Existem portugueses que não têm o merecido reconhecimento. Saiba mais sobre Pedro Teixeira, o português que conquistou a Amazónia.
Existem muitos portugueses que ficaram ligados a alguns acontecimentos históricos relevantes. Ao longo de quase 900 anos de história não se consegue reunir todos num só artigo, mas podemos dedicar a nossa atenção a um feito por artigo.
Pedro Teixeira é o nome que hoje iremos dar a conhecer, pois este homem foi o conquistador da Amazónia.
Pedro Teixeira, o português que conquistou a Amazónia
Pedro Teixeira (1585-1641)
Muito se desconhece sobre a família ou sobre os primeiros anos de vida de Pedro Teixeira. Ele nasceu na Vila de Cantanhede em 1585, numa vila que se encontra a cerca de 20 km a Nordeste de Coimbra.
Desde cedo revelou-se muito forte, o que contribuiu para que, em fase adulta, apresentasse uma compleição invejável. Uma robustez que o tornou particularmente talhado para a vida agreste. Tinha apenas 22 anos quando o português partiu para o Brasil, em 1607.
Homem de armas
Pedro Teixeira distinguiu-se no momento em que participou na campanha para expulsar os franceses de São Luís do Maranhão, que fica no litoral nordeste do Brasil.
Depois de Pedro Teixeira ter participado na expedição comandada por Francisco Caldeira Castelo Branco que ancorou na baía de Guajará, ele terá fundado o núcleo da atual cidade de Belém do Pará.
Ele também mostrou o seu valor no comando dos portugueses contra as tentativas de ocupação holandesa e inglesa, em batalhas ocorridas ao longo da margem esquerda do rio Amazonas.
Território
Pedro Teixeira revelou-se decisivo para a definição do território do Brasil, ao subir o rio Amazonas até Quito, no Equador. Assim, este português contribuiu para a definição do maior país da América Latina. O Brasil é o único da América que tem o português como língua oficial.
Momentos memoráveis
A participação na campanha que levou à expulsão dos franceses do Maranhão em fins de 1615.
O Governo nacional determina o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, tendo como objetivo consolidar a sua posse sobre a região. Pedro Teixeira, enquanto alferes, era um subalterno de uma das três companhias da força expedicionária lusa.
A tropa entrou na Baía de Guajará no dia 12 de janeiro de 1616. Depois de desembarcar numa ponta de terra firme, logo foram iniciadas as obras de instalação e de defesa. Num local, foi erguido o Forte que tomou o nome de Presépio. Foi a origem da atual cidade de Belém.
Pedro Teixeira chefiou a expedição que, em 1637, partiu do Maranhão com 70 soldados, 45 canoas, 1200 “flecheiros” e remadores indígenas. O percurso realizado foi a subida do curso do rio Amazonas até Iquitos, no Peru.
Para delimitar as terras de Portugal e de Espanha, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, ele fundou o povoado da Franciscana, na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão.
Entre os anos 1637 e 1639, Pedro Teixeira realizou uma expedição pelos rios Amazonas e Negro, que permitiu incorporar várias terras ao território.
O reconhecimento pela sua obra foi tal que ele foi agraciado pelos 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal. A lista de serviços prestados na conquista da Amazónia brasileira era extensa. Por isso, foi justamente agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará, local onde Pedro Teixeira veio a falecer, mais precisamente em 1641.
Pedro Teixeira viu a sua viagem ser registada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña. O momento foi colocado numa obra que foi editada em 1641.
Pedro Teixeira é o Conquistador da Amazónia, conhecido e reconhecido por ter desbravado e tomado posse de muitas terras, pois ao longo do século XVII ele contribuiu para o aumento de territórios da Coroa Portuguesa no Brasil.
O contributo do português
Por muitos defeitos que tenha tido, Pedro Teixeira foi uma pessoa de extrema importância. Foi um nome emblemático para os portugueses, mas também para os brasileiros. Este português foi responsável por incorporar no território brasileiro cerca de cinco milhões de quilómetros quadrados!
Vídeo de: Carlos Barreto
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Muito interessante, ate porque é um facto histórico pouco conhecido. Parabens!!!
A história dele é muito bacana, pois as conquistas deles abriram espaço para a instalação dos jesuítas na região sem falar nas localidades que surgiram, até os dias atuais essas localidades ainda preservam o nome original como referência de onde vieram os colonos moro em Abaetetuba no Pará e o núcleo original da cidade era Beja em referência a Beja de Portugal, tem outras cidades como Barcarena, Benfica, Santarém entre muitas outras.
O Estado do Pará no Brasil tem 18 cidades com nomes iguais a cidades de Portugal, todas nomeadas por desbravadores portugueses. São exemplos: Santarém, Belém, Alenquer, almerim, Bragança, Faro, Nazaré, Ourém, Monte Alegre, Porto de mos etc. Obrigado pela reportagem.
Existe um LAPSO na interessante narrativa: a expedição de Pedro Teixeira subiu o Amazonas mas chegou a IQUITOS, no Peru, não QUITO, no Equador. Abraço de um Cantanhedense.
Nos anos em que Pedro Teixeira efetuou as suas expedições, não havia rei português, pois existia a união Ibérica sendo rei Filipe IV (III de Portugal). Portanto, o indicado no artigo que “O reconhecimento pela sua obra foi tal que ele foi agraciado pelos 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal”, está incorretos, pois tratava-se do rei de Espanha
É sempre bom e muito importante rever nossas histórias, pois valoriza nossa cultura e relevância no mundo. Portugal, apesar do pequeno território, foi gigante na história mundial com seus descobrimentos.
É um orgulho ter na minha nação tantos e tantos Homens e Mulheres de Raça, Valentes, Corajosos com Resiliência para com a sua vida em risco ir á descoberta de novos Mundos.
É uma Honra ter Figuras tão Significativas na descoberta do Mundo com uma população tão reduzida mas com Sabedoria e Valentia com Sacrifícios inarráveis. Viva Portugal.
Formidavel, muito instrutivel.Bravo
meer lezen over de Portugese geschiedenis geeft mij beetje bij beetje een beter inzicht
probeer nog steeds te achterhalen hoe Portugal zo’n goede en langdurige relatie kan hebben met haar vroegere koloniën ….. blijven lezen