Existem hábitos que são repetidos por muitos dos turistas que visitam a capital de Portugal. Saiba o que os turistas fazem em Lisboa!
Os turistas invadiram Portugal. O nosso país está na moda e isso é visível nas ruas, principalmente nas maiores cidades do país. Ora, Lisboa, como capital e cidade cosmopolita de eleição, acolhe regularmente um número assustador de turistas. Os turistas são provenientes de diversos pontos do planeta.
No entanto, independentemente da sua origem, há hábitos que são repetidos por muitos dos turistas que visitam a capital de Portugal. Fique a conhecer algumas ações comuns que a maioria dos visitantes de Lisboa tende a realizar.
22 coisas que os turistas fazem em Lisboa que os lisboetas deviam imitar
1 – Ir à Sala dos Gessos
A estátua de D. José I está presente no Terreiro do Paço. Contudo, pode ver o respetivo molde na Sala dos Gessos. Foi a partir do molde em gesso que está presente na Sala dos Gessos que foi feita a estátua do rei e o cavalo. Esta sala integra o Museu Militar.
A Sala dos Gessos tem diversos exemplares de moldes, além da obra de Joaquim Machado de Castro que se tornou mítica. Nesta sala, há ainda o molde das estátuas de Afonso de Albuquerque (presente na Praça do Império) e de Sousa Martins (a do Campo Mártires da Pátria). A Sala dos Gessos tem um total de 12 figuras expostas.
Quem desejar visitar a Sala dos Gessos, deve colocar na agenda a informação que esta só pode ser visitada de terça a sexta-feira (das 10h30 às 12h e das 14h30 às 16h), sendo necessário fazer uma marcação. A entrada neste espaço é gratuita.
2 – Comer pastéis de Belém
O ato de comer um pastel de Belém sabe melhor quando é feito em Belém. Embora muitos lisboetas também gostem de repetir o gesto, a maior parte das pessoas que fazem fila é estrangeira. Um hábito comum de todos os que visitam a cidade.
O pastel de Belém gerou tanta atenção quando foi criado que foi recriado um pouco por todo o país, como pastel de nata, embora esta criação seja bem diferente do produto original.
Os pastéis de Belém (e também os pastéis de nata) são considerados uma referência da doçaria portuguesa. Por isso, não é estranho que o Pastel de Belém tenha sido eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal, no ano de 2011. A curiosidade dos turistas não é alheia ao interesse internacional por este produto.
3 – Ouvir o fado
As casas de fado da cidade de Lisboa são uma referência para os turistas que visitam a capital portuguesa. O Clube de Fado é um porto seguro para quem quer ouvir boa música, enquanto escolhe uma refeição deliciosa na ementa.
Há diversas opções de qualidade, vários pratos de bacalhau, bife, polvo à lagareiro, entre outras iguarias que fazem parte da nossa comida tradicional. Rodrigo Costa Félix ou Maria Ana Bobone são dois dos nomes de fadistas portuguesas que poderá ouvir nesta casa.
4 – Explorar o Pilar 7 da Ponte 25 de Abril
A Ponte 25 de Abril foi inaugurada em 1966. A ponte portuguesa tem 14 pilares. No entanto, há um pilar que é particularmente interessante. Fica na Avenida da Índia, mais precisamente nas traseiras do Village Underground.
Esta é uma atração turística de Lisboa cada vez mais conhecida entre turistas. Ela leva os visitantes ao interior do pilar e permite uma experiência sensorial invulgar. Aqui poderá ficar a conhecer tudo o que precisa de saber (e sentir) sobre uma das pontes portuguesas mais emblemáticas.
A Ponte 25 de Abril é considerada uma das mais bonitas do mundo, por isso tornou-se num dos postais turísticos da cidade.
5 – Conhecer as Ruínas e o Museu Arqueológico do Carmo
As ruínas e o museu do Largo do Carmo tiveram um impacto mediático. Um teratoma foi descoberto numas escavações e as notícias correram o mundo. O teratoma é um evento raríssimo.
Trata-se de um tumor com dentes e fragmentos de osso. Embora esta novidade tétrica não se encontre à vista dos mais curiosos, existem neste local coisas igualmente fascinantes e menos chocantes. Além das ruínas da igreja que ruiu na sequência do terramoto de 1755, este museu apresenta ainda um acervo arqueológico bastante eclético.
6 – Ficar na Esplanada do Castelo de S. Jorge
O Castelo de S. Jorge e as áreas circundantes são frequentemente invadidas por autocarros de turismo e surge regularmente uma enchente de pessoas. Um dos locais mais procurados é logo a esplanada do Castelo de S. Jorge.
Esta merece ser descoberta, pois trata-se de um local presente junto a um dos monumentos mais emblemáticos da capital portuguesa. Qualquer lisboeta (com comprovativo) pode usufruir de uma entrada gratuita e não faltam razões para visitar este espaço. Além das vistas fantásticas, há a destacar o serviço.
7 – Visitar uma das livrarias mais pequenas do mundo
Esta Livraria do Simão encontra-se nas Escadinhas de São Cristóvão. É um espaço minúsculo, com apenas 3,80 m², com cada centímetro da livraria a ser ocupado por livros. Nesta livraria só cabe uma pessoa, por isso é o pior sítio do país para procurar livros sobre claustrofobia, pois sente-se o significado das palavras.
Nesta livraria, poderá encontrar uma coleção de livros raros de autores portugueses e estrangeiros. Este pequeno espaço encontra-se aberto desde 2008 e foi colocado no lugar onde anteriormente se encontrava uma tabacaria. Esta livraria é recomendada em vários guias turísticos como uma das atrações da capital mais insólitas.
8 – Visitar Fernando Pessoa no Martinho da Arcada
Visitar o Martinho da Arcada revela-se uma experiência imperdível. Muita da clientela estrangeira está a par de quem foi Fernando Pessoa.
Todos os adeptos da mitologia pessoana devem querer passar uns breves minutos na mesa do poeta, trocar umas palavras ou tirar uma selfie com a estátua de F. Pessoa. Pode ainda apreciar um pastel deste local que é dos melhores que encontrará em Lisboa.
9 – Conhecer por dentro o Palácio Foz
Há cada vez mais pessoas interessadas em realizar visitas guiadas a este palácio, presente nos Restauradores. Por isso, frequentemente, tem de se lidar com a palavra “Esgotado”, existindo a divulgação de uma nova data para a visita.
Se desejar bisbilhotar o interior deste edifício, deve marcar uma visita com antecedência. Para conferir a programação, deve consultar regularmente a página oficial de Facebook do Palácio Foz. Poderá constatar que é comum existirem concertos, apresentações e outros eventos.
10 – Visitar o Cemitério dos Prazeres
Noutros países, é comum visitar cemitérios, como atração turística. Os portugueses só visitam cemitérios pelo pior dos motivos (morte de alguém). Os lisboetas, como os portugueses no geral, não têm muito o hábito de visitar cemitérios pelos seus pontos de interesse.
Porém, os turistas visitam o Cemitério dos Prazeres, porque encontram neste local alguns dos melhores exemplos do país em arte fúnebre. Por aqui, também poderá encontrar alguns dos edifícios de Lisboa mais curiosos, nomeadamente o mausoléu dos Duques de Palmela.
A pirâmide de inspiração maçónica onde mais de 200 pessoas se encontram sepultadas é uma das atrações mais populares. Este cemitério tem uma das maiores concentrações de ciprestes da Europa. Também tem vista privilegiada para o Tejo mas, apesar do preço altíssimo das casas de Lisboa, ninguém quer alugar aqui um T0…
11 – Bebericar na Ginjinha Sem Rival e Eduardino
Segurar um copo da bebida mais popular da capital é uma obrigação. Muitos turistas fazem-no e muitos portugueses querem fazê-lo. A Ginjinha Espinheira encontra-se no Largo de São Domingos. A Eduardino é outra opção e foi fundada pelo avô dos atuais donos.
12 – Provar os petiscos da Manteigaria Silva
É cada vez mais comum ver grupos de turistas em frente à Manteigaria Silva, especados a ver o seu guia turístico lhes explica o que são os produtos expostos. A Manteigaria revela-se uma espécie de loja-museu.
Trata-se de um espaço com tudo o que há de bom e é português. Aqui, bebe-se e come-se com qualidade. Há produtos que são do melhor que há em Portugal.
A Manteigaria Silva foi fundada em 1956. Esta manteigaria é uma das últimas mercearias finas que se podem encontrar na Baixa. Pode não fazer parte do roteiro de compras comum dos lisboetas, mas este espaço vale bem uma visita!
13 – Visitar o Panteão Nacional
O Panteão Nacional é um símbolo da cidade, um espaço mítico como o Mosteiro dos Jerónimos ou a Torre de Belém. Por isso, o Panteão Nacional é um dos monumentos mais visitados por turistas.
O edifício do Panteão Nacional está mesmo no centro da cidade. Este espaço resulta das famosas obras de Santa Engrácia. O Panteão serve como última morada para uma série de portugueses célebres, pessoas de referência em várias áreas, do desporto à música, da política à literatura. Neste local, estão presentes personalidades como: Amália Rodrigues, Eusébio, Almeida Garrett ou Humberto Delgado.
14 – Ascensor da Bica
Além de caminhar pelas ruas centrais de Lisboa, vivem-se experiências incomuns quando se opta por viajar em alguns ascensores coloridos. Um dos mais famosos é o ascensor da Bica. Este ascensor faz o trecho entre o Cais do Sodré e o Bairro Alto e passa por uma rua bastante estreita, onde se podem encontrar várias moradias e bares.
15 – Fazer compras no Depósito da Marinha Grande
Outro espaço obrigatório é o Depósito da Marinha Grande. Torna-se impossível ver a montra do número 418 na Rua de São Bento sem ficarmos especados.
Este espaço tão familiar tornou-se invisível para muitos portugueses. Quando se está regularmente num local fascinante, o seu fascínio vai perdendo impacto junto de quem lida diariamente com essa beleza.
A loja do Depósito da Marinha Grande apresenta-nos algumas das peças mais icónicas da fábrica centenária. Neste espaço, poderá encontrar objetos de decoração, candeeiros, copos, frascos, garrafas… e até material de laboratório.
16 – Viajar no Elevador de Santa Justa
O Elevador de Santa Justa é um transporte público incrivelmente belo. Por vezes, os lisboetas até se esquecem que se trata de um meio de transporte compatível com os cartões VIVA e o passe Navegante.
As filas de turistas são intermináveis e estão presentes em todo o lado, por isso esta é uma boa forma de os evitar. O Elevador de Santa Justa é um Monumento Nacional. Este Elevador é uma obra de Raoul Mesnier de Ponsard.
Um dos destaques vai para os trabalhos de filigrana em ferro fundido (e cada andar é distinto) e uma cabine criada em madeira e latão. O Elevador de Santa Justa tem mais de um século de existência. Ele foi inaugurado em 1902.
17 – Ir às compras na Livraria Ferin
Uma das livrarias mais bonitas do mundo está no Porto. A livraria Lello & Irmão é destacada em diversas revistas e sites internacionais. Lisboa tem na Bertrand uma livraria que se destaca pela antiguidade. Trata-se da livraria mais antiga que ainda se encontra em atividade.
No entanto, menos famosa, mas mais interessante, está a loja de livros. Ferin é uma livraria centenária. Esta é a segunda livraria mais antiga de Portugal. Ferin foi fundada em 1840. Esta loja de livros é considerada como um paraíso para bibliófilos e fãs da leitura.
A Ferin foi uma livraria especializada em livros de arte, história, política, genealogia, heráldica e literatura francesa. No entanto, a Ferin foi comprada por José Pinho (da livraria Ler Devagar) em abril de 2017 e renovou-se.
18 – Tirar uma foto no melhor “jardim” de Lisboa
O Jardim das Pichas Murchas está presente no cruzamento da Rua de S. Tomé com a Rua do Salvador. Este jardim é um spot curioso para qualquer turista que arranhe o português.
Os guias turísticos ficam envergonhados a tentar explicar o sentido do nome deste jardim. Invariavelmente, conseguem arrancar risos nervosos e gargalhadas. Tirar fotografias neste local revela-se uma experiência obrigatória.
19 – Ver a cabeça de Diogo Alves
A cabeça decepada de Diogo Alves encontra-se no Teatro Anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A foto e a história do assassino do Aqueduto das Águas Livres adquiriu fama internacional por se encontrar presente em sites como Atlas Obscura, Wired ou Dangerous Minds.
Os conteúdos partilhados nestes sites tornaram a experiência imperdível. Nas redes, muitas pessoas destacaram as parecenças entre Thom Yorke (vocalista dos Radiohead, no teledisco de “No Surprises”) com o primeiro serial killer português.
20 – Descer ao Reservatório da Patriarcal
O Reservatório da Patriarcal encontra-se localizado por baixo do jardim do Príncipe Real. Este espaço foi construído no século XIX, mais precisamente entre 1860 e 1864. O Reservatório da Patriarcal permitia servir a rede de distribuição de água da capital.
O Reservatório está protegido por 31 pilares e tem um teto abobadado. O Reservatório da Patriarcal encontra-se desativado desde os anos 40. No entanto, os mais curiosos podem visitar o Reservatório da Patriarcal através do Museu da Água ou durante um dos espetáculos que frequentemente decorrem neste espaço.
21 – Entrar na Igreja de São Roque
A Igreja de São Roque é uma construção religiosa de muitos encantos. A sua beleza é assombrosa. Este templo está presente nas recomendações do Lonely Planet, colocando a igreja no top das atrações da cidade.
No guia, a Igreja de São Roque é elogiada, sendo destacado o respetivo “dazzling interior”. Por isso, este templo é um ponto de paragem obrigatório e imperdível, não só para crentes, mas também para não crentes.
22 – Escapar do Escape Hunt Lisboa
Os escape games são uma atividade muito procurada. Atualmente, existem vários espaços destes em Portugal, por isso, já não são novidade na capital. No entanto, este espaço foi um dos primeiros Escape Rooms do país e mantém-se como o mais bem cotado da capital.