Este é um gesto repetido nos quatro cantos no mundo, sendo o cumprimento mais popular e comum do planeta, mas sabe qual a origem do aperto de mão?
O encontro entre povos ao longo da história motivou diversas trocas de produtos, mas também permitiu haver influências entre diferentes culturas. O aperto de mão é um gesto comum, que serve como exemplo de algo que se propagou por todo o lado, sendo realizado em todos os continentes. Quer saber mais sobre este cumprimento tão encantador?
Todos o fazem, mas sabe qual é a origem do aperto de mão?
O cumprimento mais popular
É comum assistirmos ao aperto de mão mas, sendo um gesto tão rotineiro, nem damos por ele. O aperto de mão é uma forma de saudar a pessoa que se cumprimenta, seja conhecida ou desconhecida. Este cumprimento serve como um passou-bem, uma mensagem positiva transmitida pelas duas pessoas.
Caraterísticas do gesto
O cumprimento que se conhece como aperto de mão é simples, prático e eficaz. Aperta-se a mão da pessoa que está perante nós, abanando-a ligeiramente, podendo a mão ser abanada duas ou três vezes, para cima e para baixo.
O cumprimento deve ser feito de forma firme, verticalmente. O contacto visual deve ser mantido, podendo ainda revelar-se um sorriso genuíno, como sinal acolhedor do outro.
Variações e informações
O aperto de mão pode revelar diversas informações. Sendo feito com duas mãos, pode colocar-se uma mão sobre a mão do outro indivíduo, o que permite aumentar o contacto físico e revelar afeto e carinho.
Os apertos de mão podem ser feitos com diferentes intensidades. Normalmente, pessoas com mais confiança tendem a querer dar apertos de mãos mais fortes. No entanto, se uma pessoa der um aperto de mão muito forte, pode também revelar agressividade.
As pessoas tímidas e/ou nervosas costumam esconder-se atrás de um aperto de mão fraco, quase flácido, que quase faz a mão desaparecer.
O cumprimento diário
O aperto de mão serve como um cumprimento que revela maior proximidade. Dizer “bom dia” / “boa tarde” / “boa noite” são formas mais frias (mas igualmente válidas) de saudar as pessoas, pois mantêm as pessoas visadas à distância.
O cumprimento de mãos é algo distinto. As pessoas podem apertar as mãos e soltar frases do género ‘como tens passado amigo?’. Não raras vezes, além do aperto de mão, segue-se um toque com a outra mão no ombro da pessoa que se cumprimenta.
O papel do aperto de mão nos negócios
O aperto de mão chegou a ser um ritual de comprometimento entre duas pessoas. Por vezes, para se enaltecer a honra de uma pessoa, diz-se que com ela basta um aperto de mão para selar um acordo (seja para fechar uma transação ou para se comprometer futuramente a fazer algo).
Antigamente, depois de se combinar os termos de um contrato, recorria-se ao aperto de mão, servindo para concluir o negócio. No entanto, a atualidade ensina-nos que no tempo em que vivemos é sempre mais sensato assinar o contrato e, só depois, se dar o aperto de mão para a fotografia.
Nos negócios, por vezes, o abanar de mãos é prolongado, significando que o entendimento pode ter demorado, mas é firme e sólido. Já quando o cumprimento é pessoal, costuma seguir-se de alguns comentários.
O simbolismo
Assim, o cumprimento é fruto de uma necessidade de toque que se tem. O toque ou o tato permite aproximar as pessoas. Enquanto elas se tocam no cumprimento, há uma sensação de conforto, passando-se uma mensagem de ‘estamos juntos’.
Assim, no aperto de mão, para lá do contacto físico, existe uma mensagem simbólica que cria proximidade. O aperto de mão é um gesto social que simboliza confiança, sendo sinónimo de afinidade e de amizade, entre outras qualidades. Se se prolongar o cumprimento de forma exagerada, passa-se justamente o contrário, pois gera desconforto e insegurança.
A atualidade recomenda que se evite o aperto de mão
O tempo que vivemos tornou sensato evitar este gesto tão antigo como popular.
A atualidade da pandemia que assola o planeta implica que se evite cumprimentar as pessoas, pois os vírus (nomeadamente o Covid-19, conhecido como Novo Coronavírus) são facilmente transmitidos através do aperto de mão, pois tendemos a levar frequentemente as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos.
História
O aperto de mão tem uma longa história, sendo fruto da necessidade de gerar confiança no outro. Inicialmente, o cumprimento chegou a ser realizado nos antebraços, servindo como forma de confirmar que o outro nada tinha escondido nas mangas.
O aperto do antebraço passou a aperto de mão. Quando nos cumprimentamos, revelamos que nada temos nas mãos. Esta era uma informação preciosa noutros tempos, pois revelava que uma pessoa não tinha nada a esconder. Mostrar as mãos vazias, com as palmas apontadas para cima, revelava que a pessoa não trazia armas.
Aliás, será curioso pensar que, normalmente, eram os homens que carregavam armas e que, entre mulheres, não existia a tradição de cumprimentar com um aperto de mão. Assim, o aperto de mão era algo feito entre homens, significando que se estava presente no local de forma pacífica, pois não se pretendia representar uma ameaça ou atacar.
Mesmo hoje, quando alguém é perseguido pela polícia e pretende demonstrar que não representa perigo, coloca as mãos no ar, informando que não tem arma e se está a entregar. Antigamente, também servia para tornar evidente que não se representava uma ameaça, que se encontrava de boa vontade e se apresentava com boas intenções.
Aproveitamento indevido do gesto
Quem está com más intenções, consegue sempre revelar-se. Por isso, muitos terão aproveitado as mãos abertas para gerar uma sensação de segurança para, depois, materializar as suas más ações, tal como muitos terão usado a bandeira branca para fazer as suas tropelias.
Assim, usaram a sensação de conforto que estes símbolos de paz (mãos abertas ou bandeira branca) geram como armadilha, de forma que os estranhos ou os inimigos pudessem ficar desprevenidos, aproveitando-se assim do elemento surpresa para atacarem. Uma arma pode ser sempre escondida numa peça de roupa para ser usada no momento certo.
Herança histórica
Existem algumas imagens que são reveladoras da origem deste gesto, informando-nos que o aperto de mão tem uma antiguidade assinalável.
No Museu Pergamon, em Berlim, na Alemanha, é possível ver as imagens mais antigas do cumprimento de mãos. Encontram-se em desenhos feitos em vasos funerários da Grécia Antiga. Estes vasos terão mais de 2500 anos! Portanto, este cumprimento tem mais de 2 milénios.
No museu da Acrópole, em Atenas, existe ainda um relevo, do século V a.C., que revela Hera, a deusa do casamento e da maternidade, a apertar a mão de Atena, que é a deusa da guerra.
No entanto, uma das evidências mais antigas do aperto de mão consiste numa imagem gravada num trono do antigo Império Assírio, sendo esta do século IX a.C. Nessa imagem, o rei Assírio Salmaneser III surge a apertar a mão de um governante Babilónico para selar uma aliança.
Ciência
Cientistas israelitas revelaram que o cumprimento pode dar muitas mais informações do que se julga, pois estes cientistas descobriram que o aperto de mão transmite mensagens químicas que ajudam a identificar se o outro vem ou não com más intenções.
O passou-bem permite assim avaliar as intenções de quem cumprimentamos, passando mensagens químicas. Cientistas israelitas descobriram que o aperto de mão pode ser usado para conhecer as outras pessoas através do cheiro, pois são libertadas feromonas nesse gesto popular.
Curiosidade
No dia 21 de junho é celebrado o Dia Internacional do Aperto de Mão (tal como há outras datas especiais, como o Dia do Beijo ou o Dia do Abraço).
Este dia visa relembrar às pessoas como o cumprimento é importante para as relações sociais, como o aperto de mão simboliza a união da humanidade e permite demonstrar afeto e proximidade entre as pessoas.