O Dia de São Valentim revela-se um dia que celebra o amor, sendo uma data particularmente estimada pelos casais: o Dia dos Namorados!
O Dia de São Valentim encontra-se associado a boas memórias. Esta data é especial, visando a celebração do amor. Na vida, o amor é constantemente procurado por boa parte das pessoas, sendo encarado como um grande alicerce para a felicidade. Esta data permite ser mais uma razão para tratar bem, com carinho e mimos, a pessoa de que se gosta.
No fundo, será fazer o tratamento de afeto que a pessoa merece. No Dia de São Valentim, celebra-se o amor, celebram-se todas as histórias de amor, sendo que a mais singela e recente história de amor, merece ser celebrada.
Dia de São Valentim: a origem da tradição do Dia dos Namorados
Existem diferentes tradições e rituais que são associados ao amor que se mantêm ao longo de gerações. Trocar cartas e postais de amor é algo comum, tal como pedir desejos (nomeadamente, pedir um relacionamento com alguém em particular) a estrelas cadentes.
Mesmo em crianças, o simples arrancar de pétalas a um malmequer revela-se um passatempo associado ao amor…
Saiba mais sobre este dia especial.
As origens do Dia de São Valentim
As ordens do Imperador
Este dia é popularmente conhecido como Dia dos Namorados. O nome Valentim dado a este dia é referente a uma história em particular, protagonizada por um bispo. O contexto temporal desta história remonta ao século III.
O Imperador Cláudio II defendia que os homens solteiros eram melhores combatentes, pois encontravam-se mais concentrados na guerra e na vida militar. Por isso, deu instruções para impedir casamentos, de forma a manter os seus homens concentrados.
A decisão do Bispo
Depois de se saber que o Imperador Cláudio II tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, o bispo Valentim colocou-se contra as ordens do Imperador. Apesar da ordem do Imperador de proibir a realização de casamentos, o bispo Valentim continuou a celebrar matrimónios.
No entanto, quando a prática do Bispo foi descoberta, Valentim foi preso e, depois, foi condenado à morte. Na sequência da prisão do Bispo, vários jovens realizaram uma demonstração de apoio e compaixão para com Valentim. Por isso, enviaram-lhe flores e bilhetes, como forma de defenderem a posição do Bispo e de continuarem a acreditar no amor.
Assim, se pode explicar a prática de trocar postais e cartas que se manteve até aos dias de hoje.
A lenda do amor de Valentim
Diz a lenda que Valentim se apaixonou pela filha cega de um carcereiro durante o período em que esteve preso. De acordo com a lenda, o Bispo devolveu a visão à rapariga. Assim, antes da sua execução, Valentim ficou associado a um milagre, sendo que o Bispo ainda lhe escreveu uma mensagem de despedida.
No momento da despedida, o Bispo assinou como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”. Assim, o dia da sua execução tornou-se em sua homenagem num dia de jejum.
A passagem do tempo e a memória
Foi depois do final da Idade Média que a data ficou mais enriquecida, fruto da associação ao amor e ao romantismo. Foi neste espaço temporal que foi formulado o conceito de amor romântico.
A Igreja Católica considerou o bispo Valentim um mártir, ficando o dia 14 de fevereiro, a data da sua morte, conhecido como o Dia de São Valentim. Essa data foi véspera de uma festa anual que era celebrada na Roma Antiga. A festa era realizada em honra da deusa Juno e do deus Pan, sendo que um dos rituais presentes nesta festa incidia sobre a fertilidade.
O surgimento desta data
Existem versões distintas sobre a origem desta data. Umas defendem que foram os ingleses e os franceses que passaram a celebrar o Dia de São Valentim no século XVII, servindo a data como momento de união de casais, sendo o Dia dos Namorados.
Um século mais tarde, o Saint Valentine’s Day foi adotado nos Estados Unidos da América. Era comum ser defendido na Idade Média que o primeiro dia de acasalamento dos pássaros era realizado no dia 14 de fevereiro. Assim, passou a ser comum os namorados deixarem mensagens de amor na porta da sua cara-metade.
A Igreja Católica, a partir de 1969, decidiu não celebrar santos que apresentassem origens não claras, sendo São Valentim um dos três santos que identifica como sendo diferentes. Mesmo depois de retirado do calendário dos santos, o santo padroeiro dos namorados continua a ser celebrado por todo o mundo.
Cartão do Dia dos Namorados
A tradição terá surgido nos Estados Unidos da América, quando Esther Howland, em 1840, conseguiu vender uma quantia particularmente elevada de cartões do Dia dos Namorados, perfazendo mais de 5000 dólares nesse negócio.
Assim, desde então, facilmente foi crescendo a tradição dos cartões nos E.U.A até que se espalhou por todo o mundo, já no século XX.
Evolução
O Dia de São Valentim é, atualmente, associado à troca mútua de recados de amor, servindo até para trocar objetos simbólicos. Foi comum a prática das mensagens manuscritas, tal como se tornou comum a troca de cartões de felicitação que começaram a ser produzidos em grande escala.
Posteriormente, passou a ser comum oferecerem-se presentes, como demonstração de amor e carinho pelo outro.
Data especial no mundo
O 14 de fevereiro encontra-se associado ao Dia dos Namorados ou ao Dia de São Valentim em quase todo o mundo.
No Brasil, a data associada ao Dia dos Namorados é 12 de junho, dia que antecede o dia de Santo António, que é padroeiro dos casamentos.
O dia 14 de fevereiro, na Finlândia e na Estónia, serve para celebrar a amizade. Este dia não serve apenas como Dia dos Namorados nestes países. É um dia de amor, um sentimento que se alarga ao círculo de amigos, podendo servir para demonstrar a gratidão aos amigos.
Na Dinamarca, existe a tradição de enviar “gaekkebrev”, cartas com rimas espirituosas. Nelas surgem uma série de pontos que correspondem à letra de um nome. O destinatário deve adivinhar o nome do seu pretendente.
Se conseguir, receberá um ovo de Páscoa, no Domingo de Páscoa. Se não conseguir, será este a oferecer ao seu admirador (que se revelará dias depois do Dia dos Namorados) o ovo.
Na Ucrânia, existe o Túnel do Amor que é cinematográfico. Ele serve de cenário a diversas fotografias especiais. O Túnel do Amor deve-se à forma como os comboios moldaram as árvores que se encontram ao redor das linhas do caminho de ferro.
Segundo a lenda local, um desejo pedido no túnel por um casal irá realizar-se, mas apenas se o amor entre os dois elementos do casal for verdadeiro.
Os namorados em Portugal
Rocha dos Namorados
Ainda por Portugal, podemos falar de diferentes formas de celebrar o amor.
A Rocha dos Namorados encontra-se na aldeia de São Pedro do Corval, em Reguengos de Monsaraz. A rocha está ligada a rituais pagãos, ligada a fenómenos de celebração de fecundidade, encontrando-se atualmente ligada a uma força espiritual para a população local.
De acordo com a lenda, pela altura da Páscoa, as jovens mulheres (na casa dos vinte anos de idade) encontram-se junto à Rocha dos Namorados e devem atirar pequenas pedras para a rocha, enquanto estão de costas. Depois, cada pedra falhada representa um ano de espera até ao seu casamento surgir.
No topo da Rocha dos Namorados, ainda é possível constatar a presença de pequenas pedras reunidas, prova das tentativas que conheceram sucesso. No Dia dos Namorados, a Rocha dos Namorados é bastante procurada, não apenas por solteiros, mas também por mulheres e homens casados.
Cantarinha dos Namorados
Em Guimarães, existe a “cantarinha dos namorados”, feita em argila pelas mãos dos oleiros. De acordo com a tradição, quando um rapaz pretendia realizar o pedido de casamento oficial, oferecia primeiro à sua namorada uma cantarinha, moldada em barro. No caso de existir uma recusa, o pretendente recebia a oferta de volta ou a cantarinha era partida e desfeita.
Ora, se a cantarinha fosse aceite, o rapaz sabia que o casamento dependeria da vontade dos pais da namorada. Depois, a estes, o rapaz oferecia peças em ouro. A cantarinha servia também para guardar as prendas que o rapaz e os pais da noiva ofereciam ao longo do noivado.
As cantarinhas são mais procuradas no Dia de São Valentim, mas já não têm a mesma importância no desenvolvimento de uma relação. Ainda hoje são oferecidas, mas distinguem-se pelo seu simbolismo. Elas agora servem como guardiãs de histórias de amor.
Lenços dos Namorados
A localidade associada aos tradicionais Lenços dos Namorados é Viana do Castelo, mas pode encontrar Lenços dos Namorados (ou Lenços Marcados, Lenços Bordados ou Lenços de Amor) por todo o Minho, nomeadamente em Vila Verde, Telões, Guimarães e Aboim da Nóbrega.
Nestes locais, a Arte dos Namorados revela-se um elemento da arte e da cultura popular.
Os lenços dos namorados eram apresentados pelas mulheres do Minho que se encontravam em idade de casar. Uma forma poética e artística de dar a conhecer aos outros o seu interesse em encontrar alguém.
Esta peça singular tem pormenores caraterísticos. Eram bordados por bordadeiras que, naturalmente, tinham pouca alfabetização. Assim, os pormenores ortográficos apresentavam uma linguagem popular. O lenço era bordado nas noites de serão, sendo aproveitados os momentos livres para esse efeito.
No lenço, que consistia num quadrado de linho ou de algodão, eram expressos os sentimentos que estavam guardados no seu coração. Os lenços bordados eram usados pelas raparigas apaixonadas, ao domingo, na saia ou no bolso do avental. Contudo, mais tarde, cada rapariga oferecia o lenço como compromisso de amor, destinando-o apenas ao rapaz que amava.
O rapaz depois usava o lenço ao pescoço ou no bolso do casaco do fato de domingo. Atualmente, há uma procura maior por estes lenços no Dia de São Valentim, sendo uma prenda comum dada pelos mais românticos.
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