Profissões antigas que outrora empregaram milhares de portugueses, mas que foram perdendo serventia. Ao longo da história, muitas foram as profissões que foram criadas e que se perderam. A evolução da sociedade faz com que percam a sua utilidade. Por isso, essas funções deixam de ser exercidas.
Há determinadas profissões que até há pouco tempo eram importantes. No entanto, elas desapareceram ou encontram-se mesmo em vias de extinção. Outrora empregaram muitos portugueses e tiveram grande importância. No entanto, como deixaram de ter relevância, foram ultrapassadas por outras que são mais adequadas aos tempos modernos.
A perda de importância pode surgir por diferentes razões, novas tecnologias, novos cargos, estabelecimento de novos hábitos e alterações na cultura podem ditar essas alterações.
10 profissões antigas em vias de extinção ou que já deixaram de existir em Portugal
1 – Resineiro
O nosso país já foi o maior exportador de resina. Atualmente, há poucas pessoas com esta função. Os resineiros presentes em Portugal são velhos. O número de profissionais ficou reduzido por via da concorrência. A falta de mão de obra tornou-se num problema.
2 – Barqueiro
A presença de barqueiros era comum em terras banhadas por rios. Estes homens faziam a passagem para o outro lado da margem. Apesar de ainda existirem representantes que permitem estas viagens são raros os casos.
3 – Guarda-soleiro
Apesar de ainda existirem pessoas com estas funções, são cada vez mais raras. Uma pessoa com as funções de um guarda-soleiro fabrica, vende e conserta guarda-sóis e guarda-chuvas.
Atualmente, vive-se numa era em que tudo se tornou descartável. Como há artigos de tudo a preços baratos, quando um guarda-chuva se estraga, compra-se outro.
4 – Alfaiate
Apesar desta profissão estar ligada a famílias que passavam os seus conhecimentos para os filhos, que permaneciam nessas funções, a verdade é que esta profissão foi perdendo importância com o passar do tempo.
Atualmente, são poucas as pessoas que têm esta profissão. Os tempos são outros. As pessoas recorrem muito menos a fatos por medida. Apesar desta ser uma arte que apresenta outra qualidade, o alfaiate está atento ao mínimo detalhe, porque pretende assegurar um resultado quase perfeito. Ora, tendo em conta essa excelência, o preço é significativamente mais elevado quando comparado com lojas de pronto a vestir.
5 – Ardina
Ardina foi um posto interessante. Tratava-se um vendedor de jornais de rua. O ardina tinha a função de apregoar as principais notícias. Era desta forma que chamava a atenção das pessoas que passavam pelas ruas.
A origem desta profissão perde-se nos tempos. Esta era uma profissão reconhecida em Portugal e noutros países. Ao longo da história, a figura do ardina foi retratada por diversos artistas em diversos meios, encontrando-se presente em diversas obras, de pintura, de escultura, de literatura.
Devido à sua elevada exposição pública, os ardinas tornaram-se figuras bastante populares. O ardina perdeu utilidade pelas alterações na sociedade. Por isso, a extinção desta profissão foi algo natural.
6 – Merceeiro
A construção dos grandes hipermercados espalhou-se pelo país. Por isso, nas grandes cidades, estas empresas esmagaram os merceeiros, que são cada vez menos. Em terras portuguesas, ainda se podem encontrar estas pessoas, em locais menos populosos.
Os pequenos comerciantes não conseguem competir com os preços e com a variedade da concorrência dos hipermercados. Por isso, os clientes são poucos.
7 – Amolador
Quem conheceu o amolador ouviu um som não se esquece. Atualmente, são raras estas figuras. No passado, o amolador era muito procurado por qualquer pessoa que tivesse uma lâmina a necessitar de ser afiada. Como atualmente há afiadores caseiros ou compram-se outras facas ou tesouras, a figura de amolador deixou de ter importância.
8 – Portageiro
Ainda existem pessoas com esta profissão, mas são cada vez menos os portageiros presentes nas nossas autoestradas. Essa redução aconteceu naturalmente devido à chegada do sistema de Via Verde.
A inovação também permitiu a criação de algumas máquinas automáticas que permitem fazer essas funções. Para se cobrar as portagens, deixou de ser indispensável recorrer aos portageiros.
Fique a conhecer também personalidades portuguesas que foram reconhecidas pelas suas profissões:
- Regina Quintanilha, a primeira advogada portuguesa a exercer em tribunal
- Aristides de Sousa Mendes: o Schindler português
9 – Tanoeiro
Uma pessoa com estas funções constrói pipas, balseiros e tonéis, entre outros.
Um tanoeiro está muito ligado ao comércio de vinhos. Atualmente, esta profissão está praticamente extinta. Contudo, no passado, existiam diversos tanoeiros, especialmente em locais famosos pela produção de vinho ou pelo elevado comércio deste produto.
10 – Engraxador
No passado, o engraxador de sapatos encontrava-se presente na praça de todas as vilas portuguesas. Atualmente, há cada vez menos engraxadores nas nossas ruas. O calçado mudou e já não requer os mesmos cuidados. As pessoas também têm mais calçado e compram regularmente outros exemplares mais recentes.