17 fantásticas curiosidades sobre Coimbra
A «cidade dos estudantes» tem muito mais para conhecer do que a célebre Serenata. Portanto, desvende 17 fantásticas curiosidades sobre Coimbra.
Conhecer uma cidade vai muito além de percorrer as suas ruas ou visitar os seus principais monumentos e museus. Há muitos estórias e particularidades que nos ajudam a ficar a conhecer bem melhor o pulsar dessa urbe e os “segredos que ela esconde”.
Portanto, surpreenda-se com 17 fantásticas curiosidades da cidade de Coimbra que, talvez, nem todos os conimbricenses conheçam. Pronto para saber mais?!
História
D. Afonso Henriques
O 1º rei de Portugal, D. Afonso I, O Conquistador, está sepultado na cidade onde faleceu, Coimbra. O túmulo de D. Afonso Henriques foi mandado construir no século XVI, na Igreja de Santa Cruz de Coimbra.
Cidade de reis
Para além de D. Afonso Henriques, também outros reis passaram por esta cidade como, por exemplo, D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II e D. Afonso III.
Aeminium
Nem todos conhecem este facto, mas há uma cidade perdida, em baixo de Coimbra. É a antiga cidade romana de Aeminium ou Emínio, atual Coimbra. Existem vestígios dessa cidade romana, os quais estão, atualmente, presentes no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.
Coimbra Capital
Sabia que a cidade de Coimbra foi capital de Portugal entre 1131 e 1255? A mudança da corte para Lisboa, em 1255, liderada pelo Rei D. Afonso III, foi motivada pelo crescimento da cidade de Lisboa que, ao tornar-se um ponto nevrálgico no qual eram recebidos navios com mercadorias, passou a justificar a mudança da família real para a, atual, capital portuguesa.
Santo António
Aquele que é, talvez, o mais conhecido de todos os santos, estudou na cidade de Coimbra. Santo António nasceu em 1195, na cidade de Lisboa, com o nome de batismo de Fernando de Bulhões (adotando, posteriormente, o nome de António, como forma de homenagem ao eremita Santo Antão). Ele teve a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos no Mosteiro de Santa Cruz, mas também na Igreja de Santo de António dos Olivais.
Universidade de Coimbra
É a mais antiga de Portugal (e alguns dirão mesmo a mais bela), tendo sido fundada no longínquo ano de 1290. É, mesmo, uma das mais antigas em todo mundo. Foi, também, a primeira universidade portuguesa e, inclusive, a única até inícios do século XX! Em 2013, foi classificada pela UNESCO como Património Mundial.
Cultura
Biblioteca Joanina
Esta biblioteca possui um valor incalculável. O seu espólio é rico e vasto, um autêntico tesouro literário. É, seguramente, uma das bibliotecas barrocas europeias mais espetaculares.
Integrada na Universidade de Coimbra, esta biblioteca recebe o seu nome devido à pessoa responsável pela sua existência, pois foi o monarca D. João V, o Magnânimo, que em 1717 mandou erigir esta deslumbrante biblioteca.
Morcegos na Biblioteca Joanina
Há morcegos na Biblioteca Joanina e não estamos a falar de uma coleção de livros do Batman, mas sim de autênticos morcegos. Após o fecho desta biblioteca, uma colónia de morcegos explora livremente a biblioteca durante a noite, contribuindo dessa forma para a boa manutenção dos livros, pois os morcegos vão comendo os insetos “devoradores” de papel.
Como é comum em todos os animais, há que ter em conta que estes têm necessidades fisiológicas, por isso, durante a noite, as mesas da biblioteca ficam tapadas para, assim, ficarem protegidas de quaisquer dejetos.
Prisão Académica na Universidade de Coimbra
Sabia que, ainda na Universidade de Coimbra, no interior da Biblioteca Joanina, funcionou uma Prisão Académica? Estava localizada no piso inferior e cabia ao Reitor assumir o papel de Juiz dessa prisão académica.
Havia um código de conduta específico que os estudantes tinham de respeitar e, quando as regras eram quebradas, como punição poderiam ser condenados a 1 ou 2 dias de prisão. Em casos mais gravosos, a opção era mesmo a solitária. Atualmente, a prisão académica pode ser visitada no piso inferior da Biblioteca, próximo da loja de souvenirs.
Cimélios e obras valiosas
Sabia que os mais livros mais valiosos desta deslumbrante Biblioteca estão presentes nos chamados cimélios? Encontram-se em pequenas arrecadações, entre as estantes. Ao longo dos séculos de existência desta Biblioteca, esteve presente num dos cimélios uma 1ª edição d’ Os Lusíadas e aí permaneceu até ter sido colocada na Caixa Forte da Biblioteca Geral, estando atualmente bem protegida de qualquer risco, nomeadamente roubos, inundações ou incêndios.
Entre as obras mais valiosas, há também uma Bíblia Hebraica do século XV, da qual existem, apenas, cerca de 20 exemplares em todo o mundo. Existe, ainda, uma Bíblia Latina das 48 Linhas, impressa no ano de 1462, por dois sócios de Gutenberg. É mesmo a mais bela das primeiras bíblias impressas.
Sé Velha de Coimbra
A Sé foi construída após D. Afonso Henriques ter-se tornado rei de Portugal e ter escolhido Coimbra como capital do país.
Sé Nova de Coimbra
Poucos sabem, mas o Padre António Vieira, uma das grandes figuras da História nacional e autor de várias obras, entre elas, Sermão de Santo António aos Peixes, viveu durante três anos na Sé Nova de Coimbra.
Quinta das Lágrimas
Pedro era herdeiro do trono e filho do rei de Portugal, D. Afonso IV. Estava destinado a casar com a princesa espanhola D. Constança Manuel. Porém, uma das aias desta captou a sua atenção: Inês, de seu nome. Quis o destino juntar Pedro I e Inês de Castro, num amor proibido e que ficará para sempre na história. Esta relação revelou-se um verdadeiro drama político e o Rei estava absolutamente contra o seu desenvolvimento. Por isso, mandou exilar Inês no castelo de Albuquerque (na fronteira castelhana).
D. Constança, que havia engravidado, acaba por não resistir e falece durante o trabalho de parto. Pedro, viúvo, não esquece o seu verdadeiro amor e faz com que Inês regresse e é, precisamente, na Quinta das Lágrimas que vivem o seu amor, provocando um escândalo na corte. O casal tem quatro filhos, mas a sua felicidade é implacavelmente interrompida com o cruel e frio assassinato de Inês de Castro, a mando do Rei D. Afonso IV.
Pedro quis punir a corte e prestar uma última homenagem ao seu amor, por isso, reza a lenda, que solicitou que desenterrassem Inês, a vestissem com trajes reais e a coroassem como rainha. Assim, obrigou toda a corte a beijar a mão daquela que era o seu amor e que tinham mandado executar.
Verdade ou mito, certo é que a Quinta das Lágrimas ficará sempre associada a este amor trágico e há quem pense que a verdura dos seus jardins se deva a humidade da terra, banhada pelas lágrimas de Inês.
Principais atrações
Portugal dos Pequenitos
Este Parque Temático encanta portugueses e estrangeiros desde o dia em que foi inaugurado, a 08 de junho de 1940. Trata-se de um espaço lúdico-pedagógico destinado aos miúdos, mas que agrada também os graúdos. Retrata a presença portuguesa no mundo e a portugalidade de um modo criativo e original.
Ciência
Coimbra possui a maior algoteca do Mundo. É verdade, encontra-se na Universidade de Coimbra a maior coleção de microalgas de água doce de todo mundo! Fica no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra e vale bem a pena uma visita.
Mosteiro de Santa Clara
Este é um excelente exemplo da qualidade da arquitetura gótica em Portugal. Mas tem como curiosidade ter sido também um local importante no desenlace da tragédia de Pedro e Inês. Foi neste espaço que Inês de Castro terá sido coroada depois de morta, numa cerimónia solene, perante a corte, a qual foi obrigada a beijar a mão da rainha morta.
Independentemente da veracidade deste episódio, certo é que este acontecimento inspirou poetas, escritores, realizadores e perdurará na história da cidade e do País como símbolo de um amor proibido e trágico.
Conímbriga
Conímbriga seguramente que é dos maiores complexos de ruínas romanas em Portugal e possui uma herança histórica e cultural inigualável, sendo mesmo dos complexos mais importantes da Península Ibérica.
Sabia que esta cidade romana foi, primeiramente, celta? Contudo, depois de ter sido tomada pelo império romano, a cidade prosperou, daí ser referenciada essencialmente como romana.