Já imaginou viver 5000 anos? Descubra mais sobre esta fascinante espécie que se tornou na árvore mais antiga do mundo! As árvores são elementos fundamentais para a nossa existência. Elas purificam o ar, oxigenam o planeta. Além disso, elas conseguem puxar a água da terra através das suas raízes, fazendo o seu transporte até às suas folhas que também são importantes, porque retiram o dióxido de carbono do ar.
Algumas árvores têm muito para contar. Têm muitos séculos de vida. Muitas pessoas interrogam-se qual será o exemplar mais antigo do planeta. No nosso país, a árvore mais antiga é “Portugal”. Trata-se de uma oliveira com 2850 anos. Apesar da idade, ainda dá fruto… No entanto, no nosso planeta, há muitas árvores que ganham em antiguidade.
Qual é a árvore mais antiga do mundo?
A classificação etária de determinadas árvores pode gerar controvérsia na comunidade científica, especialmente quando a tarefa realizada pelos especialistas consiste em identificar a árvore mais antiga do planeta.
Ora, para os investigadores desta temática, a decisão está entre “Matusalém” e “Bisavô”. Mas qual será a árvore mais antiga do mundo?
Discussão antiga
Na comunidade científica, a discussão sobre qual a árvore mais antiga do planeta está apaixonante. Somente se sabe que os candidatos ao trono encontram-se no continente americano, porque as dúvidas quanto à antiguidade da árvore permanecem.
Uma tese
Até há pouco tempo, a comunidade científica defendia que “Matusalém” (Pinus longaeva) era a árvore mais antiga do mundo, estimando-se que tenha qualquer coisa como 4800 anos ou um pouco mais. Esta árvore tem a designação “Matusalém”, devido à referência de uma personagem bíblica com este nome que terá vivido 969 anos.
A necessidade de preservar
Mais importante do que apenas identificar qual é a árvore mais velha, é fazer de tudo para preservar os espécimes mais antigos.
“Matusalém”
Este espécime está presente algures na Floresta Nacional de Inyo, que tem 72 km, encontrando-se no Estado norte-americano da Califórnia. “Matusalém” é um pinheiro. Nesta floresta, tem a companhia de muitos outros “primos” do mesmo género (Pinus).
Problemas
A árvore “Matusalém” enfrenta vários desafios. Além de lutar contra a longevidade, há turistas e entusiastas que podem ser perigosos e também pragas que têm destruído vastas áreas de pinheiros.
Outro problema consiste na seca hidrológica que afeta de forma crónica o Estado da Califórnia e toda a Costa Oeste dos Estados Unidos da América. As autoridades locais dão a devida importância à necessidade de preservação destas árvores.
Por isso, a localização exata é desconhecida do público geral. Além disso, para evitar que haja peregrinações de curiosos ao local, as fotos da referida árvore são bastante raras.
Portugal
No nosso país, também podem ser encontrados pinheiros do género de “Matusalém”, necessariamente menos antigos. Em Portugal, estas árvores encontram-se principalmente nas regiões do Centro-Oeste, no Centro-Sul e no Algarve.
“Bisavô”
Esta espécie de cipreste é autóctone do Sul do Chile. A árvore “Bisavô” é considerada a maior espécie arbórea da América do Sul. Esta árvore está situada numa floresta do Sul do Chile, estando presente na região de Los Ríos, a cerca de 800 km a sul da capital do país, Santiago.
Características
Esta árvore denominada “Bisavô” consiste num exemplar de um cipreste-da-patagónia (Fitzroya cupressoides). Segundo as medições mais recentes desta árvore referem que se trata de um exemplar com 4 m de diâmetro e com quase 28 m de altura. A história do “Bisavô” é também bastante antiga.
A descoberta
A árvore “Bisavô” foi descoberta em 1972, acidentalmente, num momento em que um guarda-florestal patrulhava aquela área da floresta. No entanto, a descoberta desta árvore que se destacava pela antiguidade foi mantida durante vários anos em segredo, sob o pretexto de preservar a existência da “Bisavô”.
Estudo em família
O sobrinho do guarda-florestal que descobriu a “Bisavô” também teve um papel fundamental. Após mais de 20 anos, o sobrinho decidiu estudar esta árvore, por meio de um furo realizado com a maior broca manual disponível. No entanto, este furo ficou longe do centro da árvore.
Primeira hipótese
Através das amostras retiradas deste espécime (a contagem dos anéis) foram processadas informações que permitiram calcular que a “Bisavô” terá mais de dois milénios. Estima-se que terá 2400 anos, no mínimo.
Outra tese
Segundo alguns modelos matemáticos mais recentes, chegou-se à indicação que há 80% de probabilidade de a árvore ser bem mais velha e ter mais do dobro da idade estimada. A indicação é de que este cipreste tem pouco mais de 5000 anos.
Danos
Apesar de também existir um cuidado em manter a localização exata da “Bisavô” em segredo, a verdade é que esta árvore já sofreu bastante com a atividade turística. O seu futuro foi colocado em causa. Essa atividade turística acabou por danificar as raízes da árvore.
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Comparação
O registo de anéis que ambas as árvores apresentam permite-nos obter uma visão relevante sobre a história do clima da Terra. Ambas as espécies revelam dados interessantes, pois “Matusalém” e “Bisavô” são árvores que já ultrapassaram períodos quentes e secos no passado.
No entanto, a mudança climática que se sente na atualidade pode colocar as espécies em risco. A sua sobrevivência pode estar em causa.
Proteção
As duas árvores em questão são um património natural que deve ser protegido. Saber qual é o exemplar mais velho é um dado interessante.
Contudo, independentemente da idade que ambas tenham e de qual deve usar a coroa de mais velha do mundo, o que é verdadeiramente fundamental é que a humanidade possa investir na preservação destes espécimes que têm muito para contar sobre o nosso mundo.