Fique a conhecer alguns lugares históricos no Porto que muitos desconhecem! Encontre tesouros escondidos que estão à vista de todos! Desvende os segredos históricos do Porto. Existem diversos segredos históricos do Porto que foram revelados, mas que permanecem ignorados por muitos. No presente artigo, iremos desvendar os mistérios de alguns locais que são autênticas pérolas históricas da cidade Invicta.
Esta é uma forma de perceber a riqueza destes verdadeiros tesouros escondidos. Estes são locais que não devem passar despercebidos. São pontos de interesse que merecem ser conhecidos, porque são fascinantes.
Lugares históricos no Porto que muitos desconhecem
1 – Centro Português de Fotografia
Este espaço encontra-se num edifício portuense emblemático, a Cadeia da Relação. O Centro Português de Fotografia está situado num edifício granítico de 1582. No entanto, foi reedificado num estilo neoclássico no ano de 1767. O projeto esteve ao cargo do arquiteto Eugénio dos Santos, que assumiu essa responsabilidade.
Na época, a distribuição dos presos era realizada segundo determinados critérios. Entre as variáveis levadas em consideração estavam o tipo de estatuto social do detido (a capacidade para este pagar a carceragem) ou o tipo de crime cometido. Contudo, os Regulamentos da época nem sempre foram devidamente respeitados. Com frequência ocorreu a sobrelotação do espaço.
Alguns dos presos mais conhecidos da época passaram pela cadeia da relação. Por exemplo, Zé do Telhado (o famoso Salteador) e Camilo Castelo Branco (que era um dos grandes nomes da nossa literatura) foram alguns dos nomes mais emblemáticos.
2 – Museu Militar do Porto (antiga sede da PIDE)
Esta atração encontra-se presente na zona do Bonfim. Durante décadas, o edifício onde se encontra o Museu Militar do Porto serviu como sede da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (a PIDE), entre 1940 e 1974, mais precisamente.
A Pide serviu como o braço armado da ditadura salazarista. Na fachada lateral do edifício, podemos encontrar uma placa de louvor aos que sofreram às mãos da PIDE.
Endereço: Rua do Heroísmo 329, 4300-096 Porto
3 – Miradouro da Vitória
Muitas pessoas são atraídas diariamente a este local. O miradouro da Vitória é um dos miradouros mais emblemáticos do Porto. Diversos visitantes ficam rendidos aos encantos deste imperdível miradouro. Existem histórias no Largo da Bataria da Vitória que merecem ser contadas. Nos finais do século XVIII, o empreendedor João de Almada mandou construir este espaço que serviu como defesa das tropas liberais, espartilhadas em 1832-1833, durante o longo cerco, célebre e duríssimo evento histórico.
No local, estavam presentes os canhões das tropas de D. Pedro IV (que se tornou no 1º imperador do Brasil). Este espaço encontra-se no coração do antigo quarteirão judaico.
Desde que o rei D. João I (no século XIV) determinou que essa área seria o local em que todos os judeus poderiam morar, o bairro judeu seguiu com uma certa autonomia. Era como uma cidade presente dentro da cidade do Porto.
No entanto, a convivência entre judeus e cristãos era saudável. Esse período durou cerca de um século, até a Inquisição chegar ao nosso país, ao Porto.
Informação:
- Morada do Miradouro da Vitória – Porto: R. de São Bento da Vitória 11, 4050-018 Porto, Portugal.
- Latitude: 41.143163 | Longitude: -8.615812.
- Horários de visita: Pode ser visitado durante todo o dia.
4 – Ponte Luís I (ou Ponte Luiz I)
Esta ponte está presente num local onde ocorreu o desastre da ponte das barcas. As pontes das barcas permitiam a circulação de pessoas e de mercadorias. Na época, existiram várias pontes do género, porque facilitavam o movimento e a passagem entre as cidades.
O nome “ponte das barcas” está ligado à sua constituição. As pontes eram feitas por 20 barcaças que se encontravam ligadas por cabos. No entanto, a Ponte das Barcas em questão tem uma origem que remonta ao ano de 1806. Contudo, essa ponte não durou muito.
Em março de 1809, ocorreu uma tragédia. Quando ocorreu a segunda invasão francesa, a família Real portuguesa encontrava-se no Brasil. No dia 29 de março desse ano, as tropas francesas entraram na cidade Invicta. Por isso, a população (que sabia da crueldade das tropas francesas) fugiu em direção ao rio Douro.
Contudo, a decisão em massa não foi feliz. A ponte das barcas não estava preparada para essa finalidade. O dia foi trágico, porque a ponte não teve capacidade para sustentar o peso de milhares de fugitivos. Estima-se que nesse dia tenham morrido 4.000 pessoas nas águas do rio Douro.
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5 – Hotel Teatro (antigo Teatro Baquet)
Deflagrou um incêndio de grandes proporções neste emblemático edifício. O trágico evento ocorreu na noite de 20 de março de 1888. Nessa época, este espaço era uma das grandes casas de espetáculo da cidade Invicta. O número de mortos que surgiu no incêndio do Teatro Baquet terá sido de 90 a 130 pessoas.
Endereço: R. de Sá da Bandeira 84, 4000-427 Porto
6 – Praça Carlos Alberto
Este ponto de interesse encontra-se na freguesia da Vitória. Antes de ser conhecida como Praça Carlos Alberto, a praça teve outros nomes. Primeiro, foi “Largo dos Ferradores”. A praça também chegou a ser conhecida como “Feira das Caixas”, porque neste local faziam-se as caixas de bagagem para os emigrantes que viajavam para o Brasil.
Contudo, é atualmente conhecida como Praça Carlos Alberto, mas sabe quem foi Carlos Alberto? Carlos Alberto foi um rei. Foi este homem que deu origem ao nome da emblemática praça do Porto. Após ter sido destronado em 1849, o homem que foi rei de Piemonte e da Sardenha escolheu a cidade do Porto como refúgio.
Carlos Alberto ficou alojado numa habitação presente nesta praça. Contudo, ele faleceu três meses após ter chegado à Invicta. No entanto, a ligação permaneceu, porque, posteriormente, a praça foi nomeada Praça Carlos Alberto como homenagem.