiência incomum.
Na Aldeia de Cubas, encontrará silêncio e tranquilidade, além de beleza, muita beleza.
As paisagens que se podem conhecer são verdadeiramente magníficas. O cenário é deslumbrante, por isso vive-se uma experiência única nesta aldeia.
Há um percurso pedestre de 12 quilómetros que encantará os amantes de caminhadas. O Trilho de Cubas é uma experiência encantadora. Neste percurso circular que se faz em cinco / seis horas vivem-se grandes emoções.
O percurso é de grau de dificuldade elevado. Portanto, é indicado para os mais experientes nessa matéria. O percurso é feito entre caminhos rurais e de montanha, havendo vários momentos para se tirar fotografias que permitem eternizar a experiência.
A beleza arrebatadora deste local merece ser emoldurada em fotografias que se tornam num sucesso nas redes sociais.
Desculpe, mas não aprendeste superlativo, diminutivo, superlativo de comparação, etc?
Não é “mais pequeno” é menor.
Vamos acabar com a normalização do errado.