Conheça a efeméride do dia 19 de abril quando o Dr. Albert Hofmann experimenta, pela primeira vez, LSD. Depois, faça o teste de língua portuguesa 331.
O químico suíço experimentou deliberadamente o produto LSD, mas ele foi um “pai acidental” deste produto insólito e inovador. Albert Hofmann experimentou sem imaginar quais seriam os efeitos do LSD, efeitos esses que tornaram esta na droga psicadélica mais potente do mundo.
Albert Hofmann (1906-2008)
O químico nasceu em Baden, em 1906. O seu doutoramento foi realizado na Universidade de Zurique, tendo sido concluído em 1929. Trabalhou para a farmacêutica Sandoz (hoje Novartis) até 1971. Depois, gozou uma longa reforma até ao momento da sua morte.
A experiência
Se imaginarmos um cientista rígido, de bata de laboratório imaculada, com comportamento impecável, dificilmente imaginamos que Albert Hofmann tenha feito a descoberta de uma droga tão potente.
Albert Hofmann experimentou LSD pela primeira vez de forma acidental, sendo absolutamente surpreendido pelos seus efeitos. Os efeitos ao nível psíquico do LSD foram fortuitos e inesperados. Uma ínfima dose de LSD-25 terá pingado para a sua mão e, involuntariamente, terá sido inalada ou absorvida. A dificuldade em concentrar-se levou a que tivesse de ir para casa, onde sofreu vertigens e coloridas alucinações.
O dia
No dia seguinte, voltou ao trabalho para confirmar os efeitos da droga LSD-25. Era dia 19 de abril 1943, momento histórico em que tomou deliberadamente um quarto de grama. Ora, se percebermos que esta dose é pelo menos 5 vezes maior à quantia mínima necessária para ter alucinações, percebemos como essa dose era elevada.
Albert Hofmann pegou na bicicleta para regressar a casa. Contudo, os efeitos fizeram-se sentir antes de Albert chegar ao seu destino. Esse dia histórico ficou conhecido como o dia da bicicleta. Hofmann teve alucinações aterrorizantes, vivendo uma má viagem, uma trip indesejada. Contudo, no dia seguinte, Hofmann sentia-se “perfeitamente bem” e os efeitos da LSD tinham desaparecido completamente.
LSD
Albert Hofmann experimentou LSD, tornando-se o pai da droga predileta do movimento hippie dos anos 60. O LSD foi defendido pelo químico como um “medicamento da alma”. Um produto que podia revelar-se útil contra doenças do foro psiquiátrico (como, por exemplo, a esquizofrenia), mas que também permitia a qualquer um combater a superficialidade humana dos tempos modernos.
A farmacêutica Sandoz comercializou o LSD desde o ano de 1947. Contudo, este era um recurso exclusivo dos médicos, tendo então sido dado ao medicamento o nome de Delysid. Contudo, em 1966, o medicamento foi tornado ilegal, tanto nos EUA, como na Europa. Por isso, o seu fabrico industrial foi interrompido.
Efeitos
Esta é a droga dos efeitos especiais, pois há relatos de alterações na percepção do tempo e do espaço. Além disso, as sensações visuais são diferentes. A própria música pode promover sensações visuais, enquanto a luz pode produzir impressões sonoras.
No entanto, as experiências são na verdade muito variáveis e pessoais. Cada um sente algo diferente, sendo uma experiência distinta a cada viagem. A personalidade, as expectativas, o ambiente e o contexto em que o LSD é consumido contribui para a experiência. Tanto pode ser maravilhosa, como infernal. Houve quem sentisse um pânico tão avassalador, como houve quem tenha manifestado sintomas tão marcadamente psicóticos que necessitou de ser imediatamente hospitalizado.
Depois da ingestão, a LSD levava 30 a 60 minutos a fazer sentir os efeitos de uma viagem que podia durar 10 horas. Contudo, há quem defenda que, mesmo que a pessoa não tenha consumido ácido novamente, podem ocorrer flashbacks alucinatórios, mesmo anos após a sua ingestão.
A morte
Albert Hofmann faleceu vítima de ataque cardíaco. Albert tomou LSD centenas de vezes ao longo da vida. Contudo, não se pode dizer que experimentar LSD tenha contribuído para encurtar a sua vida, pois morreu com 102 anos de idade, na sua casa perto de Basileia, na Suíça.
QUIZ
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
Você é excepção a essa regra? Aqui poderá testar os seus conhecimentos, basta aceitar os nossos próximos desafios.