Na cidade do Porto e arredores há vários locais de causar arrepios: São 8, os locais mais assustadores no Porto, desde sanatórios a palacetes abandonados…
Tem espírito aventureiro? Gosta de superar medos? Então, poderá viver experiências inesquecíveis na cidade Invicta. Esta é uma cidade que tem diversas atrações perfeitas para o dia de Halloween.
Nesta data especial, conhecida também como Dia das Bruxas, muitas pessoas reúnem-se e vivem experiências distintas. Há pessoas que exploram o que há de mais assustador na sua cidade ou em cidades que se encontrem a visitar.
Há na cidade do Porto locais ligados a histórias assustadoras que tornam os espaços em autênticos desafios. Nesta cidade, contam-se lendas de assombrações que fazem tremer os mais audazes.
Há testemunhos de bruxedos, que nos fazem compreender a posição dos espanhóis sobre as bruxas (“Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem). Existem relatos de aparições em locais que nos fazem questionar o funcionamento da nossa bexiga…
Os 8 locais mais assustadores no Porto e arredores
- Sanatório de Mont’Alto (em Valongo)
- Palacete de Marques Gomes (Vila Nova de Gaia)
- Quinta da Juncosa em Penafiel
- Teatro Baquet no Porto
- Capela do Senhor da Pedra (Vila Nova de Gaia)
- Casa do Relógio de Sol (no Porto)
- Estação de São Bento (Porto)
- Casa do Diabo em Felgueiras
1. Sanatório de Mont’Alto (em Valongo)
O termo sanatório nunca foi bem acolhido pelas pessoas. Quando se fala num espaço deste género que foi abandonado, o efeito é ainda mais negativo. O Sanatório de Mont’Alto manteve-se em atividade entre 1958 e 1975. Neste edifício, fazia-se o que se esperava de um Sanatório: tratavam-se doentes.
Neste espaço, havia apenas 50 camas, que estavam destinadas a doentes com tuberculose. Nos seus tempos áureos, o Sanatório de Mont’Alto chegou a acolher no seu espaço 350 pacientes em simultâneo, um número significativo. No entanto, desse tempo existem relatos menos positivos. Não faltam histórias de casos de negligência. Muitos casos de maus-tratos encontram-se documentados.
Ora, tendo em conta este histórico pouco animador, facilmente se conclui que neste sanatório existiram muitas mortes terríveis. Alguns pacientes que estiveram internados neste sanatório morreram vítimas desses comportamentos pouco éticos ou criminosos.
Após a denúncia dos abusos realizados aos seus pacientes, o sanatório sofreu as consequências. O espaço foi deixado ao abandono.
Ao longo do tempo, foi pilhado e vandalizado. O sanatório até serviu de local para a prática de rituais satânicos. Há diversas histórias negativas que tornam este num local assustador.
O sanatório até foi incendiado várias vezes.
Há até testemunhos de pessoas que defendem ter visto os espíritos dos doentes tuberculosos mal tratados a deambular pelos corredores. São fantasmas que assombram o Sanatório e assustam de morte quem visita este espaço.
2. Palacete de Marques Gomes (Vila Nova de Gaia)
Manuel Marques Gomes foi um homem que fez fortuna no início do século XX, numa altura em que este empresário português se encontrava no Brasil. Após regressar ao seu país, ele mandou construir um casarão fantástico que ficou situado à beira do Douro. Manuel Marques Gomes tinha 13 filhos.
Quando o empresário morreu, o processo de partilhas da herança complicou-se e os filhos desentenderam-se. O resultado foi o abandono do palácio. Rapidamente foi pilhado e incendiado, caiu em ruínas, foi conquistado pela vegetação local que tomou conta do Palacete.
Na obra, Histórias de um Portugal Assombrado, da autoria de Vanessa Fidalgo, encontra-se a confirmação de que este local deve ser temido… Lá está presente o seguinte conteúdo: “‘Saiam daqui, vão-se embora!’ – vociferou uma voz metálica e grotesca assim que os elementos da equipa de investigação de fenómenos paranormais Team Anormal passaram um registo de EVP pelo software de limpeza de ruídos.
A gravação fora feita poucas horas antes, no interior do Palacete de Marques Gomes, uma antiga mansão abandonada e prostrada aos pés do rio Douro, na margem de Vila Nova de Gaia […] era a prova de que ‘as almas do outro mundo existem e andam por aí!’”.
Atualmente, este edifício faz parte do complexo de habitação da Quinta Marques Gomes. Será que tem coragem de o visitar?
3. Quinta da Juncosa em Penafiel
Nesta propriedade, chegaram a viver D. Luís de Lencastre Carneiro de Vasconcelos e a sua esposa, Inês. O Barão de Lages era um homem ciumento e possessivo. D. Luís de Lencastre Carneiro de Vasconcelos estava tão “certo” da infidelidade de Inês que revelou o seu lado mais negro. Ele atou-a a um cavalo e, em seguida, sem hesitar, arrastou-a pela quinta até ela morrer.
O Barão de Lages sabia da monstruosidade do seu ato. No entanto, não satisfeito, matou os filhos de ambos e só em seguida é que colocou termo à sua vida.
Há quem defenda que o espírito do Barão de Lages ainda se encontra a deambular pela Quinta. Há testemunhos que referem ter visto os espectros do casal, que ouviram passos de cavalo e os gritos da mulher a pedir ajuda. Por isso, esta é seguramente uma das histórias mais marcantes e macabras do universo paranormal em Portugal!
4. Teatro Baquet no Porto
Este espaço foi mandado construir na antiga Rua de Santo António, atualmente conhecida como Rua 31 de janeiro. Foi devido a António Pereira Baquet que esta sala de espetáculos foi apresentada ao povo portuense.
O alfaiate portuense está assim na origem de uma das salas do género mais bonitas do Porto. O orgulho era muito quando ela foi inaugurada a 13 de fevereiro de 1859, momento em que houve lugar a um baile de Carnaval. No entanto, deu-se neste local uma tragédia.
O Teatro Baquet no Porto foi consumido por um incêndio no dia 21 de março de 1888. Contudo, o problema não foi apenas os danos materiais. O incêndio originou a morte de mais de uma centena de pessoas.
A imprensa da época defendeu que a origem do fogo deveu-se a uma gambiarra (extensão elétrica com lâmpadas). Após esta ter incendiado o pano de boca e o palco, o fogo rapidamente propagou-se para a sala.
O cenário das chamas altas gerou o pânico. O medo, o fumo, os berros, as correrias e os empurrões levaram a um cenário indesejado. O pânico instalou-se e muitas das pessoas que assistiam ao espetáculo não conseguiram fugir do fogo; não conseguiram chegar às portas de saída do edifício. Posteriormente, pessoas relataram que ainda era possível ouvir pancadas nas portas e camarins. Estas abriam-se sozinhas.
5. Capela do Senhor da Pedra (Vila Nova de Gaia)
Esta capela é encantadora. Encontra-se num cenário verdadeiramente incomum, muito próxima do mar. A Capela do Senhor da Pedra é uma das atrações mais emblemáticas de Vila Nova de Gaia. Além do interesse arquitetónico deste templo, há a beleza que envolve esta construção religiosa presente numa praia.
No entanto, há algo de sombrio neste templo. A capela está envolta num mistério. É frequente encontrarem-se velas, galinhas mortas, sangue, entre outras coisas que levam os locais a concluírem que há pessoas a fazer várias bruxarias por ali e a realizar magia negra.
Ora, há quem defenda que antes da capela ser erguida naquele local, já este era usado para a realização de rituais pagãos… Por isso, facilmente se compreende a presença desta capela na lista de locais mais assustadores do distrito do Porto.
6. Casa do Relógio de Sol (no Porto)
A Casa do Relógio de Sol trata-se de uma construção de quatro andares. A habitação encontrava-se decorada com motivos dos “Descobrimentos”, nomeadamente, com cordas, esferas armilares e azulejos.
No entanto, o grande destaque vai para o relógio de sol que deu o nome à construção. Esta casa revela-se uma atração sombria. A Casa Manuelina, como também é conhecida esta construção, está situada na Foz do Douro.
A Casa do Relógio de Sol foi construída no início do século XX. Esta casa foi construída para servir de local de férias de Artur Jorge Guimarães, capitão de artilharia. Ele passou férias com a mulher Beatriz e os filhos neste local.
No entanto, após a morte de Artur Jorge Guimarães e da mulher, os filhos entraram em conflito devido à herança. Como acontece com tantos outros edifícios, a Casa do Relógio de Sol foi deixada ao abandono. Após o 25 de Abril, esta casa acabou ocupada por um sapateiro que, posteriormente, a despojou de todo o recheio.
A Casa do Relógio de Sol encontra-se em completa ruína. O abandono levou a que fosse ocupada por toxicodependentes, algo que ajudou a acelerar a degradação do espaço. Há testemunhos de pessoas que defendem que a habitação se encontra assombrada.
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7. Estação de São Bento (Porto)
Esta estação revela uma beleza deslumbrante. O conjunto de painéis de azulejos tornaram esta estação num símbolo da Invicta, uma atração verdadeiramente imperdível. Contudo, muitos desconhecem que existia um convento precisamente no local onde se encontra a Estação.
O seu nome era Convento de São Bento d’Avé Maria, por isso a estação deve o seu nome a este convento. No decreto realizado em 1834, o rei ordenou a extinção de todas as ordens religiosas. Esta lei implicou consequências nefastas para Igrejas, conventos e mosteiros de Portugal.
No entanto, ficou definido que as ordens religiosas que fossem constituídas por mulheres, exclusivamente, apenas deveriam ser extintas após o falecimento da última freira residente. A última freira a viver no Convento viveu ali ao longo de mais de 50 anos. Portanto, a morte da última freira do Convento de São Bento d’Avé Maria aconteceu quando esta se encontrava já numa idade avançada.
Embora os planos para a construção da estação ferroviária já se encontrassem finalizados, a sua construção só foi possível em 1892. No entanto, esta estação continua ligada à freira. E existem testemunhos de que ela por lá permaneceu, mesmo depois da sua morte. Existem relatos de que a freira ainda continua por lá, a deambular pelos corredores da estação… a rezar e a assustar quem por lá passa!
8. Casa do Diabo em Felgueiras
A reputação deste local deve-se a uma mistura de factos com a lenda. Esta casa tem associada a si uma história assustadora. Nesta casa, viveu um casal de agricultores. Estas duas pessoas tiveram a experiência perturbadora de assistir a um conjunto de fenómenos sobrenaturais arrepiantes, daqueles que se veem nos filmes, como móveis a arrastarem-se sem a ajuda de ninguém, e objetos que voavam sozinhos.
Entre os fenómenos mais estranhos, é referido o momento em que mulher tinha deixado numa divisão desta casa uns panos bordados e devidamente passados a ferro. No dia seguinte, a mulher encontrou os panos remexidos e, além disso, encontravam-se completamente cobertos de urina.
Terá sido obra de Satanás? Poderá ter sofrido de incontinência? Certo é que a Casa do Diabo se encontra em ruínas. Ora, se o Diabo não está em casa, é porque anda à solta…