Conímbriga é um dos sítios arqueológicos mais importantes de Portugal. Saiba o que pode esperar das ruínas da cidade e do seu Museu Monográfico. Conímbriga, classificada Monumento Nacional por decreto de 1910, situa-se na freguesia de Condeixa-a-Velha. Para além das ruínas da cidade, pode visitar o Museu Monográfico de Conímbriga. Anualmente, são 100 mil as pessoas que visitam esta autêntica maravilha arqueológica de Portugal.
Conímbriga: um dos mais valiosos tesouros arqueológicos de Portugal para descobrir já
Vídeo de: Eduardo Barragán
As ruínas da cidade
Os primeiros contactos com o que veio a ser conhecido por ruínas de Conímbriga começaram no século XVI, mas só no século XIX, mais especificamente em 1898, começaram as primeiras escavações.
As ruínas revelam um património arqueológico inigualável. Abertas ao público desde 1930, elas revelam os vestígios deixados pelos romanos em Portugal e muito do que foi a vida deles. Apenas 20% de uma vasta área está a descoberto. A maior parte da cidade, de grandes dimensões, permanece por escavar.
Porém, o que já foi posto a descoberto testemunha parte do que a cidade terá sido. Entre as evidências arqueológicas encontradas, é possível ficar a saber muito sobre os hábitos de vida e acontecimentos de épocas passadas.
Por exemplo, foi encontrado um conjunto de edifícios extremamente valioso e complexo, diversos e reveladores mosaicos polícromos e artefactos que também contribuíram para o acumular de dados compilados sobre este período histórico.
O conhecimento obtido com as escavações permite chegar a diversas conclusões sobre o fórum, os templos, as casas nobres, as termas, o sistema de distribuição da água, um aqueduto – que percorre mais de 3.400 metros desde a sua fonte -, e restantes edifícios de relevo desta cidade romana.
O conhecimento obtido a partir das evidências encontradas permitiu que os arqueólogos tirassem algumas conclusões:
- Conímbriga terá sido habitada entre, pelo menos, os séculos IX a.C. e VII-VIII d.C;
- A cidade teve origem num castro celta da tribo dos Conii, ainda na fase derradeira da Idade do Ferro.
A romanização de Conímbriga acontece na segunda metade do século I a.C., com a chegada dos romanos. Conímbriga prosperou e conheceu o seu esplendor num momento em que foram construídas termas públicas e um Fórum.
No entanto, esse fulgor foi interrompido pelas invasões bárbaras. Um assalto à cidade, realizado pelos suevos decorria o ano de 468, levou ao declínio de Conímbriga, que ficou deserta, pois os habitantes que restaram fugiram, tendo-se deslocado para Condeixa-a-Velha.
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Museu Monográfico de Conímbriga
Fundado em 1962, este Museu tutela as ruínas da cidade romana e nele podem encontrar-se os achados revelados pelas escavações arqueológicas. São diversos os artefactos encontrados nas escavações e que estão expostos no Museu Monográfico de Conímbriga.
Este espaço é constituído por quatro salas, onde pode encontrar todas as evidências e artefactos encontrados nas descobertas arqueológicas e algumas das conclusões a que esses artefactos permitiram chegar.
- Na primeira sala, o foco é a divulgação dos aspetos da vida quotidiana;
- Na segunda sala, o Museu dedica a sua atenção ao Fórum. O destaque vai, naturalmente, para a maqueta presente no centro que retrata, numa escala 1/50, o santuário de culto imperial que foi construído durante o último quartel do século I;
- A terceira sala centra as suas atenções no ambiente elegante e requintado em que “viviam” as esculturas, mosaicos e fragmentos de estuques e frescos, que retratam os lares das famílias abastadas;
- Na quarta sala, são exibidos alguns objetos religiosos (de origem pagã e cristã), reveladores de superstições e do culto aos mortos por parte dos habitantes de Conímbriga.
Nota: É possível usar câmaras de filmar e máquinas fotográficas nas ruínas. No entanto, no museu, é proibido o uso de flash ou de outro tipo de iluminação artificial. O uso de tripé também não é permitido.
Mais informações, aqui.
Horário
Segunda a domingo, das 10h às 19h.
Encerra nos dias 01.01, domingo de Páscoa, 01.05 e 25.12.
Preço: 4,5€ (bilhete normal)
Escrito e vídeos muito interessantes e úteis. Partilhei para que os meus alunos da Faculdade tivessem acesso
Muito obrigado