Conheça de forma aprofundada os princípios da hifenização, segundo o Acordo Ortográfico. Em seguida, atreva-se no Teste de Língua Portuguesa 270.
O novo acordo ortográfico introduziu inúmeras alterações na língua portuguesa. Muitas dessas alterações continuam a gerar algumas dúvidas e é sempre importante escalpelizar essas alterações de forma a ter bem presentes as mudanças implicadas com o novo acordo.
Uma das alterações mais substanciais tem a ver com o uso do hífen. Este artigo visa dar a conhecer de forma aprofundada os princípios da hifenização, segundo o Acordo Ortográfico.
A hifenização no novo acordo ortográfico
Supressão do hífen
Em alguns casos, existe a eliminação do hífen, tais como:
– Sempre que as palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento começa por «r» ou «s» duplica-se a consoante. Caso de antirracista, antirregionalista, antirrevolucionário, autorretrato, autossuficiente, contrarreação, contrarrelógio, neorrealismo, ultrassecreto.
– Sempre que palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminam em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente. Por exemplo: agroindustrial, autoestrada, contraofensiva, contraordenação, extraescolar, infraestrutura, ultraortodoxo.
– Sempre que as palavras são formadas pelo prefixo «co», mesmo nos casos em que o segundo elemento começa por «o». É exemplo: coadministração, coautor, coautoria, cofundador, codireção, coocorrência, coprodução.
– Sempre que as formas monossilábicas do verbo «haver» são seguidas da preposição «de». Caso de: há de, hão de, hás de, hei de, heis de, entre outras possibilidades.
– Nos compostos em que se perde a noção de composição. Exemplo: paraquedas, mandachuva.
– Nas locuções de uso geral. Por exemplo: cartão de visita, dia a dia, fim de semana).
Uso do hífen
O hífen é usado nos seguintes casos:
– Sempre que as palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos terminam numa vogal e o segundo elemento começa pela mesma vogal. Por exemplo: anti-inflamatório, auto-observação, contra-almirante, micro-ondas.
– Quando as palavras são formadas pelos prefixos «hiper», «inter» e «super», no caso em que o segundo elemento começa por «r». Caso de hiper-realista, inter-regional, super-revista.
– Quando as palavras são formadas por prefixos ou falsos prefixos e o segundo elemento começa por «h». Exemplo: super-homem, neo-helénico.
– Quando as palavras são formadas pelos prefixos «ex», «pós», «pré», «pró» e «vice». Por exemplo: ex-deputado, pós-graduação, pré-escolar, pró-europeu, vice-presidente.
– Quando as palavras são formadas pelos prefixos «circum» e «pan» e o segundo elemento começa por vogal «h», «m» ou «n». Caso de: circum-hospitalar, circum-navegação, pan-africano, pan-americano, pan-helénico.
– Em topónimos iniciados pelos adjetivos «grã» e «grão» ou cujos elementos estejam ligados por artigo. Por exemplo: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Grão-Mestre, Albergaria-a-Velha, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
– Em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas. Exemplo de: feijão-verde, ervilha-de-cheiro, andorinha-do-mar, cobra-capelo.
– Em palavras compostas formadas por elementos de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal. Caso de: decreto-lei, azul-escuro, primeiro-ministro, conta-gotas.
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
Você é excepção a essa regra? Aqui poderá testar os seus conhecimentos, basta aceitar os nossos próximos desafios.