O mundo natural tem formas surpreendentes de se apresentar. Fique a conhecer dez estranhos fenómenos da natureza em Portugal.
O nosso planeta tem um património natural verdadeiramente impressionante. Existem diversos acontecimentos na Natureza que nos podem deixar de boca aberta. Há vários fenómenos naturais com capacidade de nos surpreender e maravilhar. Uns revelam a sua força e poder, outros apresentam uma beleza singular.
Em todo o planeta, existem diversos recantos naturais formidáveis. Muitos desses espaços esculpidos pela mãe Natureza são tão mágicos que parecem irreais e nos fazem duvidar da sua existência, mesmo quando estamos perante eles. No entanto, existem!
O nosso país também tem alguns exemplares. São provas de como a Natureza pode ser mágica. O NCultura reuniu um conjunto de fenómenos verdadeiramente impressionantes. O mundo natural tem formas surpreendentes de se apresentar. Fique a conhecer alguns dos modos mais fascinantes que se encontram no nosso país!
10 estranhos fenómenos da natureza em Portugal
1 – Ribeira de Odeleite
Uma pessoa que viajava de Amesterdão para Marraquexe tirou uma fotografia aérea da ribeira de Odeleite. Após ter feito a sua publicação na rede social Reddit, o local ficou bastante popular, uma vez que a imagem correu mundo.
Desde então, a ribeira de Odeleite continua a surpreender e a maravilhar todos os que por lá passam. Sempre que é partilhada nas redes sociais, a imagem da ribeira de Odeleite revela-se um sucesso pela sua forma singular e encantadora, um dragão.
A fotografia do “dragão azul” deu fama à ribeira de Castro Marim, no Algarve. A sua beleza singular chegou até à China. Neste país, o dragão simboliza várias qualidades positivas, nomeadamente poder, força e boa sorte.
Desde então, muitos elementos deste povo visitam esta ribeira, além de elementos de outros povos. A ribeira de Odeleite passou a ser apelidada de “rio do dragão azul”.
2 – Boca do Inferno
A Boca do Inferno é considerada uma das grandes atrações da incrível cidade de Cascais. Conhecida pelo nome Boca do Inferno, esta formação única nas rochas encontra-se à beira do oceano.
Segundo o povo, existe a crença que antigamente este local terá sido uma gruta, mas, atualmente, consiste apenas numa cavidade ao ar livre. Existe uma espécie de arco que é o local por onde a água do mar entra.
O nome Boca do Inferno foi atribuído a este local devido à analogia morfológica e ao impacto das ondas que se fazem sentir, que são algo verdadeiramente assustador, chegando a elevar-se numa espuma branca com dezenas de metros!
3 – Cabeça da Velha
A Cabeça da Velha é uma atração invulgar da região onde se encontra. Esta pedra singular encontra-se na localidade da Senhora do Desterro, em São Romão, Seia. A Cabeça da Velha carrega uma lenda e uma mística.
Segunda a lenda, algo aconteceu na Serra da Peneda, que o povo não esquece. Leonor era uma jovem rapariga. Após ter ficado órfã, ela ficou a viver com o seu tio, que se tratava de um fidalgo poderoso.
A rapariga apaixonou-se por um jovem pobre. O nome deste rapaz era Afonso. Leonor manteve o seu amor por este rapaz em segredo, uma vez que temia a reação do seu tio. Leonor apenas confiava numa velha aia, cujo nome era Marta.
Ocasionalmente, ela conseguia levar o jovem Afonso até à presença da rapariga. Marta jurou ao casal a sua lealdade. Ela chegou a dizer: “Seja eu pedra se alguma vez os trair”. Um dia, Marta foi apanhada pelo tio de Leonor. A velha aia escondia uma carta de Afonso que se destinava a Leonor. Ela revelou o que sabia e foi obrigada a divulgar as circunstâncias do próximo encontro dos jovens apaixonados, a hora e o local.
No dia combinado, a velha aia acompanhou a jovem rapariga ao seu encontro com Afonso, que se realizaria na Serra da Peneda, tendo ficado de vigia. Quando Afonso e Leonor se encontravam a matar as saudades que tinham um do outro, ouviram vozes. O casal percebeu que não estava sozinho. Afonso e Leonor chamaram Marta para perceberem o que se estava a passar. No entanto, ela não lhes deu qualquer resposta.
Quando foram à procura de Marta, Afonso e Leonor depararam-se com uma pedra em forma da cabeça da aia. Ela encontrava-se precisamente no local onde Marta estava escondida. A velha aia tinha-se transformado numa pedra enorme. Por isso, o casal percebeu imediatamente que a aia tinha quebrado a promessa que lhes tinha feito.
Mesmo quem não acredita em lendas, não pode duvidar da existência da pedra que se encontra numa bonita zona. O povo também destaca a capela que, segundo reza a lenda, terá sido mandada construir pela jovem rapariga, em honra da velha aia.
4 – Pedras parideiras
As pedras parideiras são um fenómeno único em Portugal. Este é um fenómeno muito raro no mundo inteiro. As pedras parideiras encontram-se em plena Serra da Freita, no concelho de Arouca.
Do ponto de vista geológico, trata-se de um “granito nodular da Castanheira”. As pedras parideiras constituem-se essencialmente por rocha granítica. Estas pedras apresentam-se de cor clara.
As pedras parideiras constituem-se como uma quantidade invulgar de nódulos biotíticos, um mineral de cor negra que fica acumulado em reduzidos aglomerados. Ora, estes nódulos libertam-se por ação da erosão e oscilações térmicas e acumulam-se no solo, deixando na rocha-mãe uma cavidade de cor escura.
No entanto, este processo é bastante demorado. Se tiver um pouco de paciência, só tem de esperar até à libertação dos nódulos, podendo decorrer cerca de 300 milhões de anos. Os habitantes da aldeia da Castanheira designaram esta rocha singular como pedra parideira, O povo diz que é “a pedra que pare pedra”. Este fenómeno geológico atrai diversos curiosos até Arouca.
5 – Vale das Buracas
A aldeia de Casmilo encontra-se a poucos quilómetros de Condeixa-a-Nova, onde está presente o Vale das Buracas. Neste vale, com vertentes abruptas e nuas, existem diversos abrigos rochosos, as chamadas buracas.
As buracas são grutas pequenas que podem apresentar 5 a 7 metros de profundidade e mais de 10 metros de diâmetro. Segundo os especialistas, estas formações calcárias foram formadas em épocas mais frias. Era nestas zonas que os rebanhos de cabras e ovelhas se abrigavam.
6 – Olheiros de água doce
Os olheiros de água doce são o ponto turístico mais famoso da vila. Foram os olheiros que deram o nome à vila de Olhos de Água. Esta vila encontra-se em Albufeira, no Algarve. Mas o que são ao certo os olheiros de água doce?
Tratam-se de nascentes de água doce. Elas brotam do areal e do mar. No entanto, apenas são visíveis durante a maré baixa. Os olheiros revelam-se durante a maré baixa, momento em que borbulham através da areia da praia. Os olheiros de água doce são um fenómeno singular. Este fenómeno foi referenciado pelos árabes em tempos antigos.
7 – Arco da Tromba do Elefante
A ação da água do mar na rocha, quando se move ao longo de milhões de anos, consegue esculpir coisas verdadeiramente extraordinárias. Por isso, há quem diga que não há melhor escultor que a Mãe Natureza, pois tem muitas peças dignas de qualquer museu de arte.
No Arquipélago das Berlengas, existe um arco marinho. Ele foi desenvolvido em granito róseo. Ele foi formado há 307 milhões de anos, aproximadamente. Neste local, é ainda possível observar a cabeça de um elefante, dependendo do ângulo de observação.
8 – Pedras Boroas
As pedras boroas são um fenómeno geológico estranho. Estas pedras boroas podem ser vistas em Arouca. É uma das atrações naturais que se encontra na Serra da Freita, um espaço geográfico particularmente dotado de prodígios geológicos. Estas pedras estão presentes num chão que revela ser terra inóspita.
As Boroas da Serra da Freita encontram-se georreferenciadas tornando-se fácil identificá-las. O mesmo acontece com uma outra curiosidade pétrea presente nas proximidades: as Pedras Parideiras, também presentes nesta lista.
As famosas Boroas da Serra da Freita são também conhecidas como Pedras Boroas do Junqueiro. Estas pedras encontram-se na ríspida Serra da Freita e as suas caraterísticas são bastante invulgares. A sua aparência é bastante incomum.
A superfície destas pedras faz-nos lembrar a côdea de uma broa de milho. São essas parecenças que estão na origem do nome, boroas. As pedras boroas apresentam fissuras de forma poligonal.
A beleza das pedras boroas foram esculpidas pelos maiores escultores de sempre, uma dupla dinâmica e genial. Não, não se trata de Miguel Ângelo, nem de Leonardo da Vinci. Nem Rodin colaborou com outro génio da História da Arte para as criar. Estamos apenas a falar dos escultores que são verdadeiramente imortais: a água e o vento.
Estes elementos foram picando a pedra ao longo do tempo, um momento que se repetiu inúmeras vezes e que, aliado à discrepância térmica e química dos elementos, levou à criação de autênticas “obras de arte” naturais.
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9 – Arcos do Cachorro
Os Arcos do Cachorro são um conjunto de formações rochosas de origem vulcânica que está presente no Cachorro, na freguesia das Bandeiras, no concelho da Madalena do Pico, ilha do Pico, no arquipélago dos Açores.
Os Arcos do Cachorro presentes neste espaço são formações rochosas compostas por grutas vulcânicas e por tubos de lava. No seu conjunto, originam um aglomerado de recortes de lava solidificada. Existe uma rocha que se torna particularmente curiosa, devido à sua aparência e semelhança com um cachorro esculpido que parece contemplar o oceano.
10 – Algar de Benagil
O Algar de Benagil situa-se perto da praia que tem o nome, Benagil. Não há imagem mais bela para retratar o Algarve do que o Algar de Benagil. O difícil acesso a este local que se encontra em Lagoa, no Algarve, faz parte da experiência que se vive por aqui.
O Algar de Benagil é um lugar especial e mágico. Esta cavidade rochosa apresenta um formato curioso, destacando-se a abertura circular que se encontra no topo e que possibilita a entrada da luz do sol. Essa abertura permite que se crie um jogo de cores impressionante.
O Algar de Benagil tem um aspeto formidável e encantador que foi moldado ao longo dos tempos pela ação da natureza.