A inundação de Veneza: o impacto de um acontecimento marcante. As fotos são impressionantes da cidade italiana Veneza durante inundação.
Nem todos temos o olhar artístico de um bom fotógrafo. Não é para todos tornar uma fotografia em arte, capaz de comover o mundo. Mas todos podem perceber o impacto de uma boa fotografia.
Natalia Elena Massi foi a fotógrafa que viu no acontecimento da enchente de Veneza a oportunidade de demonstrar uma cidade emblemática sob um ponto de vista distinto. Por isso, fez as malas e foi à aventura.
Fotografias absolutamente incríveis de uma cidade verdadeiramente deslumbrante. Natalia Elena Massi é a fotógrafa que nos mostra uma Veneza distinta da que se vê nos postais…
Veneza durante inundação (fotos impressionantes)
A cidade
Veneza é a cidade do amor. Nela, muitos casais entregam-se à paixão e deixam-se encantar. O passeio de Gôndola por Veneza é obrigatório. A cidade mais romântica do mundo tem uma mística muito diferente, com muitos pontos de referência, nomeadamente a Ponte di Rialto de Veneza e a Ponte dos Suspiros de Veneza.
A inundação
Natalia Elena Massi sentiu que a inundação de uma cidade tão relevante como Veneza merecia grande dedicação. Por isso, foi determinada e decidiu explorar a cidade, tirando fotos ao longo de um dia inteiro.
Leia também: 12 Locais que parecem um portal para o submundo (um é português)
Reação I
A fotógrafa Natalia Elena Massi justificou a reação à inundação: “Eu moro em Itália, em Brescia, uma cidade a 100 quilómetros de Veneza. Sabemos que há inundações em Veneza. As pessoas que moram lá estão acostumadas, mas desta vez houve uma maré excecionalmente alta”
O acontecimento
A cidade que reivindicava para si grande protagonismo em muitos finais felizes de filmes marcantes, estava agora bem distinta, sem o charme e sem o encanto que lhe era característico. A fotógrafa Natalia Elena Massi demonstrou como um acontecimento desta craveira pode transformar uma cidade.
O amor pela cidade
Natalia Elena Massi é uma fotógrafa que demonstra nas suas fotos o quanto ama Veneza. Visitava a cidade sempre que havia possibilidade, por isso não hesitou quando a inundação tornava a cidade mais romântica do mundo em algo diferente.
Reação II
A fotógrafa Natalia E.M. afirmou numa entrevista: “Pensei: estou tão perto de Veneza, e há um evento tão extraordinário (a água chegou a 187 centímetros), preciso ver com os meus próprios olhos”.
Ela fez um trabalho brilhante com as suas fotos,mas expôs uma cidade fragilizada. O impacto do que encontrou surpreendeu-a: “Eu não tinha pensado em como poderia ser difícil. Imagine caminhar por horas com água bem acima dos joelhos”.
O impacto
O dia 16 de novembro foi destinado a tirar fotos incríveis de uma cidade deslumbrante que estava massacrada por um acontecimento marcante. As inundações ocorrem, mas esta era diferente.
Natalia passou o dia inteiro a superar um desafio repleto de dificuldades, nomeadamente as deslocações. As galochas compradas foram insuficientes para a proteger. As pausas foram constantes, pois as galochas implicavam que fosse com frequência retirada a água que entrava pelas galochas. Por isso, teve mesmo que as descalçar.
As descobertas
A luta pelas fotos e o trabalho desenvolvido fizeram com que a viagem de Natalia tenha valido a pena, principalmente pelas descobertas que fez num cenário extremamente difícil: “Conheci pessoas incríveis e corajosas que não foram derrotadas pelo dilúvio”, afirmou a fotógrafa.
Além das pessoas que a surpreenderam, viu algo distinto e inesperado na cidade deslumbrante que tinha sido massacrada por um acontecimento nefasto. Esta cidade fragilizada afinal demonstrava a sua grandeza mesmo perante a tragédia: “A atmosfera era surreal. A parte mais interessante da jornada foi poder ver como a beleza da cidade foi ampliada por toda essa água.”
Saiba mais sobre o trabalho da fotógrafa, aqui.
1
A água era ambiciosa. Subia, subia subia…
2
O poder da água impressionava, entrando por tudo o que era espaço.
3
A água não se poupa nos luxos. Entrega-se a todos da mesma forma.
4
A esplanada que anteriormente chamava turistas, parece agora gritar “socorro!”.
Leia também: Combarro, o espírito da Galiza está nesta vila de espigueiros
5
Nem os locais mais sagrados foram protegidos. Não houve salvação para o poder arrasador da água.
6
Quando as galochas se tornam inúteis e atrasam o percurso, há que tomar a opção certa: descalçá-las e seguir em frente.
7
A cooperação na adversidade demonstra como a generosidade se pode sobrepor às dificuldades.
8
Quando se diz caminhar sobre a água, é algo distinto. Mas em Veneza caminhava-se ao longo de quilómetros com água pelos joelhos.
(cont.)