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Se Lisboa abanar, cai como Amatrice?

Estarão os edifícios da cidade preparados para resistir aos abalos? Um sismo com a energia do de Amatrice em Lisboa não é um cenário assim tão improvável.

ncultura Por ncultura
28/01/2018
em Histórias, Curiosidades
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Se Lisboa abanar, cai como Amatrice?

Se Lisboa abanar, cai como Amatrice?

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Lisboa: da inovação antissísmica ao esquecimento

Depois do sismo de 1755, a reconstrução da cidade de Lisboa tornou-a na primeira do mundo a ter sido construída para resistir a sismos, lembra Mário Lopes, vice-presidente do Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e Construção do Instituto Superior Técnico.

Mais: foi a primeira vez que estas medidas foram tomadas à escala de uma cidade inteira. Talvez por isso, o sismo de Setúbal, em 1858, tenha tido poucos impactos na capital, refere o engenheiro civil João Appleton no livro “Redução da Vulnerabilidade Sísmica do Edificado”, publicado em 2001 pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES). Mas, a partir do século XIX, a “gaiola pombalina”, uma das grandes inovações técnicas da sua época, caiu em desuso e, a partir do século XX, foi destruída consecutivamente a coberto da dita “reabilitação urbana”, alerta Mário Lopes.

Na reabilitação dos edifícios da Baixa Pombalina, uma das zonas com perigosidade sísmica média a elevada de Lisboa, tem-se assistido à destruição das paredes dos pisos térreos, para abertura de lojas mais amplas, ou ao aumento indiscriminado do número de pisos, alerta João Appleton. É fácil de perceber que um prédio planeado para ter três pisos possa não resistir quando se acrescentam mais dois.

E se o reforço antissísmico raramente ou nunca se verifica na reabilitação dos edifícios mais antigos – pombalinos ou não –, as obras realizadas contribuem ainda mais para a fragilidade dos mesmos, como as obras clandestinas ou o reforço, mal estudado, com estruturas metálicas ou de betão.

Se Lisboa abanar, cai como Amatrice?
Maquete de um edifício apresentando a gaiola pombalina, uma estrutura de madeira colocada no interior das paredes de alvenaria – Galinhola/Wikimedia Commons

Com uma frequência de grandes sismos tão pequena, a catástrofe de 1755 só tem lugar nos livros de História, e, até 1958, não havia legislação específica para a construção com preocupações antissísmicas. É o caso de muitos dos edifícios de alvenaria, que constituem cerca de 70% do edificado na capital.

Mas além de, muitos deles, não terem o devido reforço antissísmico, ainda têm erros que fragilizam a estrutura, como materiais de baixa qualidade e degradados, acrescento de pisos e caves que não estavam planeados, paredes finas e pouco resistentes, elementos decorativos pesados e fundações deficientes, alertam os autores do livro da SPES.

“Imagine-se um edifício bem projetado, mas em que as armaduras dos pilares quase não entram nas sapatas de fundação, em vez de serem bem amarradas no interior destas”, refere Mário Lopes. “Em geral isto não afeta o funcionamento da estrutura antes do sismo. Durante o sismo as armaduras são arrancadas das fundações provocando o colapso imediato e total do edifício.”

Mas se pensa que um edifício de betão (que representa cerca de 25% do edificado de Lisboa) poderá apresentar mais resistência sísmica, isso também não é absolutamente verdade. Muitos deles têm pouca (ou nenhuma) ductilidade, ou seja, a capacidade de resistirem à deformação antes de se fraturarem é muito baixa. Isto significa que estes edifícios têm pouca capacidade de dissipar a energia transmitida pelo sismo – pela distribuição da tensão pelos vários elementos estruturais – e acabam por se mostrar menos resistentes.

Se Lisboa abanar, cai como Amatrice?
Um exemplo da gaiola pombalina embebida na parede de alvenaria – Steelman/Wikimedia Commons

Mário Lopes reforça, no livro, a importância da qualidade dos materiais utilizados e da fiscalização realizada: “A qualidade dos materiais, em particular do betão no que se refere às construções novas, se não for devidamente controlada pode, na realidade, ser muito inferior ao especificado no projeto, com o mesmo tipo de consequências [o colapso do edifício]”.

Para os edifícios construídos antes da entrada em vigor da legislação que prevê a resistência antissísmica (em 1958), e mesmo para aqueles que não apresentam as condições ideais para resistir aos impactos do sismo, algumas medidas podem ser tomadas, começando logo por retirar ou corrigir as más alterações feitas ao edifício depois da construção finalizada. Outras medidas passam pela melhoria das fundações, aumento da resistência à flexão e compressão de alguns elementos, reforço dos elementos existentes e introdução de reforços de metal ou betão.

À partida, qualquer edifício pode ser reabilitado de forma a ser resistente aos sismos, mas se o edifício for novo os inquilinos podem imputar essa responsabilidade ao construtor, refere Alfredo Campos Costa. O condomínio, e respetivos condóminos, devem “verificar se o edifício tem uma boa resistência sísmica”, diz. E, caso ainda esteja dentro do período de responsabilidade civil que o construtor tem sobre o imóvel, podem exigir as devidas alterações. As próprias seguradoras e imobiliárias poderiam ter um papel mais exigente neste domínio.

Não são os sismos que matam gente, mas as construções que caem. Mário Lopes, do Instituto Superior Técnico

(cont.)

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Etiquetas: lisboasismos
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Comentários 2

  1. Joaquim Prazeres says:
    4 anos atrás

    O Terramoto de 1755 bem demonstrou que Lisboa está assente sobre placa tectónica muito activa e perigosa. Aproveito a oportunidade para, se for possível, reenviarem o artigo sobre a história de Coimbra, capital de Portugal cerca de 200 anos. Obrigado

    Responder

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