Faça uma viagem fascinante ao passado medieval no Mosteiro de Santa Maria das Júnias! Descubra a beleza e a história desse monumento imponente, situado no meio da natureza exuberante. O Mosteiro de Santa Maria das Júnias (ou Mosteiro de Pitões das Júnias) é uma construção fascinante. Visitar este mosteiro antigo representa um mergulho na história. Este monumento encontra-se presente na freguesia de Pitões das Júnias, no concelho de Montalegre, que integra o Distrito de Vila Real.
A origem da construção deste Mosteiro remonta ao século IX. Ele pertenceu à Ordem de São Bento. A beleza deste monumento é notável. Trata-se de um dos mais importantes e bem preservados mosteiros medievais de Portugal. O Mosteiro de Santa Maria das Júnias é um tesouro escondido com uma arquitetura única. Descubra os seus segredos…
Um viagem ao passado medieval na serra do Gerês
Este mosteiro tem um significado histórico que o torna numa referência da região. Trata-se de um monumento com um valor científico e patrimonial excecional. Este mosteiro é uma pérola presente no concelho de Montalegre. A localização torna este monumento ainda mais encantador.
O mosteiro beneficia de um enquadramento paisagístico notável. Ele apresenta-se implantado num pequeno e magnífico vale por onde o ribeiro de Campesinho corre. O monumento está presente num espaço que serve de ponto de encontro entre o planalto da Mourela e a Serra do Gerês.
Os especialistas estimam que este mosteiro tenha sido fundado no final do século IX, por treze monges. Este convento teve origem num antigo eremitério de origem pré-românica. A implantação deste mosteiro obedeceu a critérios de isolamento, o que permite explicar o seu grandioso fundo paisagístico.
Inicialmente, o mosteiro estava destinado a albergar frades beneditinos. No entanto, durante o século XII, o mosteiro foi entregue à Ordem de Cister.
Este mosteiro está presente num vale estreito. Trata-se de um espaço de difícil acesso que se encontra longe dos caminhos e de lugares habitados. Em contraste com o que aconteceu com outros cenóbios do Norte do nosso país que geralmente eram possuidores de produtivos coutos, esta primeira comunidade de monges das Júnias estava dependente da pastorícia.
Esta realidade acentuou bastante o caráter humilde e ascético do espaço e das pessoas. O mosteiro e o templo anexo foram erguidos numa data bastante antiga, num momento histórico que antecede a fundação da nacionalidade portuguesa.
Bem mais tarde, no ano de 1834, o mosteiro teve o mesmo destino que outros edifícios religiosos: foi abandonado, um acontecimento que afetou diversos templos devido à decisão da extinção das ordens religiosas em Portugal. Além de ter sido abandonado, o convento teve ainda outro evento que deixou marcas: alguns anos depois do abandono, um incêndio deflagrou no local, deixando apenas a igreja em pé.
O Mosteiro de Santa Maria das Júnias é constituído pela igreja, pelo claustro românico e pela casa monástica. A igreja apresenta uma nave única. A cobertura de madeira deste templo conserva um interessante portal lateral românico.
Nesta construção religiosa, destaca-se ainda um retábulo seiscentista, na capela-mor. Do claustro românico apenas restam três arcos de volta perfeita. A casa encontra-se em ruínas. Ela também terá sofrido várias transformações ao longo do tempo. No espaço, destaca-se ainda um moinho, já do final da Idade Média, uma construção que se encontra junto ao ribeiro.
Este conjunto tem vários motivos de interesse. Entre eles destaca-se a porta ocidental da igreja, em arco de volta perfeita, de duas arquivoltas (a que se encontra no exterior é ornamentada com o tema das pontas de lança e é realçada por moldura).
Outro destaque vai para as esculturas, que se encontram na parte frontal da igreja. Os dois sarcófagos antropomórficos em granito são outros elementos interessantes: um abandonado no claustro, enquanto o outro foi reaproveitado na área da cozinha.
Todos que visitam o mosteiro aproveitam a proximidade para visitar uma atração local famosa, a cascata de Pitões. Quem segue o percurso do Trilho de Pitões das Júnias pode apreciar essa queda de água tão popular e também o carvalhal do Beredo.
Recentemente, houve uma intervenção arqueológica no claustro e na cozinha conventuais promovida pela organização do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
No dia 15 de agosto, é realizada uma romaria que ocorre anualmente. Este evento encanta os habitantes de Pitões das Júnias e atrai muitas pessoas das povoações vizinhas.
Sugestão: visite o polo do Ecomuseu do Barroso em Pitões das Júnias. Seguramente que viverá uma experiência interessante neste espaço.
Curiosidades: D. Pedro de Pitões, um dos principais impulsionadores da conquista de Lisboa aos mouros, no ano de 1147, foi ordenado bispo do Porto neste mosteiro.
O Mosteiro de Santa Maria das Júnias foi classificado como Monumento Nacional em 1950, pelo Dec. 37728 de 5 de janeiro.
Como chegar
41° 49′ 52″ N / 7° 56′ 33″ W
Mosteiro GPS: 41.831245, -7.942591
O acesso a Pitões das Júnias é realizado a partir dos seguintes pontos:
– Por via Vila Real: A24, N103. A partir de Montalegre tome a EM308 e EM513;
– Por via Montalegre: EM308 e EM513;
– Por via Braga: N103, M308-4 e EM513.