A Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um novo e importante alerta dirigido a todos os condutores portugueses. A força policial chama a atenção para uma prática criminosa que se tem repetido em várias estradas do país — burlas que simulam acidentes de viação e que visam enganar condutores desatentos.
O aviso, partilhado pela PSP na última quinta-feira, 16 de outubro, nas suas redes sociais, contém um conjunto de recomendações práticas e urgentes sobre o que fazer — e, acima de tudo, o que não fazer — quando alguém tenta forçar outro automobilista a parar em plena estrada.
O objetivo é claro: proteger os condutores de esquemas fraudulentos que começam com um simples sinal de luzes ou um gesto de quem parece precisar de ajuda.
Quando alguém tenta fazê-lo parar: o primeiro sinal de alerta
Segundo o comunicado da PSP, um dos métodos mais comuns destas burlas começa quando uma viatura se aproxima e faz sinais insistentes para que o outro condutor encoste.
A recomendação é taxativa: “preferencialmente, não pare o veículo”. Caso o condutor opte por parar, deve fazê-lo apenas num local seguro, com movimento de pessoas ou perto de estabelecimentos comerciais, evitando zonas isoladas, descampadas ou pouco iluminadas.
A PSP reforça ainda que, antes de tomar qualquer decisão, é prudente contactar um familiar ou amigo e explicar a situação em tempo real. Este simples passo pode “elucidar da burla” e, ao mesmo tempo, “criar receio no autor do ilícito”, reduzindo o risco de ser enganado ou agredido.
Pagamentos imediatos? Nunca. A PSP é clara: “Não entregue dinheiro”
Entre os comportamentos que devem levantar desconfiança estão as exigências de pagamento em numerário, especialmente quando o condutor tem a certeza de que não causou qualquer acidente.
A PSP recorda que nunca se deve pagar nada no local, nem aceitar acordos de “resolução rápida” que dispensem a presença das autoridades.
Se o outro condutor se recusar a chamar a polícia ou o seguro e insistir em “resolver tudo no multibanco”, trata-se de um forte indício de tentativa de burla.
A força policial alerta ainda que não se deve entregar cartões bancários, códigos PIN ou dados pessoais a estranhos, nem aceitar efetuar pagamentos através de terminais de pagamento automáticos apresentados por terceiros.
O que deve memorizar se for vítima de uma burla rodoviária
Caso se suspeite de estar perante uma situação criminosa, o mais importante é registar o máximo de detalhes possíveis para ajudar as autoridades.
A PSP recomenda que o condutor memorize ou anote:
- As características físicas dos suspeitos: idade, altura, tipo de roupa, sotaque, tatuagens, sinais ou marcas distintivas;
- O nome ou apelido pelo qual se identificam e qualquer contacto telefónico fornecido;
- As características do veículo: cor, marca, modelo, matrícula e número de ocupantes.
Estes detalhes podem ser determinantes para a investigação e identificação dos burlões.
Mensagem central do aviso: desconfie e proteja-se
A mensagem da PSP é direta e sem margem para dúvidas:
“Em caso de suspeita, não pare o veículo e não efetue qualquer pagamento. Dirija-se para uma zona movimentada ou para um posto policial.”
Este tipo de burla — que começa com um falso acidente — tem sido recorrentemente denunciado em várias regiões do país, sobretudo em estradas secundárias ou zonas de menor vigilância. Os criminosos aproveitam o fator surpresa e o sentido de responsabilidade dos condutores para os enganar e extorquir dinheiro.
Com este alerta, a PSP pretende reforçar a consciência e a prevenção entre os automobilistas, lembrando que a prudência e a comunicação imediata com as autoridades continuam a ser as melhores defesas contra a criminalidade rodoviária.
Segurança em primeiro lugar
Num tempo em que as burlas assumem formas cada vez mais sofisticadas, a mensagem da PSP ganha peso: a segurança começa na atenção e na desconfiança saudável.
Se algo parecer errado na estrada, é melhor perder alguns minutos a confirmar do que arriscar perder muito mais.
Em caso de dúvida ou perigo, o número de emergência 112 está sempre disponível — e cada chamada pode evitar uma vítima, esclarece o Postal.