Efeméride do dia 24 de fevereiro de 1582, um anúncio que transformou o mundo. Em seguida, não deixe de fazer o teste de língua portuguesa 276.
O calendário gregoriano
No dia 24 de fevereiro de 1582, Gregório VIII anuncia um novo calendário: o calendário gregoriano que substituiu o calendário juliano. O nome deste calendário justifica-se pelo Papa Gregório XIII promulgador da alteração.
O calendário juliano
Este tinha sido instaurado no ano de 46 a.C. e tinha este nome, pois foi Júlio César o responsável pela sua instauração.
O salto no tempo
Sabia que para realizar esta alteração foi dado um salto no tempo? Na verdade, será mais justo falarmos em ajustamento do calendário gregoriano. Já se imaginou a dormir 11 dias seguidos sem acordar? As pessoas que adormeceram no 4 de outubro de 1582 (uma quinta feira), só acordaram no dia 15 de outubro (uma sexta feira). Mas acordaram no dia seguinte. Não dormiram 11 dias seguidos!
O ajustamento do calendário adotado implicou essa passagem súbita de dia 4 para dia 15 que serviu para compensar a diferença acumulada ao longo de séculos entre o calendário juliano e as efemérides astronómicas.
Diferenças
As principais diferenças entre os calendários gregoriano e juliano:
No Calendário Juliano, o primitivo ano romano era composto por 10 meses com 304 dias. Plutarco considerou-o em 10 meses com 360 dias. Júlio César, no ano 46 a.C., fixou a duração do ano em 365 dias e 6 horas.
Esta tarefa ficou ao cargo do matemático egípcio Sosigenes. Estas 6 horas implicavam a criação de um dia suplementar, a surgir de 4 em 4 anos, estrategicamente colocado em fevereiro. O dia foi chamado de bissexto calendas, porque era intercalado seis dias antes das calendas de março; e bissexto chamou-se o ano.
O Calendário Gregoriano visou também acertar a ligeira imprecisão do decorrer do ano, visto como tendo 365 dias e 6 horas (pois eram mais precisamente 5 horas, 48 minutos e 50 segundos). Uma diferença que levou a um acerto de 11 dias.
Em 1582, passou-se então de 4 para 15 de outubro (o astrónomo Lélio sugeriu a Gregório XIII essa medida). Entre as regras criadas ficaram: de 4 em 4 anos é ano bissexto. Contudo, de 100 em 100 anos não é ano bissexto. Mas, de 400 em 400 anos é ano bissexto. Sendo que as últimas regras têm prevalência sobre as outras.
Todos os anos múltiplos de 400 (1600, 2000, 2400, 2800….) são bissextos. São ainda bissextos todos os múltiplos de 4 (excepto se for, simultaneamente, um ano múltiplo de 100, mas não de 400).
Evolução
Inicialmente, o calendário gregoriano apenas tinha sido adotado por Portugal, Espanha, Itália e Polónia. Depois, a maioria dos países católicos europeus foi aderindo aos poucos.
Hoje, o calendário gregoriano é utilizado de forma oficial pela grande maioria dos países. No entanto, este calendário demorou décadas (ou séculos) a ser implementado naqueles países que não seguiam a doutrina católica.
Alemanha (1700) e Grã-Bretanha (1752), que são nações onde predominava o luteranismo e o anglicanismo, demoraram muito tempo a adotar o calendário gregoriano. Alguns países só o adoptaram no século passado (entre estes dois há menos de um século!…).
Em 1912, a China aprovou o calendário gregoriano. Algo que a Bulgária adoptou quatro anos depois, em 1916. A Rússia foi um pouco mais tarde, no ano de 1918. A Roménia adotou o calendário gregoriano em 1919. Dois países adotaram o calendário há menos de um século, a Grécia (em 1923) e a Turquia (em 1926).
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
Você é excepção a essa regra? Aqui poderá testar os seus conhecimentos, basta aceitar os nossos próximos desafios.