Uma perspetiva intrigante sobre um dos momentos mais marcantes da história! Será que Cristóvão Colombo não descobriu a América? Cristóvão Colombo é uma personalidade histórica que é conhecida em todo o mundo. Ao longo de vários séculos, era dado como um facto histórico que Cristóvão Colombo era o homem que descobriu a América.
No entanto, segundo alguns estudos, o que foi algo tido como verdadeiro e inquestionável passou a ser questionado. Há zonas de sombra que permitem deixar em aberto outra possibilidade. Será que este navegador ficou com os louros da descoberta da América sem o merecer? Há quem defenda que sim…
Provavelmente, Cristóvão Colombo não descobriu a América
A palavra provavelmente está frequentemente ligada a Cristóvão Colombo. Muito do que tem sido escrito sobre esta personalidade histórica tende a ser acompanhada por este termo, cuidadosamente aplicado, dadas as diversas incertezas que a figura encerra.
Colombo terá nascido em Génova, embora tenha havido vários historiadores a defender outras teses. Supostamente, terá tido bom berço, com uma família de classe média.
Segundo se consta, Cristóvão Colombo apresentou um conjunto vasto de conhecimentos, tendo demonstrado domínio em áreas como astronomia, álgebra, geografia, cosmologia e navegação. Contudo, será improvável que esta personalidade tenha estudado latim ou gramática.
Cristóvão Colombo revela-se uma personalidade bastante intrigante. A sua história é enigmática. Há vários momentos misteriosos da sua existência que não permitem dominar com rigor o seu percurso. Por isso, esta figura continua a gerar grande curiosidade entre historiadores.
Teses sobre a vida de Colombo
O percurso de vida deste navegador é fascinante. Sobre ele se diz que trouxe o Novo Mundo ao mundo. No entanto, apesar da fama como o homem que descobriu a América, ele não terá sido o primeiro não americano a pisar o solo americano.
Provavelmente, antes dele, outros povos fizeram-no. Alguns historiadores defendem que antes de Cristóvão Colombo, nas praias além-mar deste continente, terão atracado os barcos de vikings, chineses, turcos e romanos.
A última pista deixada por Cristóvão Colombo consiste num documento que se encontra datado de 7 de agosto de 1473. Posteriormente, há um abismo temporal que os historiadores não conseguem explicar. Lourdes Díaz-Trechuelo é uma historiadora que defende que esses tempos terão sido vividos na concretização de aventuras secretas. A autora do livro “Cristóvão Colombo: o primeiro almirante do mar oceânico” acredita que esse tempo se destinou à realização de experiências que o navegador optou por manter em segredo.
Sobre Cristóvão Colombo sabe-se que chegou a servir Renato de Anjou, então pretendente ao trono de Nápoles, quando estava sob o controlo de Aragão. Além disso, o navegador também serviu a coroa portuguesa. Ao serviço de Portugal, Cristóvão Colombo navegou nas águas atlânticas.
Paolo Taviani, historiador e autor do livro “Génese de um descobrimento” defende que Cristóvão Colombo viveu várias aventuras nesta missão: “Foi no Atlântico, nas suas ilhas e nas suas costas, que Colombo concebeu a ideia de procurar o Levante pelo Poente”.
As viagens de Colombo
As navegações de Cristóvão Colombo terão sido apoiadas pelas cartas do sogro, que era um português chamado Bartolomeu Perestrelo. Provavelmente, o navegador italiano esteve em contacto direto com marinheiros que já conheciam os chamados “limites do mundo”.
Cristóvão Colombo avistou diversas ilhas durante a sua grande viagem. Algumas encontravam-se em locais onde supostamente não havia nada. Por isso, a sua experiência contrariava os relatos feitos por marinheiros que diziam ter navegado por aqueles mares anteriormente, encontrando os limites do mundo.
Os marinheiros disseram ao navegador italiano que viram árvores erguidas por mãos humanas e que encontraram cadáveres nos mares a poente.
A figura de Toscanelli
No nosso país, Cristóvão Colombo chegou a contactar Paolo del Pozzo Toscanelli. Tratava-se de uma personalidade interessante, sendo médico e amante de cosmografia. O objetivo desse contacto era perceber como se podia estabelecer uma rota comercial para o oriente, um plano que terá sido interrompido após a tomada da Constantinopla, ocorrida em 1453.
Toscanelli terá proposto uma navegação até ao oeste da Europa e nunca imaginou que antes de chegar à costa oriental se podia encontrar um novo continente. Desconhecendo esta informação, o italiano tirou medidas erradas, tendo por base o grau terrestre dado por Ptolomeu.
No entanto, Cristóvão Colombo elaborou um projeto certeiro, porque sabia dos desvios nos cálculos. O navegador italiano apresentou primeiro o seu plano à corte portuguesa e, dada a resposta negativa, fez o mesmo à corte espanhola posteriormente.
O que saberia, afinal, Colombo?
É complicado saber muito mais do que estas informações. Não é sequer possível situar o navegador italiano em expedições anteriores aos Descobrimentos. No entanto, sobre Cristóvão Colombo há histórias que fazem com que alguns historiadores defendam que o navegador italiano já conhecia a existência da América, antes de o oficializar.
Segundo reza a lenda, Gonzalo Fernández de Oviedo encontrava-se numa viagem realizada numa caravela que seguia num percurso entre Espanha e Inglaterra Foi nesse trajeto, quando os ventos os obrigaram a “correr até poente”, que reconheceu “uma ou mais ilhas destas partes e da Índia”.
A viagem de regresso foi cheia de peripécias. Boa parte da tripulação que fez o trajeto morreu. Poucas pessoas que viajaram chegaram a Portugal. Somente Alonso Sánchez de Huelva e quatro marinheiros.
Ora, Cristóvão Colombo era amigo íntimo do piloto. Visitou-o quando este ficou por casa, onde se encontrou até morrer. Contudo, o navegador ficou a conhecer informações relevantes da viagem realizada. O amigo entregou-lhe uma carta de marear onde assinalava as terras encontradas.
Há ainda mais elementos que ajudam a apoiar a tese de que quando Colombo se encontrou pelas Américas, este não era território virgem. Bartolomeu das Casas menciona a terra nas suas descrições, tendo defendido que os indígenas de Cuba recordavam-se de “outros homens brancos e com barba antes de nós há muitos anos”.
Segundo Bartolomeu das Casas, a segurança na navegação de Cristóvão Colombo fazia crer que o navegador italiano já sabia das terras que diz ter encontrado. Assim, o homem que ficou conhecido como o descobridor da América sabia mais do que parecia…
Embora não se possa provar esta teoria com dados científicos, será bastante provável que seja falso que Cristóvão Colombo tenha sido o primeiro a descobrir a América. Ele teve a sorte de ter amigos que sabiam de informações privilegiadas, deixando que o navegador italiano tenha ficado com os louros de uma descoberta que não foi verdadeiramente sua!
Sou divorcido, ainda sonho com um grande Amor!…