O consumo de vinho é um hábito de muitos portugueses. Muitas das refeições são acompanhadas por um copo de vinho. Uns têm preferência por vinho tinto; outros optam por branco; há quem prefira um rosé. Muitos têm um desconhecimento profundo sobre o vinho verde e associam o nome a uma opção distinta de um tinto, de um branco ou de um rosé. Por isso, pensamos que é importante conhecer alguns factos sobre o vinho verde.
O vinho verde está na origem de muitos dos mitos que fazem parte do mundo dos vinhos. Há muitas dúvidas que são suscitadas e muita desinformação que em nada contribui para as esclarecer. É, por isso, importante “separar o trigo do joio”, no que diz respeito à informação que se segue. Perceber que se deve confiar mais no conhecimento dos especialistas do que nas opiniões de amigos, proferidas em conversas de café, depois de se fazer várias provas às claras ao mesmo vinho…
Quer conhecimento seguro sobre o vinho verde? Então, leia o nosso artigo.
O vinho verde tem como castas branco: Alvarinho, Arinto (Pedernão), Avesso, Azal, Batoca, Cainho de Moreira, Cascal, Esganinho, Esganoso, Fernão-Pires (Maria-Gomes), Lameiro, Loureiro, Pintosa, Rabigato, S. Mamede, Semilão, Sercial (Esganação), Tália (Douradinha), Trajadura.
Como castas tinto: Alvarelhão (Brancelho) Amaral (Azal Tinto), Borraçal, Doçal, Doçal de Refoios, Espadeiro, Espadeiro Mole, Labrusco, Mourisco, Padeiro (Padeiro de Basto), Pedral, Pical Pôlho, Rabo-de-Anho (Rabo-de-Ovelha), Sousão, Verdelho Tinto, Vinhão. E é através destas fantásticas castas que o saboroso e refrescante vinho verde surge. Quer saber alguns factos sobre esta bebida única em Portugal e no mundo?
10 factos sobre o vinho verde
– Os primeiros vinhos portugueses a serem exportados para os mercados europeus terão sido os Vinhos Verdes. Os vinhos do Vale do Minho e do Vale do Lima terão sido exportados nos séculos XVI e XVII, sendo regularmente transportados para o Norte da Europa.
– A Feitoria Inglesa instalou-se em Viana do Castelo no século XVI e, dessa barra, os vinhos minhotos saíam para o Norte da Europa. Prova-se que há muito tempo se faz vinho no Minho.
– A Região Demarcada dos Vinhos Verdes foi definida em 1908. Esta região estende-se por todo o noroeste de Portugal, nomeadamente pela zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro-e-Minho. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes tem mais de um século de existência!
– A Região Demarcada dos Vinhos Verdes é a maior Região Demarcada Portuguesa. Em termos de área geográfica, é também uma das maiores da Europa!
– No que diz respeito à presença no mercado, o vinho verde é a segunda região com maior dimensão no mercado nacional.
– Só no ano de 2017, a Região Demarcada dos Vinhos Verdes exportou a formidável quantia de 25.8 milhões de litros, uma quantidade assinalável que foi distribuída por 104 países.
– A Denominação de Origem Controlada (DOC) de Vinho Verde é usada em diferentes – vinhos, nomeadamente tintos, brancos, rosados e espumantes, mas também em outros produtos, como aguardentes vínicas e bagaceiras. A Denominação de Origem Controlada (DOC) de Vinho Verde é ainda usada em vinagre branco, tinto e rosado.
– Na maior parte da região onde é produzido o Vinho Verde, o solo tem origem na desagregação do granito. Em geral, o solo da região apresenta pouca profundidade, possuindo texturas arenosas. Assim sendo, a acidez decorrente dessas condições é naturalmente elevada.
– Existem variações na tipologia de solo e microclimas. Devido a essas variações justifica-se a sua repartição em nove sub-regiões. Essas sub-regiões apresentam as suas características com diferentes castas recomendadas à produção.
– Tal como ocorre na certificação de DOC (isto é, Denominação de Origem Controlada), os vinhos que beneficiam da certificação IGM (isto é, Indicação Geográfica Minho) estão também sujeitos a um rigoroso controlo em todas as suas fases de produção.
– Atualmente, há mais de 15 mil agricultores a trabalhar em nome do vinho verde, havendo uma produção de 100 mil toneladas de uvas!
Agora que já sabe um pouco mais sobre o vinho verde, poderá combater os mitos com verdadeiro conhecimento.