Uma jornada através de algumas das criações mais icónicas da humanidade. Conheça as dez obras de arte mais famosas do mundo.
Mergulhámos hoje no mundo dos artistas, da sua arte e na repercussão que tiveram no mundo. Iremos conhecer e entender o contexto e o impacto que estas obras de arte tiveram no nosso planeta e apresentamos o top 10 das obras de arte que atingiram uma fama e um patamar tão alto que a sua arte atingiu valor de milhares e até mesmo de milhões de euros, pelo que os melhores museus desejam acolher e expor estas obras.
Mas poucas atingem a fama necessária para serem consideradas emblemáticas como este top 10 que lhe apresentamos em seguida, onde pode encontrar algumas curiosidades e detalhes sobre estas magníficas obras de arte.
As 10 obras de arte mais famosas do mundo
10. O Beijo (Gustav Klimt)
Gustav Klimt (1862 – 1918) foi um pintor simbolista austríaco. A sua obra, intitulada “O Beijo” ou “Der Kuss” no original, na língua alemã, é considerada umas das obras de arte mais icónicas do século XX, tendo sido pintada entre os anos de 1907 e 1908.
A pintura apresenta um casal abraçado num jardim florido e envolvido num manto dourado. A inspiração para este quadro foi baseada no próprio artista e na sua amante Emilie. É essencialmente uma pintura a óleo em que o artista adicionou folhas de ouro, prata e platina.
A obra foi exibida em 1908 com o título de Liebespaar (Os Amantes, em alemão). “O Beijo” constitui o auge do período dourado e tornou-se num símbolo do seu estilo distinto, chamado “Secessão de Viena”.
Atualmente, esta pintura está exposta no Palácio Belvedere, em Viena, e é considerada a obra-prima da Secessão de Viena (variante local da Art Nouveau)
9. A Menina com Brinco de Pérola (Johannes Vermeer)
Johannes Vermeer (1632 – 1675) foi um pintor dos Países Baixos, também conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.
“A Menina com Brinco de Pérola” ou “Meisje met de parel” em neerlandês é uma famosa e intrigante pintura, criada por volta de 1665 e, não raras vezes, esta pintura é comparada a “Mona Lisa” (Leonardo da Vinci), sendo frequentemente apelidada de “Mona Lisa do Norte”, apesar de todas as diferenças de estilo.
Esta obra não é sequer considerada um retrato, mas sim um “tronie” – palavra dos Países Baixos, que a partir do século XVII este estilo constituiu como uma corrente artística que explorava aspetos da fisionomia humana, da expressividade das emoções de uma figura, muitas das vezes imaginária, com feições exageradas.
Esta obra-prima pintada a óleo sobre tela, com um fundo escuro, apresenta uma rapariga com um turbante azul e dourado e com um grande brinco de pérola. Esta obra está atualmente exposta no Museu Mauritshuis, em Haia, nos Países Baixos, onde é vista e visitada por cerca de 200 mil pessoas anualmente.
8. A Escola de Atenas (Rafael)
Rafael Sanzio (1483 – 1520), frequentemente referido apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença, durante o Renascimento italiano. O fresco pintado por Rafael entre 1509 e 1510, sob encomenda do Vaticano, é uma das mais famosas pinturas do renascentista italiano e representa a Academia de Atenas.
“A Escola de Atenas” (“Scuola di Atene”, no original) representa grandes filósofos como Platão, Aristóteles, entre outros, da Grécia antiga, sob um ambiente arquitetónico deslumbrante. A sua composição harmoniosa, bem como cada detalhe individual de cada figura, fazem com que este fresco de grande escala seja considerado como a obra-prima de Rafael e a personificação perfeita do espírito Renascentista.
“A Escola de Atenas” encontra-se no Palácio Apostólico, no Vaticano, e ocupa uma das paredes do que era a biblioteca e escritório do Papa Júlio II.
7. A Criação de Adão (Michelangelo)
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475 – 1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo ou Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta, anatomista e arquiteto italiano.
“A Criação de Adão”, um dos frescos ou talvez o fresco mais conhecido da Capela Sistina, encomendado pelo Papa Júlio II, foi criado e pintado pelo artista em cerca de 4 anos, entre 1508 e 1512.
Este famoso trabalho cobre uma secção do teto da capela e retrata a cena bíblica em que Deus cria o primeiro homem, Adão, e que nos mostra ambos com os braços estendidos e os seus dedos quase a tocarem-se, fazendo desta cena uma das imagens mais icónicas e mais replicadas da História da arte.
6. O Grito (Edvard Munch)
Edvard Munch (1863 – 1944) foi um pintor norueguês, um dos precursores do impressionismo e do expressionismo. A sua obra mais famosa é “O grito” ou “Skriket”, na língua original.
Esta é reconhecidamente umas das obras mais emblemáticas na história da arte, em que o seu plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo, durante o pôr do sol, de onde sobressai uma figura distorcida numa ponte que grita em angústia e desespero. Diz-se que para esta obra o artista se inspirou nas suas deceções amorosas e até nas suas falsas amizades.
“O Grito” é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista e está atualmente exposto no Museu Munch, em Oslo.
5. Guernica (Pablo Picasso)
Pablo Ruiz Picasso (1881- 1973) foi um pintor, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo espanhol, conhecido também como cofundador do cubismo ao lado de Georges Braque.
“Guernica”, é uma das obras mais famosas de Picasso. Pintada a óleo em 1937, ela retrata o bombardeamento da cidade de Guernica, durante a Guerra Civil espanhola. Esta pintura em estilo cubista tem ainda em si implícita uma mensagem de resistência contra o autoritarismo.
Atualmente, esta obra está exposta no Museu Rainha Sofia, em Madrid, fazendo-nos lembrar do impacto que a crueldade da guerra tem no sofrimento do ser humano.
4. A Persistência da Memória (Salvador Dalí)
Salvador Dalí (1904 – 1989) foi um importante pintor espanhol, conhecido pelo seu trabalho surrealista. “A Persistência da Memória” é uma das mais famosas pinturas surrealistas, mesmo sendo um quadro de pequenas dimensões, criado em 1931.
Diz-se que o pintor estava indisposto e preferiu ficar em casa do que ir ao cinema com a sua mulher e amigos. Durante esse tempo, o artista excêntrico espanhol criou esta obra em menos de 5 horas. Atualmente, é um dos quadros mais famosos da história da arte, onde nos apresenta uma paisagem desértica e distorcida com vários relógios derretidos, indicando-nos talvez a instabilidade da passagem das horas e do tempo.
Esta obra de arte, feita com a técnica de óleo sobre tela, está exposta no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, desde 1934.
3. A Noite Estrelada (Vincent van Gogh)
Vincent Willem van Gogh (1853 – 1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês. “A Noite Estrelada” é uma pintura de Vincent van Gogh datada de 1889. Atualmente, é considerada uma das mais famosas pinturas do artista neerlandês e uma das mais icónicas da arte ocidental.
A obra retrata a vista da janela de um quarto do hospício de Saint-Rémy-de-Provence, local em que o artista se internou voluntariamente, após a automutilação da sua orelha esquerda.
Van Gogh pintou este quadro enquanto estava internado neste mesmo hospício, onde a sua obra captura e retrata a paisagem do céu noturno e estrelado num estilo pós-impressionista, com a adição de um vilarejo idealizado pelo artista, talvez espelhando os seus sentimentos de angústia e de isolamento.
Desde 1941 que esta tela faz parte da coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
2. A Última Ceia (Leonardo da Vinci)
Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci (1452 – 1519), o génio italiano, foi um polímata que se destacou como artista, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta, músico e até como cozinheiro.
Leonardo da Vinci, sistematicamente descrito como a personificação do homem do Renascimento, criou “A Última Ceia” (em italiano, L’Ultima Cena e, também, Il Cenacolo).
Este fresco está localizado no refeitório da igreja de Santa Maria delle Grazie, em Milão, Itália. Esta magnifica obra foi criada entre 1495 e 1498. O mural foi pintado a têmpera e óleo sobre duas camadas de gesso aplicadas em estuque. A pintura tem sofrido ao longo dos anos, devido à sua técnica experimental e às várias restaurações ao longo dos séculos.
A cena representa a Última Ceia de Jesus com os seus Apóstolos e o preciso momento em que os informava que, entre os 12 apóstolos, um deles O iria trair, levando-O a ser detido e, mais tarde, crucificado.
1. Mona Lisa (Leonardo da Vinci)
Mais uma obra do inigualável génio de Da Vinci. Para muitos, o quadro mais famoso do planeta Terra, onde retrata o mais enigmático sorriso do mundo da arte. Claro que nos referimos a Mona Lisa, também conhecida como A Gioconda (em italiano, La Gioconda, “a sorridente”).
Este pequeno retrato (77 cm × 53 cm) foi pintado entre os anos de 1503 a 1506 e está entre as obras-primas mais estudadas na história de arte. Contudo, ainda hoje é debate entre os especialistas a identidade da mulher aqui retratada.
A fama desta obra de arte deve-se ao já referido sorriso e à técnica inovadora que Leonardo da Vinci desenvolveu e chamada “sfumato”. Esta técnica era usada para suavizar as diferentes tonalidades das cores, aumentando o realismo e a profundidade da obra, mas ficou atualmente famosa, porque em 1911 um antigo funcionário do Louvre, Vincenzo Peruggia, a roubou e escondeu por cerca de dois anos.
Este furto foi notícia global e ajudou a cimentar esta obra na cultura popular e atualmente tem um estatuto de ícone cultural, onde são inúmeras as suas reproduções em vários ramos da arte.
Em jeito de conclusão, esta lista das 10 obras de arte mais famosas do mundo que inspiraram, e continuam a inspirar artistas e a cativar milhares e milhares de pessoas de todas as idades ou origens, ajuda-nos a apreciar e a reconhecer o ímpar talento e criatividade destes mestres, a estimar as suas obras e a suas histórias, passando pelas diferentes técnicas e estilos usados por estes mestres da pintura, fazendo-nos viajar por este mundo mágico da história de arte.