Entre os 7 exemplares de museus estranhos aqui apresentados, há um desaparecido. Conheça os 7 museus estranhos e desconhecidos de Lisboa.
Existem muitos museus na cidade de Lisboa. Antes de apresentarmos os exemplares mais insólitos, interessa-nos aprofundar o conceito de museu. O termo museu é nome masculino que significa estabelecimento público, onde estão reunidas e expostas coleções de objetos de arte, de ciência, entre outras áreas.
A palavra museu também significa grande coleção de objetos de arte ou de qualquer ciência. No sentido figurado, museu significa coleção de coisas várias. Em sentido antiquado, significa templo das Musas. O termo museu vem do grego mouseĩon, «museu», pelo latim museum-, «museu; biblioteca».
Há em Lisboa museus que são atrações obrigatórias da cidade, bastante populares. No entanto, há outros menos conhecidos e que são insólitos e surpreendentes.
7 museus estranhos e desconhecidos de Lisboa
- Museu de Dermatologia
- Casa Veva de Lima
- Casa dos Gessos
- Museu da Polícia Judiciária
- Museu Faraday
- Museu Miguel Bombarda
- In Memoriam: Museu de Cera de Lisboa (2000 – 2004)
1 – Museu de Dermatologia
A coleção deste museu é guardada no Salão Nobre do Hospital dos Capuchos. O realismo das peças torna-o bastante intrigante. Na verdade, o Museu da Dermatologia é considerado macabro para uns e fascinante para outros. Certo é que não deixa ninguém indiferente.
Existem mais de 250 máscaras de cera que permitem testemunhar os efeitos dermatológicos de uma série de doenças, nomeadamente da sífilis ou da tuberculose cutânea. Os moldes apresentados foram obtidos diretamente dos rostos (e não só) dos doentes. Por isso, apresenta um realismo chocante.
Este museu é frequentemente visitado por alunos de medicina, existindo um elevado valor didático nestas peças. Todas as figuras apresentadas foram encomendadas (nos anos 30 e 40 do século passado) à Sociedade das Belas Artes. Os cabelos, os pelos e as pestanas apresentados nas peças são naturais.
Informação útil
O espaço está aberto ao público às quartas-feiras, entre as 14h e as 17h.
Morada: Hospital de S. António dos Capuchos, Alameda de Santo António dos Capuchos, Lisboa, 1169-050.
Contatos: 21 351 4410
2 – Casa Veva de Lima
Esta é seguramente uma das casas mais fascinantes da capital portuguesa. Este palacete é tão belo e misteriosa que intriga. Nele viveu Genoveva da Lima Mayer (Veva de Lima). A escritora e socialite tornou-se famosa pelas suas festas, tertúlias e serões literários que eram muito populares nos anos 20 e 30.
Este palacete que se encontra nas Amoreiras tem um atrativo na decoração, que é exuberante, espalhafatoso e dramático. Esta casa foi usada como o Ramalhete numa adaptação d’Os Maias para o cinema. Veva de Lima chegou a ter como animal de estimação um leopardo bebé. Este palacete casa revela-se uma cápsula do tempo que apresenta uma coleção excêntrica.
Informação útil
Endereço: Rua Silva Carvalho, 238, Lisboa, 1250-096
Visitas apenas por marcação!
Contato: 21 386 4408
3 – Casa dos Gessos
Esta casa está situada no Campo de Santa Clara, junto ao Panteão Nacional. Neste museu, pode encontrar estátuas, que não são as estátuas comuns. No museu, é possível encontrar os moldes de gesso de onde saíram as suas versões definitivas das estátuas em bronze.
Assim, alguns moldes de algumas estátuas de Lisboa estão guardados na Casa dos Gessos, que pertence ao Museu Militar de Lisboa. No total, são 12 peças que fazem parte da história de Lisboa. Estas peças podem ser vistas em poucos metros quadrados. Por isso, facilmente se faz uma visita rápida.
Um dos exemplos de moldes mais imponentes está na famosa estátua de D. José, que tem cerca de seis metros. A versão em bronze desta estátua pode ser encontrada na Praça do Comércio. Há outros moldes de estátuas emblemáticas presentes na cidade.
Nesta casa, estão os moldes das estátuas do Dr. Sousa Martins (que se encontra no Campo dos Mártires da Pátria) ou a de Afonso de Albuquerque (que se encontra na Praça do Império, em Belém).
Informação útil
Morada: Campo de Santa Clara
A Casa dos Gessos encontra aberta para visitas:
Todas as quartas-feiras, das 10h às 13h.
Todas as quintas-feiras, das 14h às 17h.
A entrada é gratuita.
4 – Museu da Polícia Judiciária
Este museu está situado numa simpática quinta em Loures. A Escola da Polícia Judiciária, que se encontra na Quinta do Bom Sucesso, acolhe este museu. Neste espaço, pode encontrar um acervo de artigos impressionante. Estes artigos estão relacionados com o universo do crime, das armas, do dinheiro falso, das obras de arte forjadas e dos retratos de criminosos.
No museu, há seis mil objetos. Por exemplo, está presente a faca usada na tentativa de assassinato do Papa João Paulo II, no ano de 1982. Há ainda equipamento policial antigo e material apreendido ao longo dos anos. No museu, está ainda uma cela subterrânea que terá sido usada para raptos pelas FP25 (Forças Populares 25 de Abril).
Informação útil
Morada: Quinta do Bom Sucesso, R. Francisco José Purificação Chaves 9A, Loures, 2670-345.
O museu encontra-se aberto a todos, mas só visitável com marcação.
Contacto: 21 984 4200.
Horário: Seg-Sex 9.00-12.30 / 14.00-17.30.
5 – Museu Faraday
O museu herdou o apelido do inglês Michael Faraday. É uma homenagem a um dos maiores experimentalistas do século XIX. Foi cientista, físico e químico. Este museu é dedicado à eletrónica e à eletrotecnia.
O Museu Faraday está situado no Instituto Superior Técnico (mais precisamente no piso 3 do antigo Pavilhão de Eletricidade). No museu, destacam-se várias peças como um telefone de século XIX.
O primeiro transístor de potência que foi fabricado em Portugal é outra das atrações deste museu que conta com cerca de 600 objetos antigos. A “Sala do Futuro” deste museu exibe equipamentos inovadores, desenvolvidos no Instituto Superior Técnico.
Informação útil
As visitas necessitam de marcação prévia, mas são gratuitas.
Morada: Avenida Rovisco Pais 1, Antigo Pavilhão de Eletricidade, Instituto Superior Técnico.
6 – Museu Miguel Bombarda
Ainda é possível visitar as antigas instalações do primeiro hospital psiquiátrico do país, que já foi desativado há vários anos. Neste museu, é possível encontrar alguns trabalhos que já foram realizados por doentes que estiveram internados neste hospital psiquiátrico.
O Pavilhão de Segurança é um dos destaques deste museu, um espaço onde ficavam os doentes vindos das prisões. Este é um dos raros panóticos sem teto existentes no mundo, isto é, um edifício circular e vazio no centro, com a presença de uma torre que permite “ver sem ser visto”.
Outro destaque vai para o Balneário D. Maria II, espaço que foi construído com o propósito de dar banhos terapêuticos (frequentemente usados em psiquiatria). Ainda é possível destacar o Edifício Principal, que se encontra no antigo convento de Rilhafole (séc. XVIII).
Outro destaque vai para o gabinete, espaço onde Miguel Bombarda foi assassinado na véspera da Revolução Republicana. Neste museu, é possível ver milhares de fotografias. Há também material clínico e mobiliário hospitalar. O Museu Miguel Bombarda é a maior galeria de arte bruta do país, expondo os trabalhos criados no antigo hospital psiquiátrico.
Informação útil
Visitas guiadas (gratuitas):
Às quartas-feiras, entre as 11h30 e as 13h.
Ao sábado, das 14h às 18h.
Morada: Rua Dr. Almeida Amaral, 1 (Entre o Campo de Santana e a Rua Gomes Freire)
7 – In Memoriam: Museu de Cera de Lisboa (2000 – 2004)
Em todas as grandes cidades da Europa, é possível encontrar um museu de cera. Este museu já não pode ser visitado, pois já não existe. O Madame Tussauds português teve uma curta existência. Ele encontrava-se no Armazém 2 do Passeio Marítimo de Alcântara. Apresentava 180 estátuas de cera de celebridades.
No interior deste museu, era possível ver uma enorme lista de celebridades nacionais e estrangeiras. Havia alguns desportistas e até figuras históricas. No entanto, a falta de visitantes deste museu ditou o seu fim em 2004. As pessoas ficaram pouco deslumbradas com o museu devido à fraca qualidade das esculturas apresentadas.
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