Afinal o vinho tinto ajuda ou não na depressão e ansiedade? Estes são problemas com graves consequências para o bem-estar quotidiano de muitas pessoas. Recentemente, foi publicado numa reputada revista um estudo científico que revela que o vinho tinto pode contribuir para travar a ansiedade e a depressão. Fique a saber como e qual a base científica desta pesquisa.
Tabela nutricional do vinho tinto (1 copo 147,0 ml)
Informações nutricionais | por porção | % VD |
Valor Calórico | 125 kcal | 6,2 % |
523 kJ | ||
Gordura | 0,0 g | 0,0 % |
Gorduras saturadas | 0,0 g | 0,0 % |
Gorduras monoinsaturadas | 0,0 g | 0,0 % |
Gorduras poliinsaturadas | 0,0 g | 0,0 % |
Carboidratos | 3,8 g | 1,4 % |
Açúcares | 0,9 g | 1,8 % |
Proteína | 0,1 g | 0,1 % |
Fibra alimentar | 0,0 g | 0,0 % |
Colesterol | 0,0 mg | 0,0 % |
Sódio | < 0,1 g | < 0,1 % |
Água | 127,1 g | 6,4 % |
(*) O percentual do valor diário (VD) é baseado numa dieta de 2.000 calorias.
Vinho tinto combate a depressão e ansiedade

A revista
Nature Communications é um periódico científico reputado e onde foi, recentemente, publicada uma pesquisa que revela que o vinho pode desempenhar um papel importante no combate à depressão e à ansiedade.

A tese
O álcool é considerado uma substância depressiva. No entanto, de acordo com uma equipa de investigadores, o vinho tinto pode contribuir para o alívio da depressão ou ansiedade.
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Determinados compostos derivados da uva podem funcionar como agentes terapêuticos e fazer parte do tratamento da depressão.
Fique a conhecer os resultados deste estudo que defendem que esses compostos naturais podem mesmo atenuar e travar a depressão.

Testes
Foram realizados testes em roedores (camundongos ou ratos-domésticos) que comprovaram que os compostos que estão em sementes de uvas aumentam substancialmente a resiliência de animais que foram sujeitos a altos níveis de stress.
Os 12 compostos encontrados em sementes de uva (os chamados polifenois) foram dados a roedores com oito semanas de idade. Além disso, estes animais receberam um suplemento (trans-resveratrol), que foi adicionado na sua água potável.
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As situações de stress (partilha de espaço com camundongos agressivos, por exemplo) ocorreram por 10 dias consecutivos, durante 10 minutos por dia. Os animais foram também suspensos pela cauda e forçados a nadar.
O Daily Mail revelou parte do estudo, onde é defendido que cerca 70% dos roedores testados apresentaram efetivas melhorias na inflamação presente nos seus organismos, além de terem revelado uma melhor transmissão de sinais no cérebro.

Curiosidade
Sabia que o segundo país mais deprimido do mundo é Portugal? O nosso país só é ultrapassado pelos Estados Unidos da América, onde anualmente são 16 milhões as pessoas afetadas por este transtorno.
Por isso, os investigadores que desenvolveram a sua pesquisa ao serviço do Mount Sinai Hospital (Nova Iorque, EUA) defendem a necessidade e urgência de serem criadas terapias mais eficazes para tratar a depressão.

Investigadores
Giulio Maria Pasinetti, que liderou uma equipa de investigadores e é o principal autor do estudo, revelou a sua principal conclusão:
“A descoberta desses novos compostos naturais de polifenois derivados da uva, benéficos no combate da inflamação do organismo, podem ser uma maneira eficaz de tratar um subconjunto de doentes com depressão e ansiedade”.

Importante
Deve sempre falar com um especialista (pode ser um nutricionista, um médico, ou ambos), antes de proceder a qualquer tratamento recomendado no NCultura, de forma a ter o devido acompanhamento de alguém que tem mais informações sobre si.
Apesar das recomendações serem baseadas em estudos científicos, um especialista tem acesso a muita informação pessoal sobre si que pode ser relevante, seja para avançar com o tratamento, seja para o impedir ou interromper.