O principal inimigo do nosso carro são os nossos vícios de condução. Se quer poupar na oficina evite estes 12 erros de condução.
A partir do momento em que agarramos pela primeira vez num carro, todos nós começamos a criar maus hábitos. Não há nenhum condutor que não tenha desenvolvido um qualquervício que acabará por levar o carro à oficina.
São gestos muito pequenos, nenhum dura mais do que alguns segundos, mas acabam por ter um impacto fulcral na vida do nosso automóvel. Antes de ir para a estrada, saiba que erros levam a gastos desnecessários:
1. Ligar o carro e iniciar imediatamente a marcha
É verdade que os motores modernos são cada vez mais ágeis, mas também precisam de tempo para acordar. Durante os primeiros 10 a 20s depois de dar à chave, o óleo está a ser bombeado para os pontos onde será necessário.
Se estiver muito frio, conforme o óleo que estiver a usar, poderá demorar mais pois o fluido está espesso. Já em circulação, espere alguns minutos para que o motor chegue à temperatura ideal antes de acelerar a fundo.
2 – Descansar a mão na alavanca das mudanças
Os garfos de seleção são desenhados para fazer contacto com as mudanças por um período muito curto. Ao deixarmos a mão na alavanca, estamos a pressionar os garfos contra as peças em rotação, resultando em desgaste desnecessário.
3 – Deixar o carro engatado em paragens no trânsito
Ainda na caixa de velocidades, ao pressionarmos a embraiagem com a mudança engatada, estamos a aumentar o tempo de contacto entre as peças. É mais um caso de desgaste inútil, numa situação que pode ser tratada de outra forma.
4 – Pisar a embraiagem numa subida
O mesmo se passa com o famoso ponto de embraiagem: prefira sempre o travão de mão se possível. Use o seu juízo em cada situação mas recorde-se sempre que está a trocar longevidade por comodidade.
5. Descansar o pé na embraiagem
Conforme o curso do pedal do seu carro, deixar o pé na embraiagem, mesmo que levemente, é uma má ideia. O prato fica pressionado contra a embraiagem e, novamente vocês já sabem, entra em cena o maldito desgaste.
6 – Uso agressivo dos travões
Todos temos aqueles dias nervosos, quando só nos apetece passar à frente daquele carro lento que vai à nossa frente. Mas, quando o fazemos, logo de seguida aparece um semáforo que nos obriga a travar a fundo.
Para além da segurança que estamos a esquecer, também o carro sofre com esta condução agressiva. Desgaste prematuro dos travões e dos pneus e aumento do consumo de combustível são motivos suficientes para acalmar a condução.
7 – Uso excessivo do acelerador
Acelerar a fundo também não contribui para a boa saúde do carro, especialmente se o fizer nos primeiros minutos de viagem, quando o motor ainda não está quente.
8 – Uso agressivo da caixa
E, como para cada ação existe uma reação, a caixa é outro elemento a sofrer com a condução agressiva. Ou apenas desatenta…
Use a mudança certa para o regime em que está: mudanças altas a baixas velocidades danificam as cabeças dos cilindros. Inversamente, um regime muito elevado provoca, mais uma vez, o desgaste que queremos evitar.
9 – Uso bruto da caixa
Passagens brutas entre primeira e marcha-atrás são outro gesto a evitar. Passar de marcha-atrás para primeira, ou vice-versa, depressa demais danifica o sistema de transmissão. Acontece sobretudo quando estacionamos e queremos ser rápidos.
10 – Uso prolongado do travão numa descida
A melhor solução numa descida é sempre controlar a velocidade através da caixa. Reserve o travão para momentos em que realmente necessita dele.
Caso contrário irá chegar ao fim da descida com os discos em brasa. O resultado é uma visita prematura à oficina para trocar pastilhas e discos.
11 – Não deixar o turbo arrefecer
Se o seu carro tem um turbocompressor, é uma boa ideia deixá-lo arrefecer antes de desligar completamente o motor. Deixe o motor em ponto-morto durante um minuto para a lubrificação do turbo funcionar algum tempo.
A bomba de óleo só funciona enquanto o motor trabalha e temos que dar tempo à turbina para que seja lubrificada. Além de se preocupar com este gesto quando termina uma viagem, lembre-se dele também em paragens rápidas.
Numa estação de serviço, por exemplo, depois de conduzir a um velocidade comum em autoestrada não desligue imediatamente o carro.
12 – Condução prolongada com o combustível na reserva
Há vários motivos que aconselham a não conduzir com o depósito quase vazio. Nenhum combustível está livre de detritos que se acumulam no fundo do depósito e irão entrar no sistema.
E o combustível também funciona como uma forma de lubrificante, função que não pode realizar se não estiver presente. Se a bomba não estiver submersa irá aquecer e aumentar a fricção.
Excelentes conselhos muito úteis a todos os condutores.