As Novas Maravilhas do Mundo foram anunciadas pela publicação norte-americana Bloomberg. E é portuguesa uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
As Sete Maravilhas do Mundo foram anunciadas com a chegada do novo século e desde então que por lá passam, todos os dias, milhares de turistas e curiosos. Mas nem só de sítios ‘para a fotografia’ se faz o mundo, até porque ainda há muitos locais que podem não estar na lista das Sete Maravilhas, mas que bem podiam estar.
É desta premissa que a Bloomberg parte para ganhar confiança suficiente e enumerar aquelas que considera ser “As Sete Novas Maravilhas do Mundo”. Todas elas, diz a publicação, têm uma grande vantagem em comum: Ainda ninguém ouviu falar delas e, por isso, dificilmente dará por si parado nas filas de turistas.
Nesta lista há ainda outra particularidade: Uma delas é Portuguesa e está a meio caminho da distância entre Porto e Lisboa.
Portugal tem uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo
A Cidade Perdida – Colômbia
As ruínas da Cidade Perdida, situada no Parque Nacional Natural de Tayrona, junto à Serra Nevada, na Colômbia, têm mais de mil anos de história e chegaram a ser a casa de mais de dez mil habitantes. Os rastos da civilização foram-se perdendo até cerca de 1970, ano em que a zona representou ‘uma mina de ouro’ para caçadores de espécies raras e exploradores à procura de artefactos únicos.
Esta é, pelo menos, a versão contada pelos historiadores que têm estudado a Cidade Perdida. Nas regiões mais próximas, diz a Bloomberg, têm nascido várias iniciativas culturais para dar a conhecer este destino aos turistas.
As Pirâmides de Meroé – Sudão
Os conflitos civis que, em 2011, levaram à divisão do Sudão, tornaram-no num país consideravelmente difícil de conhecer, e isso inclui as pérolas que o país esconde, entre elas as Pirâmides de Meroé. Mas há empresas que veem neste contexto uma oportunidade de negócio, como é o caso da Explorations Company. Seguindo o seu dono e diretor, Nicola Shepherd, a empresa de turismo de luxo já tem no seu leque de ofertas visitas guiadas e personalizadas de seis dias.
Entre os vários itinerários estão as pirâmides e as ruínas do templo principal de Soleb, um monumento repleto de hieróglifos sobre a história do Deus Amon.
Volubilis – Marrocos
Foi em Volubilis que cresceu e se desenvolveu o reino da Mauritânia. Situado nas montanhas marroquinas, junto à cidade de Meknes, este destino ainda é pouco acessível para quem o queira conhecer dada a falta de itinerários, mas isso está a mudar. Empresas como a Intrepid Tavel estão a trabalhar para fazer de Volubilis um destino turístico como Marraquexe ou Chefchaouen.
“Visitar Volubilis é como entrar numa viagem no tempo. As suas ruínas incrivelmente ornamentadas levam-nos ao terceiro século antes de Cristo, num sítio onde, nas dez décadas seguintes viveram romanos, cristãos, muçulmanos e berberes, todos eles deixando a sua marca”, descreve a publicação norte-americana.
Ruínas do império Vijayanagar – Hampi (Índia)
Há alguns anos, visitar este pedaço de história significava passar a noite num comboio noturno que levava os turistas até às ruínas e os trazia de volta logo no dia seguinte. Mais recentemente, os empresários do turismo aperceberam-se do potencial desta localização e abriram uma série de pousadas. A eles seguiram-se os magnatas do setor, que já mandaram construir hotéis de melhor qualidade.
Juntamente com o turismo, também estão a ser desenvolvidas outras infraestruturas e estradas nas redondezas. Tudo isto faz antever que, num futuro breve, este virá a ser um dos destinos mais procurados entre os amantes de viagens._
El Mirador – Guatemala
As ruínas de El Mirador têm sido estudadas há vários anos e os investigadores ainda não conseguem dizer o quão grandes e importantes são para a história do mundo contemporâneo. Sabe-se, até agora, que em tempos foram a capital da civilização Maia e que inspiraram o programa “Story of God”, narrado pelo ator Morgan Freeman. Segundo a Bloomberg, são necessários cinco dias para conhecer este local na sua totalidade.
Apesar de ser um destino relativamente perigoso para explorar, são cada vez mais as iniciativas criadas nas localidades próximas para ajudar os turistas a conhecer o El Mirador. No entanto, para chegar a essas mesmas localidades, os curiosos ainda têm de ser levados de helicóptero para lá.
A montanha de Kassapa – Sri Lanka
Estávamos no ano 400, altura em que o Rei Kassapa decidiu criar a capital do seu império no topo de uma montanha a quase 200 metros de altitude, por cima de uma montanha que ficou conhecida como “A Montanha com Forma de Leão”, no Sri Lanka. Desde 2009, ano em que terminou a guerra civil, que este país se tem tornado num destino cada vez mais atrativo para os turistas, mas continua a haver segredos por conhecer, como é o caso desta montanha.
Nos últimos anos foram feitas obras à volta da estrutura para criar uma escadaria para levar os turistas até ao topo da montanha, juntamente com outras obras de teor mais estético que ajudaram a que esta ganhasse um formato mais parecido à face de um leão. Já no topo da montanha, os visitantes poderão ficar a conhecer, através de uma vista panorâmica, aquilo que sobrou do império de Kassapa, nomeadamente os seus jardins, fontes e lagoas.
As Ruínas Romanas de Conímbriga – Portugal
Povoado desde tempos pré-históricos, o sítio de Conímbriga foi ocupado pelas tropas romanas em 139 a. C., tornando-se então a próspera capital da província da Lusitânia. Povoado desde tempos pré-históricos, o sítio de Conímbriga foi ocupado pelas tropas romanas em 139 a. C., tornando-se então a próspera capital da província da Lusitânia.
No século seguinte, durante o governo do Imperador Augusto, a cidade cresceu urbanisticamente, datando desta época a construção de estruturas fundamentais à vivência do quotidiano de uma urbe romana, como o forum, o anfiteatro e as termas. Mais tarde, uma basílica de três naves era edificada no centro da povoação.
Porém, a arquitetura doméstica de Conímbriga, que se desenvolveu e renovou sobretudo entre os últimos anos do século I e o início do século III, notabiliza-se pela edificação de insulae e de sumptuosas domus. O encanto de Conímbriga reside precisamente nestas casas, que guardam na pedra as memórias do esplendor de outros tempos.
Percorra a Casa dos Repuxos e deleite-se no belo jardim central, que preserva a estrutura hidráulica original com mais de quinhentos repuxos, rodeado por um magnífico conjunto de mosaicos figurativos com cenas de caça, passagens mitológicas, as estações do ano, monstros, aves e animais marinhos.
Visite as grandes casas e aparato, como a de Cantaber, a maior da cidade, a da Cruz Suástica, com os seus mosaicos geométricos, a do Tridente e da Espada ou a dos Esqueletos, e depois transite por entre os edifícios de rendimento que se organizam em volta destas.
Suba as bancadas e os túneis do anfiteatro, percorra as três termas espalhadas pela urbe, e ao pisar os mosaicos do forum imagine-se no centro político desta florescente cidade de outros tempos.
Depois, faça uma visita ao Museu onde, através de objetos encontrados ao longo dos muitos anos de escavações, os vários espaços evocam a vida quotidiana da antiga cidade romana, a vivência da religião, a arquitetura das casas nobres e a sua decoração, e ainda a vida no forum.
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O Portugal romano espera por si na região Centro de Portugal!
Horário
Inverno (De Outubro a Maio)
Museu – De terça a domingo / 10:00 – 18:00
Ruínas – Diariamente / 10:00 – 18:00
Verão (De Junho a Setembro)
Museu – De terça a domingo / 09:00 – 20:00
Ruínas – Diariamente / 09:00 – 20:00
Parabéns pela matéria, conteúdo e, esmero da fotos e vídeos. Muito bonito e agregador de conhecimento e cultura.
Já lá vão muitos anos ,cerca de 65 que visitei Conimbriga numa passagem para Tomar ,nessa altura pouco existia do que hoje acabo de ver nas imagens .Considero que esta descoberta foi obra de geólogos e outros trabalhadores muito interessados para termos hoje uma das 7 maravilhas do Mundo .Os meus para béns .Tenho 90 anos ,ainda conduzo ,e se calhar um dia lá irei .
Pois eu estive lá em junho e, confesso, fiquei um pouco decepcionado. Não há dúvidas do valor histórico das ruínas, mas identifiquei maus cuidados em muitos sítios, uma grande falta de manutenção (limpeza e pequenos cuidados, falta de placas) e não há nenhum funcionário rodando pelo local, nem para dar informações. Causou-me estranheza!