A ausência de Cristiano Ronaldo no funeral de Diogo Jota gerou uma onda de choque nas redes sociais e deixou o país dividido. Terá sido uma decisão sensata, motivada por questões privadas e estratégicas? Ou um erro de empatia e humanidade, difícil de justificar vindo de uma das figuras mais influentes do desporto mundial?
Num momento de dor profunda para o futebol português, a ausência do capitão tornou-se tema de debate aceso. Ronaldo, símbolo de união e força da seleção, não esteve ao lado da família de Jota nem dos colegas que choravam a perda. E isso, para muitos, diz tudo.
O peso de uma ausência que se faz notar
Cristiano Ronaldo é mais do que um jogador. É um símbolo. Um líder. Uma figura que representa milhões e que tem, com isso, uma responsabilidade que vai muito além das quatro linhas.
Ao faltar ao funeral de Diogo Jota — que faleceu inesperadamente, num momento em que o país ainda tentava compreender o choque —, Ronaldo não faltou apenas a uma cerimónia. Faltou à dor. Faltou ao luto coletivo. Faltou à emoção de uma despedida que, para muitos, exigia a sua presença.
Motivos pessoais ou gestão de imagem?
Não é claro por que razão Ronaldo optou por não marcar presença. A sua equipa não emitiu qualquer comunicado oficial. Fala-se em compromissos previamente agendados, em questões logísticas, até em possíveis recomendações de assessores. Mas para a opinião pública, essa justificação nunca chegou. E quando o silêncio se instala, a dúvida ganha força: foi uma decisão racional e fria… ou uma desconexão emocional?
Uma decisão estratégica… mas humana?
Num mundo em que cada passo de uma figura pública é milimetricamente estudado, a ausência de Ronaldo pode até ter sido estrategicamente pensada: evitar o foco mediático num momento íntimo, proteger a família de Jota do circo mediático que a sua presença inevitavelmente criaria.
Mas será que o silêncio compensa o simbolismo do abraço? Será que a ausência protege mais do que a empatia visível?
Os adeptos divididos: compreensão ou desilusão
Nas redes sociais, os comentários dividem-se entre quem defende Ronaldo com unhas e dentes e quem se sente profundamente desiludido.
“Talvez ele tenha preferido apoiar em privado. Nem tudo precisa de ser público.”
— diz um fã no X (antigo Twitter).
“Não há desculpa. Era o mínimo que podia fazer. Era o seu colega, o seu compatriota.”
— responde outro, indignado.

O que é certo é que o impacto da sua ausência foi sentido — não só pelos adeptos, mas também por alguns ex-jogadores e comentadores, que lamentaram publicamente o que consideraram ser uma falta de sensibilidade do capitão.
O silêncio que grita mais do que palavras
Quando uma figura como Cristiano Ronaldo falta a um momento como este, o silêncio não passa despercebido. Ele transforma-se em notícia, em debate, em ferida.
Num país onde o futebol une famílias, bairros e gerações, a morte de um jogador querido como Diogo Jota representa mais do que uma perda desportiva. É uma perda emocional. Uma dor que pede presença. Que pede solidariedade. Que pede rostos conhecidos no meio das lágrimas.
Será que a ausência mancha a imagem de CR7?
Cristiano Ronaldo construiu uma carreira inigualável com base em talento, esforço e disciplina. Mas também em gestos de proximidade, em momentos de emoção partilhada com adeptos, com colegas, com famílias.
Por isso, esta ausência tem peso. Não pelo impacto desportivo — mas pelo impacto emocional e simbólico.
Num tempo em que as figuras públicas são cada vez mais cobradas por coerência e empatia, a ausência no funeral de Jota deixou uma pergunta no ar: onde está o coração por trás do atleta?
Conclusão: uma decisão difícil de compreender
Terá sido inteligente? Talvez.
Terá sido humano? Muitos acham que não.
Terá sido evitável? Possivelmente.
Terá sido perdoável? O tempo o dirá.
O que é certo é que Diogo Jota merecia todas as homenagens. E os portugueses, que choraram com ele os golos da Seleção Nacional, esperavam ver, naquele momento de despedida, os nomes que o acompanharam em vida — especialmente aquele que tantas vezes liderou os momentos de glória: Cristiano Ronaldo.
Stock images by Depositphotos