Qual seria a bebida mais comum à sua mesa? Será que Jesus Cristo bebia vinho tinto, branco ou cerveja? O consumo de álcool, no tempo de Jesus Cristo.
No geral, os seres humanos são apreciadores de diversas bebidas alcoólicas. O vinho (nomeadamente o tinto, mas não só) é um produto muito estimado pelos portugueses.
Por isso, o milagre presente na Bíblia, em que a água é transformada em vinho, representa um momento que muitos não desdenhariam contemplar, todos os dias.
Rejeitando fazer qualquer análise ao aspeto religioso da questão, é interessante pensar quais seriam as bebidas mais comuns, no tempo em que Jesus Cristo viveu. Será que Jesus Cristo bebia vinho tinto, branco ou cerveja? Qual seria a bebida mais comum à sua mesa?
Jesus Cristo bebia vinho tinto, branco ou cerveja?
São várias as questões que podem ser colocadas e que podem despertar paixões aos leitores mais fanáticos, eis algumas: O que nasceu primeiro: a cerveja ou o vinho tinto? O que é melhor: a cerveja ou o vinho? E, na emblemática Última Ceia, Jesus bebia vinho ou cerveja? E muitas outras questões desta índole poderiam ser feitas…
A Última Ceia
Leonardo da Vinci é, indiscutivelmente, um dos artistas mais marcantes da história da humanidade (muitos defenderão que será mesmo o mais marcante de sempre). Uma das suas obras mais reconhecidas é a Última Ceia.
Ela retrata o episódio bíblico da última refeição que, de acordo com os cristãos, Jesus partilhou com os seus apóstolos, em Jerusalém, antes da sua crucificação. Jesus anuncia aos doze apóstolos, durante a refeição, que alguém, entre eles, o trairia (Judas). Distribuídos pela mesa estão o pão e – entre outras coisas – o vinho…
Vinho sangue
Esta temática não é nova e até já foi colocada em análise no livro de um reputado escritor português. A obra em questão tem como título Jesus Cristo Bebia Cerveja. Esta obra permitiu que Afonso Cruz conquistasse alguns prémios, nomeadamente o de melhor romance português do ano (quer pelo reputado jornal Público, quer pela Time Out Lisboa).
O vinho e o sangue possuem parecenças que, certamente, terão sido levadas em conta ao longo da história, quando este episódio foi representado em áreas como o cinema, a literatura, a pintura, entre noutras.
Porém, a verdade é que a região da Mesopotâmia (um dos berços da civilização ocidental e da história a que nos reportamos) era rica sim em cereais (e não em uvas), por isso o mais natural é que a bebida privilegiada fosse a cerveja e não o vinho…
Dos judeus aos romanos
Se “viajarmos” até ao tempo de Jesus Cristo, é possível perceber que Jesus consumia bebidas parecidas com cerveja, pois eram também fermentadas a partir de cereais; e não vinho que requer uvas, fruta que estava pouco disponível nessas paragens.
O vinho era mais um luxo que os romanos tinham. Foram estes que trouxeram o vinho para a Mesopotâmia, mas a bebida só estava ao acesso da classe mais alta. Assim, a cerveja era bem mais acessível para a grande maioria das pessoas e, por isso, continuava a ser a bebida mais comum.
Conclusão
Assim, o mais lógico é que, há dois mil anos, se bebesse mais cerveja nessa região. Deste modo, faz mais sentido que, há dez mil anos, os primeiros povos a sedentarizarem-se bebessem cerveja. Por exemplo, o Egito possuía inúmeras cervejeiras e tinha o produto em grande quantidade, por isso até o exportava para a Palestina.
No entanto, não há motivo para haver rivalidade. Tanto o vinho como a cerveja possuem amantes fervorosos e não vale a pena entrar em confronto. A maior riqueza que se tem é a possibilidade de escolher. Tanto o vinho como a cerveja possuem o seu lugar à mesa. Existem momentos e contextos em que uma opção pode ser mais indicada mas, no geral, são duas ótimas escolhas.
Além disso, importa referir que as bebidas alcoólicas desse tempo não eram tão distintas como as que hoje conhecemos e confundiam-se entre si. Era comum adicionar cereais às bebidas de frutos, assim como adicionar frutos a bebidas de cereais.
Afonso Cruz
De forma sucinta e esclarecida, o escritor Afonso Cruz ilumina-nos com a sua conclusão: “O que se bebia no espaço geográfico em que Cristo habitava era cerveja. O vinho era uma bebida de romanos, dos invasores. Cristo não iria beber a bebida dos ricos, dos opressores, (…), mas a dos pobres, das putas e dos pecadores.”
“(…) cerveja, um símbolo do povo. Jesus Cristo bebia cerveja, que sempre foi chamada de pão líquido, pois é verdadeiramente pão com água. E a mesma levedura a transformar o cereal. Fouqueret dizia que a cerveja deveria substituir a hóstia, pois é um pão vivo, que borbulha, não é essa coisa insípida e espalmada e sem fermento que os padres espetam na boca dos fiéis.
Em verdade, em verdade vos digo que se o grão não cair na terra e morrer, não dará fruto. A cerveja é a ressurreição dos grãos, a sua nova vida. É preciso morrer para isso, é assim que se inicia a fabricação da cerveja. O grão apodrece e transforma-se em malte, que depois se torna álcool, que os antigos chamavam espírito.
Deviam acabar com essas porcarias achatadas e dar às pessoas algum motivo de alegria. Deus não esconde a sua inexistência nessas coisas por levedar.” Afonso Cruz, Jesus Cristo Bebia Cerveja
Com tanta alucinação bebia era uns valentes shots
A bebida naquela época não era acessível porque a maioria da população judía era pobre. Água principalmente e algum leite e dependendo do status social é que bebiam vinho e cerveja. Nas festividades é que bebiam algum vinho e cerveja. O chamado vinho igual ao atual era bebido pelas elites romanas e judias a maioria da população judía pobre quando bebia era um suco de uva não fermentado e uma mistura de cereais tipo cerveja principalmente de milho mas sem alcóol. A fermentação não é primitida da religião judaica.