Deixe-se encantar por uma casa magnífica, que conseguiu sobreviver ao devastador terramoto de 1755: a casa mais antiga de Lisboa!
A cidade de Lisboa tem uma história repleta de episódios relevantes. Contudo, o terramoto de 1755 será seguramente um dos acontecimentos históricos mais marcantes, pois, destruiu grande parte da capital. No entanto, há uma casa especial que revelou uma grande resistência.
Esta casa tem mais de cinco séculos de existência. Um edifício histórico que se manteve de pé no bairro da Alfama num momento em que o tremor devastou quase toda a cidade lisboeta.
A casa mais antiga de Lisboa tem mais de 500 anos e resistiu ao terramoto de 1775
O dia trágico
O dia 1 de novembro desse ano ficou para a história de Portugal como um dos dias mais tristes. O terramoto surgiu na manhã desse dia, (no feriado de Todos os Santos…) e a terra tremeu ao longo de vários minutos. O poder devastador da natureza fez-se sentir, inúmeros edifícios foram derrubados e milhares de pessoas ficaram soterradas.
A capital portuguesa ficou praticamente devastada e os danos eram visíveis por toda a cidade. Poucos minutos após o sismo ter ocorrido, os danos multiplicaram-se. A cidade de Lisboa foi inundada por um maremoto que varreu o Terreiro do Paço e ainda conseguiu subir chegando até algumas das partes mais altas da cidade. Este acontecimento esteve na origem da morte de milhares de pessoas.
Prolongamento
Após as ondas recuaram, seguiram-se os incêndios que surgiram um pouco por toda a cidade. Ao longo de 6 dias a cidade de Lisboa ardeu. A sequência destrutiva foi devastadora, mas os fogos que destruíram foram determinantes para a destruição de alguns dos edifícios mais icónicos da cidade que conseguiram resistir ao sismo e ao maremoto. O Teatro da Ópera, o Palácio Real e o Arquivo da Torre são alguns dos edifícios importantes da Baixa que ruíram.
Ciência
O terramoto que abalou nesse ano Lisboa foi devastador e há geólogos que defendem mesmo que se tratou de um dos maiores terramotos da história da humanidade. Segundo estudos recentes, o sismo terá atingido os nove graus na escala de Richter (que vai de 0 a 10).
Esta informação permite compreender melhor o profundo poder destrutivo deste terramoto. Na sequência deste terramoto terão morrido entre 12 mil e 15 mil pessoas. Estima-se que 10 mil prédios tenham ficado em destroços, o que levou à necessidade de uma reconstrução da cidade.
Reconstrução
Grande parte dos edifícios que resistiram ao terramoto foram sendo demolidos. Um procedimento que visou dar lugar a construções mais modernas. Uma estratégia que ir ao encontro do programa definido pelo Marquês de Pombal, que tinha programado uma Lisboa renovada.
As alterações ficaram bem visíveis e foram muito elogiadas. No entanto, surgiram algumas notáveis exceções. Na zona da Alfama estão presentes a maioria das casas que tinham sido construídas antes do terramoto e que se mantiveram de pé. Há uma casa especial neste bairro medieval que já foi uma judiaria e uma comunidade piscatória.
A casa especial
Este foi o terramoto mais destrutivo de que há registo em Portugal. Várias pessoas morreram e diversas construções ruíram. Os danos foram inúmeros por toda a cidade. No entanto, uma casa especial manteve-se intacta. A casa pode ser velha, mas não é nenhum trapo.
A resistência desta casa insólita comprova-se pela superação do terramoto de 1755. Esta é a casa mais antiga de Lisboa e conta com mais de 500 anos! Esta casa quinhentista de Lisboa que fica na Rua dos Cegos, junto à Rua de São Tomé é a casa mais antiga da capital. A casa apresenta uma arquitetura medieval. A casa encontrava-se rodeada de várias outras casas que vieram abaixo na década de 1940.
Justificação
Esta casa insólita tornou-se uma relíquia dos tempos anteriores à catástrofe de 1755. A casa especial sobreviveu às diversas adversidades que encontrou ao longo de 5 séculos, resistiu aos anos e ao terramoto. Os alicerces da casa quinhentista demonstraram ser bem sólidos, terão sido eles os responsáveis por mantê-la de pé ao longo deste tempo todo.