Vinhos Portugueses: a garrafa de vinho do Porto mais cara do mundo
Sendo o vinho do Porto uma referência nacional, conheça a garrafa mais cara deste vinho: a garrafa de vinho do Porto mais cara do mundo.
Os records do mundo certificados pela Guiness World of Records alcançam uma reputação invejável. São várias as singularidades, originalidades e excentricidades que são realizadas em todo o mundo, mas só quando possuem o rótulo da Guiness World of Records é que parecem adquirir a devida repercussão internacional.

O Guinness Book of Records é um livro que se tornou uma autoridade, registando factos originais e conquistas únicas. Este livro divulga recordistas e fica bem como parte decorativa de qualquer bar, onde frequentemente surgem calorosas discussões sobre as coisas mais bizarras alguma vez ocorridas.
E tudo começou quando um diretor administrativo da Cervejaria Guinness, Sir Hugh Beaver (1890-1967), teve a ideia de compilar num livro factos e números. Assim foi o primeiro livro do Guinness World Records.
A garrafa de vinho do Porto mais cara do mundo
Lalique de 1863
O Guinness World of Records certificou que o vinho do Porto mais caro de sempre a ser vendido em leilão foi a garrafa Lalique de 1863 (agora, com mais de 150 anos!…), da casa Niepoort.

A belíssima garrafa de cristal foi fabricada na casa francesa da região da Alsácia. A garrafa magnum não só foi desenhada, como produzida pela afamada cristalaria francesa Lalique. O recipiente guarda 1,5 litros do melhor vinho do Porto da Nieport.

O leilão deste produto nacional ocorreu em Hong Kong. A leiloeira responsável por este acontecimento foi a Acker Merrall & Condit. A garrafa em questão foi leiloada pela módica quantia de 127 mil dólares (sensivelmente, 111.236 euros).
Facto histórico
Esta garrafa é fruto de uma colheita de 1863. É preciso recordar que esta colheita antecedeu a devastação das vinhas pela filoxera, um inseto proveniente da América do Norte.
No século XIX, a Europa foi confrontada com uma grande praga de filoxera, o que resultou na destruição de muitas vinhas. França foi um dos países mais massacrado, pois a praga levou a indústria vinícola francesa à ruína.

Para percebermos o verdadeiro feito que esta venda foi, é preciso também saber que a famosa marca Taylor’s lançou no mercado um Porto desta época realmente memorável.
No total, foram 1650 garrafas, cujo valor por garrafa rondava os 3000€. Contudo, o Scion da Taylor’s não ficou sequer próximo dos números atingidos pela garrafa leiloada em Hong Kong.
Conquista da crítica
Jancis Robinson e James Suckling tiveram o grande privilégio de provar este Porto e ficaram genuinamente encantados. Jancis R. é, entre outras coisas, crítica no famoso Financial Times e James um dos grandes especialistas em vinho do Porto, possuindo uma reputação mundial.

As palavras deste crítico americano são um selo de garantia de qualidade e o Niepoort de 1863 obteve nota máxima por ambos os críticos.
Niepoort
Franciscus Marius van der Niepoort foi o primeiro responsável por esta preciosidade. Depois dele, sucederam-se diferentes gerações da família Niepoort. Apenas sobreviveram até aos nossos dias outras 4 garrafas, para além da Lalique de 1863.

Cinco gerações Niepoort e cinco garrafas Lalique, uma coincidência que levou a que cada uma das garrafas fosse presenteada com a gravação do nome de cada uma das 5 gerações Niepoort.
Niepoort é uma família com grande tradição no mundo dos vinhos e rivaliza com outras marcas portuguesas na exportação de vinho do Porto.

Os conhecimentos obtidos ao longo deste século e meio de existência, percorrendo cinco gerações, foram extremamente preciosos para esta família se evidenciar como responsável por uma das empresas vinícolas mais bem sucedidas de sempre.
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