Entre os diversos benefícios do vinho tinto está a prevenção de cancros. Sabia que um tinto pode contribuir para prevenir cancro do pescoço e cabeça?
Beber um copo de vinho é um prazer. Durante as refeições, torna o gesto ainda mais relevante. O hábito diário de beber vinho moderadamente pode ser benéfico, além de muito saboroso.
É certo e sabido que um consumo moderado e regular está na origem de diversos benefícios. Um estudo recente revela que o vinho tinto poderá contribuir para a prevenção de determinados cancros. Saiba mais em: vinho tinto contribui para prevenir cancro do pescoço e da cabeça.
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Sabia que um tinto pode contribuir para prevenir cancro do pescoço e cabeça?

O vinho tinto
A presença de resveratrol no vinho está na origem de diversos benefícios, tornando o hábito de consumir regularmente um copo de vinho um gesto saudável. Um consumo moderado desta bebida alcoólica pode mesmo contribuir para prevenir cancros, reduzindo substancialmente a probabilidade de se desenvolverem cancros quer na cabeça, quer no pescoço. Tal é revelado por um novo estudo, responsabilidade de uma universidade norte-americana.

Outros benefícios
As características do vinho tornam esta bebida alcoólica extremamente benéfica para a saúde. São vários os benefícios defendidos por vários estudos. Entre eles estão o contributo para melhorar a saúde do coração. O colesterol também fica mais controlado com um consumo moderado desta bebida.
O vinho tinto também permite combater a ação dos radicais livres que, além de combaterem a obesidade, também ajudam a controlar a diabetes. Estudos também revelaram que o vinho tinto ajuda a prevenir a doença de Alzheimer.

A fonte
Um estudo proveniente da Universidade do Colorado, nos EUA, revelou os resultados da investigação desenvolvida pelo seu centro oncológico. As conclusões foram publicadas na revista científica “Advances in Experimental Medicine and Biology”.
Um dos autores do estudo é professor de bioquímica e genética molecular. Robert Sclafani explicou em comunicado: “O álcool bombardeia os genes e o organismo tem de reparar estes danos, o que a partir de uma certa quantidade [de vinho tinto] deixa de ser possível. É por isso que o consumo excessivo de álcool é um fator de risco nos cancros da cabeça e pescoço”.

Resveratrol
O resveratrol é um componente que pode ser encontrado quer na pele das uvas, quer nas suas sementes, quer no vinho tinto. Robert Sclafani explicou que o resveratrol permite “desafiar estas células”, fazendo com que aquelas cujo ADN não foi reparado e que por isso são potencialmente perigosas sejam eliminadas do corpo.
Sclafani esclareceu afirmando: “Desta forma, as células não podem progredir e transformar-se em células cancerígenas. Enquanto o álcool danifica as células, o resveratrol mata as células danificadas”.

O processo
Assim, facilmente percebemos como o vinho tinto pode ser uma bebida alcoólica útil, se houver moderação. O organismo metaboliza o álcool, ingerido por via da sua transformação em aldeído acético, usando, posteriormente, um grupo de enzimas chamado “aldeído desidrogenase” (ALDH) para o transformar em ácido acético, sob a forma do qual é eliminado. Tal é defendido pela equipa de investigadores. Ora, os mesmos defendem que o aldeído acético, estágio semi-processado do álcool, é tido como cancerígeno e está na origem de produzir erros no ADN.
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Robert Sclafani explicou: “Com uma exposição elevada ao álcool, há perda dos genes ALDH, que ajudam a processá-lo, e perda da capacidade de reparar estes erros genéticos, o que resulta num risco aumentado de cancro”. O investigador acrescentou, porém, que o vinho tinto pode ter um importante papel protetor.

O papel do resveratrol
Segundo o investigador: “Quando consideramos estudos epidemiológicos acerca dos cancros da cabeça e pescoço, verificamos que o álcool é um fator de risco mas, quando tal acontece, a menor incidência dos casos de cancro observa-se em pessoas que beberam vinho tinto”.
Isso, de acordo com Robert Sclafani, só acontece pela presença do resveratrol, pois: “Quanto mais bebemos, mais acumulamos danos genéticos e maior a probabilidade de desenvolver cancro. Porém, o resveratrol é capaz de eliminar as células mais danificadas – as células com maior probabilidade de causar cancro”. Por isso, um consumo moderado contribui para evitar o desenvolvimento da doença.

Conclusão
As bebidas alcoólicas possuem efeitos cancerígenos, mas o resveratrol contribui para anular boa parte dos seus efeitos. Não tendo um efeito mágico, o resveratrol do vinho tinto ao matar as células mais perigosas contribui para diminuir o risco inerente ao consumo de bebidas alcoólicas levar à doença.
Sclafani vê grande capacidade no resveratrol, por isso ele e a equipa de investigadores estão a testar a capacidade da substância prevenir outros tipos de cancros (nomeadamente no fígado e no cólon). Mas o projeto passa já por testar o resveratrol na prevenção e até no possível tratamento de cancros da cabeça e pescoço, havendo ainda a possibilidade deste projeto se alastrar a outras doenças oncológicas.
Saiba mais sobre o estudo aqui