Quer poupar combustível sem complicações? Descubra a velocidade ideal para viajar mais barato e prolongar a vida do seu carro. Numa altura em que o preço dos combustíveis parece subir mais depressa do que conseguimos encher o depósito, poupar na estrada deixou de ser apenas uma opção inteligente — tornou-se uma necessidade. O que muitos condutores ainda não sabem é que a forma como conduzimos, especialmente a velocidade que escolhemos manter, pode fazer toda a diferença na carteira… e no motor do carro.
A velocidade que pode mudar tudo: 90 km/h
De acordo com a Direção Geral de Trânsito de Espanha (DGT), há uma “velocidade mágica” que representa o ponto de equilíbrio entre eficiência, economia e preservação do veículo: 90 km/h.
Sim, pode parecer pouco ambicioso para quem tem pressa, mas esta é a velocidade que permite ao motor trabalhar de forma mais estável, com menor esforço, e com um consumo de combustível muito mais controlado.
De 90 a 120 km/h: uma diferença que pesa na bomba de combustível
Segundo dados revelados pelo portal Motor1, circular a 120 km/h pode aumentar o consumo de combustível em até 30% comparado com quem circula a 90 km/h. Esta diferença é gritante quando multiplicada por centenas de quilómetros — ou por semanas de viagens casa-trabalho.
Acelerações bruscas, travagens desnecessárias, mudanças repentinas de velocidade… todos estes comportamentos obrigam o motor a compensar, gastando mais combustível e encurtando a vida útil de componentes vitais. Ao manter uma velocidade constante entre 90 e 100 km/h, o condutor não só poupa combustível como reduz o desgaste da máquina que o transporta todos os dias.
Menos rotações, mais eficiência
Outro fator determinante apontado pela DGT é a rotação do motor. Idealmente, o motor deve funcionar entre 2.000 e 3.000 rotações por minuto (RPM), onde é mais eficiente.
Se o ponteiro sobe além disso com frequência, o consumo dispara — e o desgaste também. Ao circular a 90 km/h, normalmente em quinta ou sexta mudança, o carro mantém-se nesta “zona verde”, gastando o mínimo necessário para se manter em movimento.

90 km/h: uma escolha inteligente, não um sacrifício
Este valor não foi escolhido ao acaso. Aos 90 km/h, a maioria dos veículos consegue circular na mudança mais alta, com rotações estáveis e um desempenho harmonioso. O resultado? Menos combustível, menos emissões, menos desgaste — e mais tranquilidade ao volante.
Pequenos gestos que ajudam a poupar muito mais
A velocidade é apenas uma peça do puzzle. Segundo especialistas, há outros hábitos simples que ajudam a poupar combustível de forma significativa:
- Arranque com calma: ligar o motor e esperar 15 a 30 segundos antes de arrancar ajuda a lubrificar o motor e a evitar esforços desnecessários;
- Evite acelerações bruscas: troque de mudança respeitando o binário do motor, sem o forçar;
- Vidros fechados, ar condicionado com moderação: em autoestrada, circular com vidros abertos cria resistência ao vento, o que aumenta o consumo;
- Mantenha os pneus bem calibrados: pressão errada significa mais esforço do motor e maior gasto;
- Faça a manutenção na altura certa: filtros limpos, óleo adequado e sistema de refrigeração funcional fazem milagres no desempenho e no consumo.
A manutenção preventiva é a sua melhor aliada
Ignorar a manutenção do veículo é como ignorar uma dor no peito — mais cedo ou mais tarde, a conta chega. Trocar o óleo regularmente, verificar os filtros, alinhar a direção e cuidar do sistema de refrigeração não só previne avarias graves como garante que o carro está sempre a trabalhar com a máxima eficiência. E isso traduz-se diretamente em poupança.
Conclusão: conduzir bem é cuidar de si e da sua carteira
Poupar combustível não exige truques mágicos ou tecnologias de ponta — exige consciência e escolhas acertadas. Reduzir a velocidade para 90 km/h pode parecer um pequeno gesto, mas é uma decisão poderosa, que protege o seu carro, o ambiente e o seu bolso.
Se viaja com frequência, experimente aplicar estas mudanças na próxima viagem. Vai surpreender-se com a diferença no consumo — e sentir-se melhor por fazer parte da solução.
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