Conheça a efeméride do dia 7 de março, um momento importante para Camões, símbolo de Portugal. Em seguida, faça o teste de língua portuguesa 289.
A 7 de março de 1553, Luís de Camões recebe carta de perdão, libertando-o da prisão.
Luís de Camões
Luís Vaz de Camões (1524-1580) foi um poeta de excelência e ficará para sempre como um dos grandes nomes da literatura lusófona. É difícil definir com exatidão algumas datas e alguns momentos importantes da vida de Camões.
A sólida educação nos moldes clássicos e o estudo na Universidade de Coimbra são defendidos por historiadores, mas a sua passagem pela escola não é comprovada por documentos. Terá tido uma vida boémia e com alguma turbulência. Na sequência de um amor frustrado, Camões autoexilou-se em África, tendo-se alistado como militar e na sequência de uma batalha perdeu um olho.
A obra
Luís Vaz de Camões ficará para sempre recordado por ser o autor da mítica obra “Os Lusíadas”. A obra composta por dez cantos foi publicada pela primeira vez em 1572. Esta emblemática obra aborda como temática central a descoberta do caminho marítimo para a Índia, protagonizada por Vasco da Gama.
A obra que ficou conhecida como a “epopeia portuguesa por excelência” dá espaço a outros episódios importantes da história de Portugal. Esta obra de poesia tornou-se épica e fez do poeta português um símbolo do nosso país, pois nela ele glorifica o povo português e os seus feitos.
O perdão
Luís de Camões recebe uma carta régia no dia 7 de março de 1553, documento que oficializava o perdão, algo que implicou a sua libertação da prisão. Na carta régia, estava a informação de que Camões era “mancebo e pobre e me (ao rei) vai este ano servir à Índia”.
Camões tinha sido preso na sequência de um desentendimento com Gonçalo Borges, um célebre cavaleiro da corte de D. joão III. Foi libertado por perdão do Rei e de Gonçalo Borges que recuperou (um ano depois) dos ferimentos.
Um excerto d’Os Lusíadas
Canto I
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Um poema mítico da lírica camoniana
AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
Você é excepção a essa regra? Aqui poderá testar os seus conhecimentos, basta aceitar os nossos próximos desafios.