Portugal tem uma longa história que se prolonga há 9 séculos. Conheça um episódio curioso: D. Isabel I de Castela, a rainha que era neta e bisneta do mesmo rei.
Na História de Portugal, foram vários os Reis que governaram o nosso país. Ao longo de quase nove séculos, foram mais de trinta reis, distribuídos por 4 dinastias. Naturalmente, os reis foram determinantes na construção do país.
Muitos foram protagonistas de feitos memoráveis; outros foram mais discretos nos seus feitos. Uns reis sonharam e construíram feitos megalómanos; outros revelaram ser cruéis e destruíram as vidas e os sonhos de muitos.
Certo é que existem sobre todos diversas curiosidades que merecem ser mais conhecidas; episódios irresistíveis. Há de tudo um pouco, desde curiosidades imperdíveis, a preciosidades incríveis, polémicas inacreditáveis, escândalos de envergonhar, momentos que iremos recordar. A vida dos reis de Portugal (ou outros) foi sempre marcante, pois eles sempre fascinaram. É como se tivessem vivido num mundo distinto dos seus contemporâneos.
Contudo, há diversos acontecimentos que comprovam que os reis não são deuses, cometendo erros que são comuns a qualquer outra pessoa. Os reis e as rainhas são pessoas comuns, de carne e osso, que revelam ter virtudes e defeitos como qualquer um de nós. Os reis e as rainhas têm sonhos e, por vezes, os seus sonhos são desfeitos. Os reis e as rainhas amaram, mas por vezes não foram correspondidos. Os reis e as rainhas traíram e, por vezes, foram traídos.
O NCultura tem dado o devido destaque a momentos insólitos, a episódios que, embora não engrandeçam a história de Portugal, têm interesse. Não são momentos que tenham espaço para serem contados nas escolas, mas alimentam a nossa curiosidade. No presente artigo, iremos destinar a nossa atenção à Rainha Isabel de Castela. Quer saber mais?
D. Isabel I de Castela, a rainha que era neta e bisneta do mesmo rei
A Rainha Isabel de Castela
Isabel, a Católica, é uma personalidade intimamente ligada à história de Portugal e de Espanha, num contexto de grande relevância para a Península Ibérica. Uma das grandes personalidades da história foi a Rainha D. Isabel I de Castela.
Os seus feitos tornam esta tese verdadeira. Foi uma personalidade que não deixou ninguém indiferente e ainda hoje é alvo de diversos estudos. O seu carisma continua a despertar paixões até aos nossos dias, sendo avaliada pelos seus feitos e controvérsias.
Personalidade
A Rainha Isabel de Castela demonstrou ser uma mulher de personalidade forte, bem vincada, com virtudes pessoais indiscutíveis. O seu sentido de autoridade era indiscutível, sempre estruturado por uma religiosidade sincera, até contagiosa. Não é de estranhar que a Rainha Isabel tenha ficado com o cognome de a Católica.
Na história peninsular, seguramente que houve particular importância no seu reinado, pois a Rainha Isabel de Castela foi responsável pelo lançamento dos fundamentos da Espanha moderna.
A Rainha Isabel de Castela fortaleceu o Estado, promoveu ainda a união dos reinos de Castela e de Aragão e contribuiu para o lançamento da Espanha na expansão ultramarina, estando na origem da descoberta da América. Por tudo isto e muito mais, a Rainha Isabel de Castela deixou uma marca indelével na história da Península Ibérica e, consequentemente, no mundo.
A rainha que era neta e bisneta do mesmo rei
A árvore genealógica da Rainha Isabel de Castela é intrincada e curiosa.
Isabel de Portugal ou Isabel de Avis nasceu em 1428, em Arévalo, tendo falecido no dia 15 de agosto de 1496. Foi infanta de Portugal e foi neta e bisneta do mesmo rei…
O avô
D. João, Mestre de Avis (1357-1433), era avô de Isabel de Portugal ou de Isabel de Avis. D. João, Mestre de Avis, casou com a inglesa Filipa de Lencastre. João, Infante de Portugal, foi um dos nove filhos de D. João, Mestre de Avis. João, Infante de Portugal, cresceu e, mais tarde, veio a casar com Isabel de Barcelos.
Ora, Isabel de Portugal foi um dos quatro filhos do casal. Isabel de Barcelos era mãe de Isabel de Portugal e João, Infante de Portugal, era o seu pai. Assim, Isabel de Portugal era neta legítima de D. João, Mestre de Avis (1357-1433), do Rei D. João I, por via do seu pai, João, Infante de Portugal.
O bisavô
D. João, Mestre de Avis (1357-1433), era seu bisavô. Isabel de Portugal, além de neta, também era bisneta bastarda do Rei D. João I. O rei não foi exemplar na sua vida amorosa, colecionou várias amantes e com parte delas teve filhos ilegítimos. O envolvimento que teve com Inês Pires Esteves deu frutos, nomeadamente um rapaz que foi batizado de Afonso.
Afonso, 1º duque de Bragança, era assim filho ilegítimo de D. João I de Portugal, fruto do relacionamento do Rei com Inês Pires Esteves. Este cresceu e teve uma filha (com a esposa Beatriz Pereira de Alvim), chamada Isabel de Barcelos. Ora, esta filha, que já aqui foi mencionada (recorda-se?), é a mulher que casou com João, Infante de Portugal (filho de D. João, Mestre de Avis ou do Rei D. João I). Isabel de Barcelos era mãe daquela que se tornou na Rainha Isabel.
Conclusão
Isabel de Portugal era neta e bisneta do mesmo rei. Ela era neta do rei D. João I, pois o seu pai João, Infante de Portugal, era filho do rei (D. João, Mestre de Avis). Isabel de Portugal era também bisneta, pois o seu avô materno era Afonso, que era filho de D. João I (D. João, Mestre de Avis).
Legado
Isabel de Portugal foi neta e bisneta de D. João I e casou com João II de Castela e Leão.
Ela tornou-se Rainha de Castela e Leão, tendo sido a segunda esposa de João II de Castela.
Ela marcou a história da Península Ibérica, deixando um legado importante em ambos os países.
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É de facto interessante, no entanto a D. Isabel que era neta e bisneta de D. João I era Mãe de Isabel, a Católica e não a própria como aqui é ilustrado…
Isabel a Católica seria sim, bisneta e trineta de D. João I, Mestre de Avis.
Assinado.
O Ncultura que sigo e agradeço a sua existência, está a confundir Isabel de Barcelos com a sua filha que nasceu em Arévalo e que, quanto a mim, seria conveniente chamá-la de; Isabel Católica.
A Isabel de Barcelos (que veio a casar com D.João II de Castela) era neta de D. Nuno Álvares Pereira.
O Condestável e o nosso D. João I eram compadres porque, o Filho natural (e não ilegítimo) do Mestre de Avis, D. Afonso, casou com BEATRIZ filha de D. Nuno Alvares Pereira. (começou com este casamento a famosa Casa de Bragança)
Deste Casamento nasceu Isabel de Barcelos que casou com D. João filho de D. João I e de Dª. Filipa de Lencastre. ( convém realçar que D. João era tio, pelo lado do meio irmão Afonso, da Isabel de Barcelos.)
Deste casamento (tio e sobrinha) nasceu Isabel e esta por sua vez, casou com D. João II de Castela e, deste
casamento, nasceram dois filhos, D. Juan e Isabel que veio a ser conhecida como; Isabel a Católica.
O problema é haver ISABEIS a mais, por conseguinte, convém saber quem é quem. Isabel Católica é filha de Isabel e neta de outra Isabel!!!
Já agora, termino esta árvore genealógica concluindo que Isabel Católica, era bisneta e trineta de D.João I e, ao mesmo tempo, TRINETA de D. Nuno Alvares Pereira. Vejam só o sangue que lhe corria nas veias!!!
Gosto muito de estoria, e, descrita como esta e ainda mais. Bem ha am e continuem.
de donde vieram os apelidos Nobre para Vide e Barriosa de Beira Alta conselho de Seia Distrito da Guarda.
Obrigada por partilharem estes factos. Maravilha. Por favor, continuem.