Fique a conhecer os encantos de uma cidade alentejana verdadeiramente fantástica e com vinte séculos de histórias fascinantes!
Portugal é um país com muita riqueza. Existem diversos destinos portugueses que apresentam um património diversificado, com atrações que ajudam a contar a vasta história do nosso país.
No Alentejo, por exemplo, há uma cidade que tem tudo o que se necessita para assegurar uma escapadinha de sonho, memorável. Esta cidade pode não ser aquele tipo de cidade que salta imediatamente à cabeça, mal se pensa numa escapadinha. No entanto, a verdade é que esta cidade fica na memória, se a escolhermos para a nossa fuga aos problemas do quotidiano.
A cidade tem tudo o que procuramos, o que julgamos que precisamos e o que verdadeiramente necessitamos. Fique a conhecer os atributos de uma cidade alentejana verdadeiramente fantástica, Évora, que conta com uma história fascinante!
A cidade fascinante com vinte séculos de histórias no Alentejo
Localização
Évora encontra-se no coração do Alentejo. Esta cidade histórica herdou um património cultural muito rico e variado que foi construído e preservado ao longo do tempo. Évora tem uma longa história, com muitos séculos de existência.
Nas ruas de Évora, pode testemunhar-se a riqueza histórica da cidade. Este território conta com quase vinte séculos de história.
Beleza natural
Évora encontra-se presente no coração da planície alentejana, na confluência de três bacias hidrográficas importantes (são elas: Tejo, Guadiana e Sado). A cidade serviu como ponto de cruzamento milenar de vias e rotas comerciais. Estas vias ligavam, e ligam, o litoral ao interior peninsular, o Norte ao Sul.
Localização privilegiada
A posição geográfica privilegiada de Évora ajuda a explicar, pelo menos em parte, a importância que Évora adquiriu desde a Antiguidade. Esta cidade serviu como centro político e social de todas as civilizações que marcaram o atual território português.
Reconhecimento
Évora é uma cidade-museu, contando com elementos que contam a sua longa história. Por este território, passaram diversos povos, nomeadamente celtas, visigodos, romanos e muçulmanos.
Todos os povos deixaram marca. Além disso, após a consolidação das fronteiras com Castela, muitos reis e rainhas portugueses fixaram a sua corte neste território, particularmente na era das descobertas marítimas.
Atualmente, a cidade preserva o património histórico e artístico dessa época longa que beneficiou da permanência da corte.
O conjunto monumental desses tempos gloriosos foi um legado importante que permitiu a Évora destacar-se por apresentar várias atrações históricas que estão na base da classificação de Évora como Património Cultural da Humanidade, algo que acontece desde 1986.
Évora é um povoamento especial, uma cidade que se evidencia como contadora de histórias. As suas ruas apresentam um conjunto vasto de monumentos construídos ao longo de milhares de anos por várias civilizações que ali se encontraram num determinado momento histórico, algo que aconteceu desde a antiguidade.
História
Desde a Pré-História, que existem vestígios de ocupação humana no território que hoje é reconhecido como parte de Évora. Há vinte séculos de histórias neste território. Há gravuras rupestres e monumentos megalíticos importantes nesta cidade, nomeadamente a Anta do Zambujeiro e o Cromeleque dos Almendres.
Évora tem uma longa história. Foi fundada pelo povo romano (ou melhor, refundada). Para os celtas, esta cidade foi Ebora; para os romanos Liberalitias Julia. Na época, Évora foi chamada de Ebora Liberalitas Julia (em homenagem a Júlio César), que ficava num cruzamento de vias na província imperial da Lusitânia.
As cidades locais que se seguiram, como a árabe, a medieval e a moderna, foram construídas precisamente sobre a cidade romana. Desse tempo, o tecido urbano permanece pouco conhecido. No entanto, sabe-se que as muralhas romanas e as suas portas influenciaram a estrutura da cidade.
Évora esteve sob o domínio Visigodo na época das invasões bárbaras. Mais tarde, a cidade foi conquistada pelos muçulmanos (715). Os domínios visigótico e muçulmano permanecem, em boa parte, obscuros. A cidade manteve, no entanto, a sua importância como centro urbano da região.
No final do período islâmico, a cidade era grande e populosa. Este povo melhorou as fortificações. A cidade já possuía duas mesquitas, além de apresentar uma intensa atividade comercial e um terreno fértil, com produção agrícola diversificada.
Posteriormente, em 1165, a reconquista cristã levou a que esta cidade fosse integrada no reino independente de Portugal. Este momento proporcionou a oportunidade para o desenvolvimento da cidade, algo que se estendeu até ao século XVI.
Da época visigótica, a Torre de Sisebuto permanece como memória desse tempo. Dos muçulmanos, guardam-se memórias nos arruamentos labirínticos existentes na cidade, mas também nas ruínas do antigo Kasba. Os mouros foram posteriormente expulsos por um cavaleiro que é uma lenda.
Geraldo Sem Pavor foi uma personalidade. Ele conquistou e ofereceu Évora ao rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Em sua homenagem, teve direito a uma praça no coração da cidade. A cidade de Évora ficou integrada no reino de Portugal.
Esta cidade foi a praça-forte que durante a Reconquista cristã peninsular do século XII permitiu alicerçar a formação do novo reino de Portugal, no Além-Tejo.
A conquista de Évora em 1165 e a sua integração no reino português serviu assim como um ponto de viragem na história desta cidade. Évora passou a assumir a posição principal no centro urbano do sul de Portugal, tornando-se um importante centro religioso, político e militar.
O crescimento da cidade de Évora impôs a edificação de uma nova muralha no século XIV. Évora chegou a ser a segunda cidade do reino de Portugal, ficando logo depois de Lisboa, sob a Casa de Avis (1385-1580). No final do século XV, a população de Évora rondaria os 10.000 habitantes.
A época das grandes realizações arquitetónicas da cidade aconteceram no século XVI. Nessa altura, Évora viveu a idade de ouro. Nessa altura, reconstruiu-se o Convento de S. Francisco. Além disso, instalou-se o Paço Real na cidade.
Em Évora, também foi fundada a Universidade, várias igrejas e palácios. Houve outro momento importante, a construção do Aqueduto da Água de Prata. Esta construção alterou a imagem global da cidade e permitiu estruturar vários setores urbanos.
Geraldo sem Pavor
Geraldo Geraldes ficou conhecido como “O Sem Pavor” (ou Geraldo sem Pavor).
Ele tornou-se num nome importante na história de diversas aldeias e vilas portuguesas. Geraldo Sem Pavor ajudou a conquistar diversas povoações aos mouros no século XII.
Principais atrações
O Aqueduto da Água da Prata
A construção deste aqueduto iniciou-se em 1531. No entanto, só foi inaugurado em 1537, no reinado de D. João III. Este Aqueduto está integrado no conjunto classificado como Monumento Nacional pela UNESCO, desde 1910.
O Aqueduto da Água da Prata foi inscrito pelo World Monuments Fund (WMF) numa lista dos 50 monumentos de interesse mundial. A WMF é uma prestigiada organização internacional não-governamental que se dedica à monitorização e preservação do património cultural mundial.
Catedral de Évora
Esta igreja foi edificada nos séculos XIII e XIV. Este espaço religioso apresenta estilo românico e gótico. O templo revela diversos encantos. Entre os destaques da Sé Catedral de Évora, está a capela-mor do século XVIII (de estilo barroco), de Frederico Ludovici, importante arquiteto alemão.
A Catedral foi dedicada a Santa Maria, tendo sido construída sob o patrocínio real de D. Afonso III e do bispo D. Durando Pais. Este templo tem ainda um Museu de Arte Sacra.
Igreja e Convento de Santa Clara
Esta igreja revela-se um espaço com história, além de apresentar uma beleza incomum.
A Igreja de Santa Clara encanta de diferentes formas. O Convento foi fundado no século XV. No entanto, no século XVI, sofreu obras profundas.
Morada: Rua Serpa Pinto, nº 107, 7000-537 Évora
Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo
O primitivo Convento de Nª Srª do Carmo é bastante antigo, remonta ao ano de 1531. Esta construção está situada junto da Porta da Lagoa (exterior). O Convento de Nª Srª do Carmo primitivo foi destruído na Guerra da Restauração. Posteriormente, o convento foi construído.
Esta construção é de finais do século XVII. O Convento de Nª Srª do Carmo tem estilo barroco. Este espaço ocupa o antigo paço quinhentista dos Duques de Bragança.
Morada: Travessa das Peras, 7, 7000-647 Évora
Igreja e Convento dos Lóios
A primeira pedra do Convento dos Loios de Évora foi lançada no século XV, mais precisamente no ano de 1487. Esta construção foi realizada por iniciativa do primeiro Conde de Olivença, D. Rodrigo de Melo.
Este homem foi guarda-mor do rei D. Afonso V e ainda Governador de Tânger. Este monumento foi construído sobre o que restava de um castelo medieval que se encontrava no local.
O convento é uma construção com muita história, que permite apresentar-se como um testemunho arquitetónico excelente do que era o tardo-gótico alentejano.
Morada: Largo do Conde de Vila Flor, Évora, Portugal
Termas romanas
Estas termas são bastante antigas. As Termas romanas terão sido construídas entre os séculos II e III. A descoberta das Termas romanas de Évora remonta ao final de 1987.
A descoberta destas termas surgiu num momento em que ocorriam as escavações arqueológicas centradas na parte mais antiga do edifício da Câmara Municipal da cidade, no Largo do Sertório, mais precisamente.
Morada: Praça do Sertório, 7004-506 Évora
Templo romano
Esta construção do século I é um espaço de arquitetura religiosa romana que está presente na Acrópole, à cota máxima de 302m, que fazia parte do fórum. O Templo romano é de estilo coríntio e do tipo hexastilo-períptero. Este templo apresenta uma planta retangular (25x15m).
O Templo romano encontrava-se enquadrado por tanques. Por isso, criava um efeito de espelho de água raro. Acredita-se que este templo tenha sido dedicado ao culto imperial e não à deusa Diana.
No entanto, desde o século XVII que este templo é designado Templo de Diana, algo que se manteve até aos nossos dias.
Morada: Largo do Conde de Vila Flor, 7000-863 Évora
Cromeleque dos Almendres
Este local arqueológico apresenta várias estruturas megalíticas, nomeadamente: cromeleque, menir e pedras. O menir está implantado no topo da encosta. O cromeleque foi descoberto no ano 1964.
A descoberta foi realizada pelo investigador Henrique Leonor Pina. O cromeleque é de planta circular irregular, sendo composto por 95 monólitos graníticos.
Núcleo Interpretativo do Megalitismo
Este espaço é de entrada gratuita. O Núcleo Interpretativo do Megalitismo proporciona uma experiência distinta. O conjunto de monumentos megalíticos são excecionais.
No panorama megalítico da Península Ibérica, há monumentos que se destacam, como o recinto megalítico dos Almendres ou a Anta Grande do Zambujeiro. Ora, esta realidade permite colocar Évora entre as paisagens megalíticas europeias mais importantes.
Morada: Núcleo Interpretativo do Megalitismo de Évora, Convento dos Remédios, Av. S. Sebastião, Évora, Portugal
Contactos: +351 266 777 000 / [email protected]
Museu do Brinquedo de Évora
Este espaço revela-se uma excelente experiência. O Museu do Brinquedo será do agrado de miúdos e graúdos. Este espaço só é visitável mediante solicitação prévia. No Museu do Brinquedo, podemos conhecer ou recordar várias coleções de brinquedos, nomeadamente alguns brinquedos que marcaram os anos 40 e 50 do século XX.
É interessante comparar os brinquedos das crianças da atualidade com os brinquedos que eram muito estimados pelos respetivos pais ou avós. A entrada neste museu é livre!
Morada: Parque Infantil Almeida Margiochi (Jardim Público)
Horário: segunda-feira a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Fechado ao fim-de-semana.
Leia também:
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- 10 coisas incríveis que temos hoje graças aos romanos
- Um dos mais valiosos tesouros arqueológicos de Portugal
Informação Útil
Posto de Turismo
Morada: Praça do Giraldo, nº 73
Contactos: postodeturis[email protected] / +351 266 777 071
Horário de inverno: de 1 novembro a 31 março, das 9h-18h.
Horário de verão: de 1 de abril a 31 de outubro, das 9h às 19h. Aberto todos os dias*
* Exceto fins-de-semana e feriados, exceto o 25 de abril, 1 de maio, 25 de dezembro e 1 de janeiro.
Quer saber onde pode comer em Évora?
Reunimos alguns dos espaços onde pode saborear autênticas especialidades gastronómicas. Estes são restaurantes que colocam na mesa o melhor da gastronomia local.
Botequim da Mouraria
Morada: Rua da Mouraria 16A, 7000-585 Évora
Contactos: (+351) 266 746 775
Mais informações, aqui.
Taberna Típica
Morada: Rua do Inverno 18, 7000-599 Évora
Contactos: (+351) 266 707 530
Mais informações, aqui.
Restaurante O Templo
Morada: R. do Escrivão da Câmara 2B, 7000-524 Évora
Contactos: (+351) 927 217 635
Mais informações, aqui.
Restaurante Dona Laura
Morada: Rua dos Penedos 13 D, 7000-531 Évora
Contactos: (+351) 266 755 040
Mais informações, aqui.
Restaurante Vinho e Noz
Morada: Rua Ramalho Ortigão 12, 7005-592 Évora
Contactos: (+351) 266 747 310
Mais informações, aqui.
Quer saber onde pode dormir em Évora?
Eis algumas sugestões de qualidade:
Pousada Convento de Évora
Morada: Largo Conde Vila Flor, 7000-804 Évora
Saiba mais informações, aqui.
Évora Olive Hotel
Morada: Rua de Eborim 18, 7000-659 Évora
Saiba mais informações, aqui.
M’AR de AR Aqueduto
Morada: Rua Cândido Dos Reis, 72/78, 7000-582 Évora
Saiba mais informações, aqui.
Albergaria Do Calvário
Morada: Travessa Dos Lagares, 3, 7000-565 Évora
Saiba mais informações, aqui.
Convento do Espinheiro, Historic Hotel & Spa
Morada: Canaviais, 7005-839 Évora
Saiba mais informações, aqui.