Conheça a efeméride do dia 18 de abril quando Joana d’Arc foi beatificada em Roma. Em seguida, não deixe de fazer o teste de língua portuguesa 330.
A história da humanidade foi, ao longo de muito tempo, contada por homens. As mulheres foram, muitas vezes, tratadas injustamente, colocadas em segundo plano. De qualquer rei era esperado um príncipe. Quando a rainha dava à luz uma princesa, a reação era quase de “uma bola ao poste”. O “golo” só chegava quando a rainha dava ao reino um menino.
Este é apenas um exemplo que nos faz perceber que muitas mulheres não tiveram as mesmas oportunidades que os homens para se tornarem grandiosas. Contudo, houve excepções, como Cleópatra ou Joana d’Arc.
Joana d’Arc
Joana era filha de camponeses, mas fugiu ao destino que lhe estava traçado. Aventureira e humilde, corajosa e ingénua, Joana cedo demonstrou que era diferente. A sua personalidade veio ao de cima quando escreveu e enviou uma carta ao rei, Carlos VII, afirmando ser uma enviada divina que iria ajudá-lo a expulsar os invasores ingleses de Orleans.
Joana d’Arc liderou no campo de batalha um exército e conquistou uma vitória marcante em Orleães, tornando-se uma figura de relevo na história, assumindo um papel de protagonista na Guerra dos Cem Anos. Tornou-se um símbolo do povo, mas a notoriedade conquistada levou a que gerasse inimigos, não apenas do lado dos ingleses.
Deus
A história de Joana d’Arc está assente na sua religiosidade. Ao afirmar ser iluminada e guiada por Deus, tornou-se um símbolo de França. A fama e os sucessos tornaram-na amada e temida.
A sua forte convicção de que Deus a guiava deu também para que os inimigos pudessem planificar uma acusação de heresia. Ao defender que tinha visões (nomeadamente visões divinas do arcanjo Miguel, de Santa Margarida e da Santa Catarina) e que estas seriam uma instrução divina a orientar os seus atos, demonstrou uma personalidade mística que acabou por estar na origem da sua morte.
Joana de Arc tinha vários inimigos de ambos os lados da barricada. Estes orquestraram um plano, aproveitando-se desta dimensão religiosa da sua personalidade e acusaram-na de heresia e de bruxaria.
Captura e julgamento
Foi capturada no campo de batalha, a 23 de maio de 1430. A popularidade de Joana entre a nobreza francesa esmoreceu, tendo sido capturada por um grupo de franceses que simpatizavam com a causa inglesa, em Compiègne, pelos Borguinhões. Eles entregaram-na aos ingleses.
O julgamento esteve nas mãos do bispo Pierre Cauchon, sendo acusada de heresia e assassinato. Houve um processo de acusação nada transparente. O julgamento foi, naturalmente, controlado por interesses e motivações políticas. Cauchon declarou-a culpada e Joana foi sentenciada à morte na fogueira.
A morte
Joana d’Arc, também conhecida como a Donzela de Orleans, morreu no dia 30 de maio de 1431, amarrada a um poste e queimada viva na fogueira. A jovem tinha apenas 19 anos quando morreu em Rouen. Foi condenada por heresia e morreu de forma cruel perante uma multidão. Tornou-se uma mártir, o que contribui para um fervor patriótico entre os franceses, acentuando a animosidade com os ingleses.
O dia
Apenas 25 anos após a execução de Joana, o papa Calisto III reviu o processo e considerou-o inválido. Foi a própria Igreja Católica a integrar a heroína francesa no seu panteão oficial, procedendo à sua beatificação.
Joana d’Arc foi beatificada no dia 18 de abril de 1909. Em 1920, foi realizada a sua canonização. Joana d’Arc foi declarada santa pelo Papa Bento XV. Nesse mesmo ano, tornou-se santa padroeira de França.
QUIZ
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
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