Confira dicas essenciais para escolher o melhor azeite. O azeite é um produto essencial na nossa gastronomia. É um dos alicerces da dieta mediterrânica. O azeite é um justo protagonista de diversas receitas tradicionais de Portugal. Integra os refogados de muitos petiscos que são servidos diariamente nos restaurantes nacionais e não há casa portuguesa sem este produto imprescindível.
Portugal é um país com uma excelente produção de vinho, mas também tem conquistado elevada reputação nos azeites. Há diversos tipos de azeite e muitas pessoas desconhecem as diferentes qualidades do azeite.
Dicas essenciais para escolher o melhor azeite
O azeite
Este produto é usado como ingrediente culinário desde tempos imemoriais. Hoje, é visto como um dos grandes ingredientes da cozinha moderna, sendo uma gordura boa e saudável.
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O seu consumo moderado está na origem de diversos benefícios para a saúde. É um produto que não está confinado às regiões produtoras. O Japão ou a Austrália são alguns dos países distantes, interessados no azeite nacional.
Tabela nutricional do azeite (colher de sopa-13,5 gr)
Informações nutricionais | por porção | % VD* |
Valor Calórico | 119 kcal | 6,0 % |
500 kJ | ||
Gordura | 13,5 g | 20,8 % |
Gorduras saturadas | 1,9 g | 8,5 % |
Gorduras monoinsaturadas | 9,8 g | 34,0 % |
Gorduras poliinsaturadas | 1,4 g | 9,5 % |
Carboidratos | 0,0 g | 0,0 % |
Açúcares | 0,0 g | 0,0 % |
Proteína | 0,0 g | 0,0 % |
Fibra alimentar | 0,0 g | 0,0 % |
Colesterol | 0,0 mg | 0,0 % |
Sódio | < 0,1 g | < 0,1 % |
Água | 0,0 g | 0,0 % |
(*) O percentual do valor diário (VD) é baseado numa dieta de 2.000 calorias.
Gastronomia
O papel desta gordura boa na gastronomia nacional é de protagonista. Boa parte dos refogados feitos em Portugal levam azeite (normalmente com cebola, alho e/ou tomate).
O azeite é usado nas sopas, para temperar saladas e em 1001 receitas que têm no azeite um dos elementos chave. É que este produto, além do sabor e aroma que fornece ao prato, também dá cor e permite ligar os alimentos.
Os azeites
No mercado nacional, há os “Azeites com Denominação de Origem Protegida” (DOP), havendo ainda os “Azeites da Agricultura Biológica” e os “Azeites Elementares ou Monovarietais” (estes são obtidos de uma só variedade de azeitona).
Os “Azeites da Agricultura Biológica”
Este tipo de azeites é proveniente de olivais que cumprem o que está previsto na Regulamentação Europeia, estando de acordo com o modo de produção biológica. Assim, está sujeito a vários e importantes condicionalismos, nomeadamente a manutenção do fundo de fertilização dos solos, o uso de rotações adequadas, o respeito por normas fitossanitárias e por normas de fertilização muito rigorosas.
Neste tipo de azeite, é praticamente interdito o recurso a produtos químicos de síntese.
Os “Azeites DOP”
Neste momento, existem no nosso país 6 denominações de origem protegida para azeites. São elas:
“Azeites da Beira Interior (Azeites da Beira Baixa e da Beira Alta)”, “Azeites de Moura”, “Azeites de Trás-os-Montes”, “Azeites do Alentejo Interior”, “Azeites do Norte Alentejano” e “Azeites do Ribatejo”.
São azeites com origem numa área geográfica delimitada, sendo elaborados exclusivamente com azeitonas de determinadas variedades de oliveiras, com soloa e clima característicos dessa região.
Outros fatores relevantes são o saber tradicional da região, que se consubstancia no modo de condução das árvores, também na apanha da azeitona e ainda na extração do azeite. Há assim tipicidade e características qualitativas que permitem que os azeites se distingam entre os demais.
O momento da escolha do azeite
O azeite não é como o vinho. Não envelhece bem. Não fica melhor ao longo do tempo.
O processo de deterioração do azeite é iniciado a partir do momento em o azeite é extraído. Assim, o azeite deve ser consumido num espaço reduzido de tempo e não deve ser armazenado por períodos muito prolongados.
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O azeite deve ser escolhido de acordo com a finalidade a que se destina. Se é para fins culinários, se é para ser degustado no pão, … O gosto pessoal também deve ser levado em consideração.
Azeite Virgem Extra
Este tipo de azeite apresenta qualidade superior, proporcionando um sabor mais rico e um cheiro a azeitona mais intenso. Apresenta acidez igual ou inferior a 0,8%. É o mais indicado para consumo direto, seja para temperar saladas, seja para colocar num prato e nele molhar um pedaço de pão.
Há versões de azeites virgem extra de sabor mais suave que servem como tempero de saladas e alimentos, mas que também podem integrar a doçaria. A versão de Azeite Virgem Extra mais intenso é ideal para a confeção de alguns molhos.
Azeite Virgem
É de qualidade inferior ao azeite virgem, mas ainda assim é de boa qualidade. A sua acidez é igual ou inferior a 2%. É uma opção mais indicada para ser usada em sopas, refogados, marinadas ou assados.
Azeite
Contém azeite virgem e azeite refinado. É um azeite refinado que é enriquecido com azeite virgem. Apresentando um grau de acidez igual ou inferior a 1,0%, é aromático e frutado. Este tipo de azeite revela-se mais destinado a frituras, pois possui maior resistência às altas temperaturas.
É um produto mais barato, havendo ainda uma manutenção do seu valor nutritivo. Este azeite torna os fritos mais secos e apetecíveis, formando uma crosta na superfície, algo que evita a penetração do azeite no interior dos alimentos.