Continuamos a ser um povo que prima pela inovação, qualidade e talento. Um povo de inventores e inovadores surpreendendo o mundo com as nossas criações, descobrimentos e grandes feitos. Algumas das ideias oriundas deste canto da Europa já fizeram a diferença. Uma das grandes invenções portuguesas que mais marcaram o mundo chama-se caravela, que no século XV saiu de Portugal para conquistar o “novo mundo”.
A criatividade dos portugueses e o seu gosto pelo conhecimento foi, aliás, o principal pilar do período dos descobrimentos, orientando os navegadores pelo Oceano Atlântico, como o nónio, o astrolábio náutico e barquinha, tudo objetos imprescindíveis na altura e copiados por outros países.
Séculos mais tarde, estas invenções estão na gaveta das recordações, mas o gosto pela tecnologia e o espírito inventivo mantém-se.
Reunimos algumas das invenções portuguesas que mais marcaram a História do mundo. Fique a conhecê-las.
A caravela
Este tipo específico de barco foi inventado pelos portugueses e foi especialmente utilizado durante a era dos Descobrimentos entre os séculos XV e XVI. A origem do nome está envolta num mistério, enquanto se discute que pode ter origem em “cáravo” ou “cárabo”, um termo que vem da língua grega e significa “barco ligeiro utilizado no Mediterrâneo”, outros historiadores discutem que pode até vir de “carvalho”, a madeira que era utilizada para construir as caravelas.
Foi graças ao desenvolvimento da caravela que os portugueses puderam aventurar-se nos mares mais selvagens usando as velas triangulares que caracterizavam as caravelas portuguesas e que tornavam possível navegar de forma segura contra o vento.
Aliás, foi numa caravela portuguesa que Bartolomeu Dias dobraria o Cabo das Tormentas, mais tarde batizado como Cabo da Boa Esperança em 1488.
Astrolábio náutico
Esta invenção portuguesa permitia aos marinheiros determinarem a latitude de uma embarcação em alto mar. Era também possível medir a altitude meridiana de uma estrela, contando que se conhecia a declinação da mesma.
O astrolábio náutico português é uma adaptação do astrolábio planisférico. A necessidade de adaptar este instrumento surgiu na era dos Descobrimentos, quando os navegadores portugueses tinham de navegar em alto mar, longe da costa.
A Passarola
Apesar de Leonardo da Vinci ter desenhado, no século XVI, a primeira máquina voadora, o padre Bartolomeu de Gusmão foi o primeiro a construir e a ter alvará (pedido ao Rei D.João V) em 1709, fazendo com que Portugal se tornasse pioneiro mundial na aviação.
A bola de vento para microfones
Nos dias de hoje é impensável um técnico de som utilizar um microfone sem uma bola de vento. Mas saiba que esta invenção é portuguesa. O seu inventor foi Jaime Filipe, um engenheiro que trabalhou longos anos na RTP.
Em 1981 criou a primeira bola de vento para microfones, que tem como objetivo final estabilizar o som captado pelo microfone e melhorar a qualidade do equipamento.
O Multibanco
Portugal foi um dos últimos países da Europa ocidental a desenvolver os equipamentos das caixas automáticas, mas apenas porque continuava em fase de estudos.
Finalmente em 1985 foi lançada a primeira rede de caixas de Multibanco (MB) portuguesa, que foi um dos sistemas mais avançados para a altura.
Quando as caixas de Multibanco chegaram a Portugal pela primeira vez, os habitantes tinham apenas 12 terminais nas principais cidades (Lisboa e Porto).
Agora estima-se que existam mais de 13.000 terminais, a maior densidade de caixas automáticas por habitantes em toda a Europa. É de salientar que a rede de Multibanco é uma das mais sofisticadas do mundo.
Elevador para cadeira de rodas
O elevador para cadeira de rodas foi invenção do engenheiro técnico de som na RTP Jaime Filipe, um dos primeiros nomes da Engenharia de Reabilitação em Portugal. E Junho de 1974, o português criou também o Centro de Inovação para Deficientes Físicos.
O elevador para cadeira de rodas foi premiado várias vezes, sendo que recebeu duas medalhas de ouro, uma em Bruxelas (1983) e outra em Genebra (1984).
Bengala eletrónica para cegos
Nos anos 80, Jaime Filipe tornou-se presidente da Associação Portuguesa de Criatividade. Sim, continuamos a falar do inventor Jaime Filipe porque ele… também criou a bengala eletrónica para cegos!
Este aparelho tem diversos sensores que permitem aos seus utilizadores “ver” e conhecer o espaço que pisam. A inovação foi distinguida com uma Medalha de Prata em 1986, e Bruxelas._
Cartões pré-pagos
Quase todos os portugueses têm ou já tiveram um dia um cartão pré-pago no seu telemóvel. Consiste em carregar o cartão com determinado montante, que posteriormente pode gastar em chamadas ou mensagens telefónicas
O que a maior parte das pessoas não sabe é que a TMN, atual MEO, foi a “inventora” deste sistema de pagamento que hoje em dia está espalhado um pouco por todo o mundo.
A Via Verde
Surgiu pela primeira vez no ano de 1991 e é uma forma simples de efetuar o pagamento de portagens. Este sistema de portagem eletrónica foi criado pela Universidade de Aveiro para eliminar as filas intermináveis para fazer o pagamento nas auto-estradas.
Por norma existem duas vias reservadas a aderentes à Via Verde e os carros têm que estar equipados com um identificador DSRC colado ao para-brisas. A vantagem deste sistema é o condutor não ter que parar o veículo para fazer o pagamento.
Este é automaticamente debitado na conta bancária do mesmo. Atualmente é a empresa Brisa que detém 60% do capital social da Via Verde.
Medicamento Zebinix
Foi a farmacêutica portuguesa BIAL – Portela & Ca que criou este fármaco antiepilético. O medicamento foi estudado durante 14 anos e para o desenvolver foram gastos cerca de 300 milhões de euros.
É comercializado em Portugal desde 2010.
Coloradd
O Coloradd é um sistema de identificação de cores para daltónicos (problema que afeta 10% da população masculina mundial), desenvolvido por um designer gráfico português.
Desde que foi criado, o Coloradd tem sido aplicado em várias áreas, nomeadamente na saúde e educação, como por exemplo: embalagens de comprimidos, nas pulseiras de hospital, lápis de cor, nos mapas de rede de metro, semáforos, sinalética, embalagens, entre outros.
O papel higiénico preto
Esta ideia surpreendentemente brilhante partiu de uma empresa portuguesa, a Renova. Atualmente, graças a uma campanha publicitária vista por muitos como brilhante, vende para países como o Japão, Estados Unidos, Bélgica, França ou Espanha.
Este produto diferente caracteriza-se como sendo único, de luxo, macio, resistente e perfumado. Abriu as portas para um mercado totalmente diferente e agora a Renova também apostou noutras cores, como o vermelho vivo, cor-de-rosa ou até mesmo verde alface.
Botija de gás pluma
Quem não se lembra do célebre anúncio da menina do gás, em que uma rapariga de beleza notável se passeava pela rua levando ao ombro uma bilha do gás de peso pluma?
Esta foi uma invenção 100% portuguesa, uma bilha de gás com metade do peso da tradicional, que pode ser transportada por qualquer pessoa, com níveis de segurança superiores e ‘design’ atrativo. Foi uma solução inovadora.
A afirmação de que foi a Universidade de Aveiro quem criou a Via Verde está incorreta.
Quem criou a Via Verde foi o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa – ISEL, por condiscípulos meus, que ficaram no Instituto como professores e investigadores após a conclusão do curso.
Foi a Universidade de Aveiro!!!
E os brasileiros, invejosos da disposição e da garra dos portugueses, inventaram mil piadas sobre uma suposta burrice dos nossos patrícios. Tenho orgulho de ser neta de portugueses.
Não generalize como todos os brasileiros. Além de todos nós já termos inventado grandes coisas, tanto brasileiros como portugueses, também em ambas as pátrias existem pessoas desagradáveis. Se você já se deparou com algum brasileiro desse tipo, peço desculpas pela nação com uma das únicas coisas que posso fazer à respeito, mas também é uma falta de senso falar que TODOS os brasileiros além de serem invejosos, são menos esforçados que portugueses. Eu já me encontrei com um português totalmente insuportável, que dava razões contadas e sem base do ”porquê” odiar o Brasil, mas não seria bom da minha parte ser como ele e realmente dar razões pra ele dizer tais coisas, e digo mais, desmerecer Portugal por tantas coisas terríveis que já fizeram pro Brasil, ainda generalizando que todos eles são como um específico Português. Você não gostaria que caso eu lhe encontrasse em uma rua, chegasse em seu lado e chamasse-lhe de “portuguesa fresca” pelo simples motivo que eu já presenciei algum alguém de mesma nacionalidade que ti que não tinha das melhores atitudes, certo? Então antes de falar que se orgulha de certa coisa, certifique-se que você não está desmerecendo outra para seu orgulho ser maior. Por mais que tenha sido essa a impressão que você queira ter causado, mau uso indevido de certas palavras deu tal sentido a tal frase. Na próxima vez, tente não cometer o mesmo erro. Bjs e tchau ; )
Depois de tudo o que escreveu, apenas deu razão à Laiz!
Abraço!
Precisamente! Como se diz em Portugal: perdeu uma grande oportunidade de ficar calado.
Obrigada pelas suas palavras!
Elementar meu caro Yui. E anedotas de Portugueses aqui em Portugal todos nos rimos. 🙂 99% de nós nao leva a mal acha piada. Não ligue ao que meia dúzia de burros dizem.
Lote 214517 D Eu Roberto Carlos, inventor de uma máquina J. C. Energia Cinética e amigo do ambiente! Está registado no INPI. Campo das cebolas. Obrigado
Falta o NONIO do matemático Pedro Nunes.
“O nónio ou nônio é um dispositivo de medição inventado pelo matemático português Pedro Nunes. Através do nónio era possível efetuar medições com rigor de alguns minutos de grau, permitindo planear a navegação com uma margem de erro da ordem da dezena de quilómetros. Wikipédia”
In Wikipedia.
Cara Laiz, O Brasil é uma invenção portuguesa, portanto quem diz que Portugal fez mal ao Brasil tem apenas cultura de novela. Portugal fez é mal a Portugal e continua a fazer, mas quando olho para o Brasil, esse país maravilhoso, vejo o Brasil a fazer ainda pior ao Brasil do que Portugal alguma vez fez a Portugal. Assim sendo, compreende-se muito bem o desconcerto dentro da sociedade brasileira, que para esquecer ou aliviar o desgoverno que tem atravessado, desvia a culpa para Portugal a fazer mal a um Brasil e com as anedotas tenta desviar a ignorância para Portugal. Não tenha raiva, tenha pena. Ordem e progresso não existem desde que o galeão Botafogo desapareceu por essas bandas e sinceramente… O Brasil tem saudade dessa ordem para que seja possível o progresso. Como vê, realmente acaba tudo ligado a Portugal à mesma. Seja como for tenho fé que “essa terra ainda vai cumprir seu ideal” e tornar-se num imenso Portugal.
Temos DNA português (e outros) correndo nas veias, queiram ou não. Da mesma forma que os portugueses também possuem DNA de mouros, árabes, judeus e vikings. Para ser ainda mais específico, Portugal teve influência de Estrimníos, Ofis, Cempsos, Lusitanos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Celtiberos, isto é, diferentes povos. O povo português é uma síntese de vários povos. Em parte, o Brasil é o que é devido aos povos ameríndios, com grande influência portuguesa e da diáspora africana. Isso por si só demonstra que todo ato xenófobo é burro, pois é proferido por um néscio histórico que ignora a mestiçagem, comprovável por qualquer exame de DNA. Críticas generalistas escondem a complexidade histórica que faz nações serem o que são. Nós brasileiros precisamos olhar para a história da colonização com a devida crítica, mas não podemos ficar para sempre a culpar Portugal com essa crítica rasa sobre o que aconteceu há mais de 500 anos. Ambos os países tiveram grandes invenções que ganharam o mundo. Viva Brasil e Portugal, a rivalidade é burra.
Faço minhas, suas palavras. Parabéns por tudo que escreveu. Abraço.
Fantastisco
Ia corrigir a afirmação que a Via Verde teria sido desenvolvida na Universidade de Aveiro, mas o Prof. Manuel Carvalho já o desmentiu. Não é a primeira vez que ouço e vejo escrita essa inverdade! Foi o ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, assim como outras inovações nas restantes áreas que ministra. Uma das melhores Escolas de Engenharia, injustamente despromida para o Ensino Politécnico em 1986 – onde continua – sabe-se lá porquê…
depois de ler todas as invencoes portuguesas veiop me a’ ideia que faltou uma invencao muito nossa que foi de vender pessoas humanas
Os portugueses não inventaram a escravatura ou o tráfico humano. Mas foram os portugueses que o aperfeiçoaram e internacionalizaram. Muitos antes de os portugueses chegarem a África, já havia tráfico humano e escravatura em África e na América entre tribos como produto da guerra.
Se verem o Filme Wakanda que retrata África vêm que a escravatura foi inventada em África por Africanos. Ainda hoje escravizam os infelizes dos Norte Africanos cobrando-lhes milhares de Euros para morrerem afogados no Oceano com miragem da Europa para fugir a governos corruptos Africanos em guerra civil permanente.
Os Lusitanos eram a maior tribo dos Celtiberos e já eram os percursores situados nos montes Hemninios ( Serra da Estrela ) da Nação Portuguesa !
A via verde foi criada, SIM, pelos alunos da Universidade de Aveiro
Portugal fez muito pelo mundo. Fez coisas desagradáveis, isso nenhum país está impune, mesmo aqueles que se dizem vitimas de Portugal, ou por escravidão, ou pelos recursos trazidos desses países. Inventou o primeiro mercado global. As especiarias que traziam da Ásia eram negociadas com as populações dessas regiões. Mas havia uma politica de países do medio Oriente que não queria competividade dos portugueses, e incluindo os venezianos europeus, que recebiam por terra onde hoje é o canal do Suez. A respeito da escravidão, que muitos brasileiros gostam de jogar na cara dos portugueses, ainda não vi, nem ouvi criticarem os chefes desses países que arranjavam carregamentos de escravos para fazerem dinheiro. Portugal merece respeito como qualquer país. Eu como português tenho muito orgulho na nossa história. E aqui como se tratava de inventos, alguns que começaram; mas não foram capazes de acabar, os portugueses pegaram neles, e acabaram de os inventar, só alguns exemplos, o multibanco e a via verde. O multibanco começou por ser começado na Escócia. e nos Estados Unidos; mas não foram capazes de o pôr a funcionar: Os portugueses o puseram a funcionar, tal como hoje conhecemos em todos os países do mundo.