Conclusões do novo estudo de uma universidade americana revela tese surpreendente… Descubra agora se o vinho tinto funciona como os antidepressivos.
Já todos sabemos que o vinho tinto está na origem de diversos estudos que comprovam que este produto tão estimado pela nação portuguesa está na origem de inúmeros benefícios para a saúde.
No entanto, há novos estudos todos os anos e num estudo publicado numa revista científica foram reveladas conclusões que vão no sentido de colocar o vinho tinto como um produto que funciona do mesmo modo que os antidepressivos. Surpreendido? Continue a ler.
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Descubra se o vinho tinto funciona como os antidepressivos

A fonte
Investigadores do Centro Médico Wake Forest Baptist, nos EUA, realizaram um estudo que levou a conclusões surpreendentes. Elas podem ser conhecidas, pois o estudo foi publicado na reputada revista científica “Nature Communications”. Segundo as suas conclusões, o vinho tinto pode funcionar do mesmo modo que os antidepressivos.
Falsa conclusão
Se o vinho tinto funciona como um antidepressivo, então quem tem uma depressão deve beber vinho tinto para a curar? Logicamente que não. Não é isso que está em questão.
O álcool não é de todo um tratamento eficaz da depressão.
Contudo, os dados bioquímicos e comportamentais obtidos ao longo deste estudo revelam que o vinho tinto funciona da mesma maneira que os antidepressivos. Daqui não se pode concluir que o vinho tinto seja um tratamento para a depressão.

Investigação
A equipa de investigadores americanos constatou as mesmas alterações (neuronais e genéticas) causadas pelos antidepressivos de rápida eficácia no vinho tinto. Por via da elevada comorbidade entre as duas doenças, distúrbio depressivo maior (DDM) e alcoolismo, existe a hipótese amplamente reconhecida da automedicação, que sugere que pessoas deprimidas podem voltar a consumir álcool como forma de tratar a depressão.
Reação
A pessoa que liderou este estudo foi Kimberly F. Raab-Graham, que revelou, em comunicado de imprensa, que: “Há definitivamente um perigo na automedicação com álcool. Há uma linha muito ténue entre o que é útil e prejudicial, e a certa altura a automedicação repetida pode-se transformar num vício”.

O estudo
Para chegarem a estas conclusões, os investigadores recorreram a um animal. A equipa de investigadores constatou que uma única dose de um nível intoxicante de álcool (já tinha sido demonstrado que uma dose destas bloqueava os recetores de NMDA) funciona em conjunto com a proteína FMRP no sentido de transformar de inibidor a estimulador da atividade neuronal o ácido conhecido por GABBA.
O processo
Estas alterações bioquímicas, defende o estudo, originaram um comportamento não depressivo que se prolongou ao longo de um dia, pelo menos 24 horas. Os resultados
apresentados no estudo revelam que foi demonstrado que o vinho tinto segue (nos animais) a mesma via bioquímica que os antidepressivos rápidos. Produz igualmente efeitos comportamentais comparáveis aos observados nas pessoas.

Conclusões
Já se sabia que a cetamina permitia aliviar os sintomas depressivos em poucas horas e produzir efeitos que se prolongavam até duas semanas, mesmo em pessoas que revelavam mais resistência aos antidepressivos tradicionais. Mas este estudo traz novos dados…
Este estudo não visa defender que o vinho tinto deve ser entendido como um tratamento para a depressão. Os dados recolhidos revelam um mecanismo molecular que pode desempenhar um papel importante na comorbidade que ocorre com o DDM e o alcoolismo.
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Entre as conclusões dos investigadores, após analisarem os resultados verificados, é de que estes fornecem uma base biológica para sustentar a tese de que o instinto humano natural procura a automedicação. No entanto, é necessário mais investigação nesta área.

Outros benefícios
Além do presente estudo, já foram publicados muitos outros a defender diversos benefícios para a saúde, tendo por base o vinho tinto. Este é rico numa substância chamada resveratrol que pode funcionar como um protetor das funções cognitivas. O resveratrol (e produtos ricos nesta substância como o vinho tinto, o amendoim ou as uvas vermelhas) demonstra ser benéfico em inúmeros problemas de saúde.
Assim, liga-se o vinho tinto a muitos benefícios, nomeadamente: apoio no combate à ação dos radicais livres; contributo para o controlo do peso, para a melhoraria da saúde do coração, para o controlo do colesterol e, entre outros benefícios cientificamente comprovados, para a prevenção da doença de Alzheimer.

Moderação
Apesar dos benefícios, é necessário moderar e não abusar do consumo. Um consumo de vinho tinto só é benéfico, se beber com moderação! É prejudicial para a saúde fazer um consumo de vinho tinto excessivo.
Um consumo exagerado não apenas impede as suas propriedades medicinais, como prejudica a saúde. A dose recomendada é de apenas um copo por dia.